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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Armadilhas racionais do Capitalismo.

 

A aplicação da lei igualmente para todos, segundo juízos de racionalidade, é essencial para o desenvolvimento do capitalismo (parecia uma coisa bonita e terminou feia, neh?). A ausência de segurança e previsibilidade tira a confiança dos agentes privados, inviabilizando o cálculo econômico (Max Weber). Mas, acrescente a essa racionalidade (que pode ser forjada ou cínica, afinal, muitas atrocidades são supostamente “justificadas” pela razão, como as narrativas da Brasil Paralelo) também a imparcialidade, a moralidade e a impessoalidade (aí Sérgio Mouro se arrepia e a Lava Jato vaza KkKk). É o grilhão das relações patrimonialistas que prejudica o sistema institucional de aplicação da lei, algo histórico no Brasil. A racionalidade, no sentido de interpretação das normas jurídicas, depende da subjetividade, de fatores pessoais, de privilégios, de regalias, do preço do causa e a própria corrupção. Tudo torna maleável a aplicação da Lei. Pergunte isso ao Direito. Há contratação, para grandes causas empresariais, de verdadeiras redes de advogados, com frequência escolhidos não por sua competência ou saber jurídico, mas por conexões familiares, pessoais, políticas e econômicas (uma verdadeira encomenda de juízos de racionalidade ou compra de sentenças).

A racionalidade técnica é um texto estático correto (“Penso logo existo”) dentro da racionalidade histórico-cultural, um contexto multifacetado e dinâmico (“Existo, logo penso”). Logo, essa racionalidade maior pode subverter aquela, e vice-versa, mesmo em seus mais basilares princípios, porque o materialismo histórico dialético tem força para produzir novas significações, também racionais e mais completas. É por isso que dizemos que o pensamento não é estático, mas dinâmico. Não é algo dado pelo espírito abstrato, mas produzido carnalmente pela consciência histórica (Karl Marx).

O sonho de tornar o Brasil um país desenvolvido tem porta cada vez mais estreita e envolve desafios maiores do que os do passado. O caminho não será pelo da racionalidade técnica, mas do realismo esperançoso, que prima por política pública abrangente e não pontual, capaz de transformar a realidade carnal em sua estrutura (e não mera conjuntura). A tarefa é árdua, porque exige romper com a tradição patrimonialista, rótulo da história brasileira. A não ser assim, persistirá o País inexoravelmente condenado ao atraso e à pobreza.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Esquerda volta ao poder no Uruguai.

 A democracia mais sólida da América Latina acordou em festa hoje!

É que o professor de História e Herdeiro político do ex-guerrilheiro Pepe Mujica, candidato de centro-esquerda, venceu a eleição acirrada no Uruguai com discurso de moderação (que acalmou a classe empresarial), com 50% dos votos, em coalizão Frente Ampla (a população considerou suas propostas melhores). O novo governo elegeu 16 dos 30 Senadores, mas apenas 48 dos 99 no Congresso. Enfim, precisará construir alianças.

Viva o Yamandú Orsi e Carolina Cosse!

“Vou ser o presidente que constrói uma sociedade mais integrada, onde, apesar das diferenças, ninguém possa ficar para trás do ponto de vista econômico, social e político” (Orsi).

“Acima de tudo, devemos respeitar a decisão soberana” (opositor, que não viu seu popular padrinho político conseguir transformar seu alto índice de aprovação em votos).

Enfim, Orsi prefere negociar qualquer acordo com a China por meio do Mercosul e propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria. Tudo o que precisamos também por aqui, no Brasil!

sábado, 23 de novembro de 2024

Ilusionismo.

 

O mundo se distrai com guerras, tentativas de golpes, brigas ideológicas e outras crises, enquanto as políticas públicas e a transição verde são negligenciadas. Tipo, não é que não precisem ser encaradas, mas existem outras prioridades!

O Brasil foi bem sucedido na declaração final do G20 ao incluir uma menção à taxação de grandes fortunas, uma cooperação tributária progressiva e internacional e a criação da Aliança Global Contra a Fome como mecanismos para a redução de desigualdades.

Todavia, não houve um resultado concreto na taxação de super-ricos que garanta que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados. Os esforços são válidos, mas para ter efetividade precisaria de padrões comuns em todo o mundo, porque senão não funciona. Por exemplo, teria de ter ficado estabelecido um imposto mínimo (tipo, 15% para todo mundo). Ou uma tributação padronizada clara para as multinacionais, com um firme acordo de adesão através de sifras diretas já depositadas em caixa. Cadê?

Enfim, é no mínimo razoável um modelo no qual as pessoas ou empresas que ganham mais paguem mais impostos. Porém, não basta ganhar adesão, a aliança precisa se concretizar em implementação eficaz. O problema é que, para o mercado, qualquer investimento só vale se tiver retorno. Caso contrário, é gasto. É por isso que não temos resoluções efetivas para muitos problemas, como o da fome, pois, em vez de soluções, viram negócios lucrativos.

Alguns argumentos para capturar os magnatas: Por que Banco Mundial, FMI e outras instituições multilaterais de desenvolvimento devem dedicar recursos para nutrição?

·       A fome e a pobreza são uns dos elementos mais críticos do desenvolvimento, e a nutrição tem os melhores retornos em termos de investimentos. Se você investir US$ 1 em nutrição, isso retornará pelo menos 23 vezes;

·       Tanto a desnutrição quanto a obesidade são obstáculos ao capital humano, à produtividade econômica e a um mundo justo e próspero. Os benefícios econômicos das intervenções nutricionais superam em muito os custos da inação;

·       Nutrição não se traduz apenas em termos de comida, mas também boa saúde e boa educação.

·       As mudanças na administração americana afetam diversos setores globais. Há incertezas sobre o futuro do combate às mudanças climáticas e da Lei de Redução da Inflação (o Dólar está encostando no Euro). Sem incentivos de investimentos verdes, teremos mais alimentos processados e menos orgânicos da agricultura familiar. Aliás, os EUA não têm agropecuária forte para isso, logo, tentará revitalizar sua tradicional indústria de comprar matérias primas baratas e vender ultraprocessados (que já causam 6 mortes por hora no País). Mata enquanto lucra muito, à moda antiga (camuflada) dos EUA. Por fora, ainda tem as políticas migratórias restritivas e seus impactos econômicos e a possível saída dos EUA da Otan, que causarão gastos militares consideráveis à Europa.

·       A guerra encarece e dificulta os alimentos. A da Ucrânia, por exemplo, afetou dramaticamente não apenas europeus, mas o mundo inteiro. Ela gerou inflação elevada há dois anos, levando bancos centrais a aumentar as taxas de juros. Os efeitos ainda persistem, com a economia mundial aguardando a redução desses juros.

·       O Brasil, sob Lula, tem avançado muito ao reduzir o desmatamento e investir em energia limpa, como hidrogênio e solar. Apesar do nosso esforço brasileiro, a atenção global permanece dispersa e compromete a prioridade essencial de combater a mudança climática. Afinal, a responsabilidade integracional mais importante é cuidar da comida e do planeta, pois não há um “planeta B” (embora estejam atrás dele’s).

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Boas Conclusões...

 

·       Defender o País, garantir a ordem e a Lei e preservar a soberania nacional. Eles são treinados e pagos pelo Estado brasileiro para isso, não para atentarem contra suas próprias instituições.

·       Desenvolver um ambiente de trabalho saudável e produtivo é uma questão sistêmica, que não pode ser endereçada por meio de uma estratégia simples e linear. Ela abrange desde os critérios de satisfação dos colaboradores (reconhecimento, segurança, autonomia, percepção de justiça, etc.), passa pelos estilos de liderança, pela cultura e o clima organizacional, pela governança, pela responsabilidade social e pela questão de propósito e sustentabilidade. É preciso que haja muita abertura das organizações para reverem suas maneiras de atuar e muita consistência entre o compromisso com a felicidade dos colaboradores e as decisões corporativas. Uma organização que exige o retorno ao trabalho 100% presencial, submetendo o colaborador aos desgastes de deslocamento, aos custos de transporte e alimentação (sem contar a pegada de carbono decorrente desses trajetos) e que restringe as oportunidades de promoção a quem se adequar/submeter (quando existe a alternativa híbrida) está, de fato, preocupada com a saúde mental dos colaboradores?

·       É preciso investir em ciência, pesquisa, educação ambiental, proteção da biodiversidade, fortalecimento da bioeconomia e em muitas outras inciativas junto às comunidades amazônicas.

Violência cara.

 

A América Latina e o Caribe, apesar de concentrar apenas 8% da população mundial, representa 1/3 dos homicídios cometidos no mundo. Para piorar o dado, o elevado nível de violência na região deixa claro que tal investimento não tem sido bem-sucedido.

O custo direto dos delitos respondeu por 3,44% do PIB (em 2022). É 12x mais que o orçamento para pesquisa e desenvolvimento. O impacto econômico do crime vai desde as perdas com capital humano por homicídio, gasto de empresas com segurança, até o gasto público com a prevenção de delitos. Gastam-se muito com segurança, mas a violência continua operante.

Países que convivem com a alta da inflação também sofrem mais. O avanço dos preços corrói o poder de compra dos cidadãos e os estudos mostram que, quando essa inflação supera os 10% em um ano, há um crescimento de 10% nas taxas de homicídios, me média, no ano seguinte. Já eventos macroeconômicos adversos, como recessões, elevam os índices de homicídios em 6%, em média.

Enfim, isso mostra o quanto o crime limita o crescimento, leva à desigualdade e desvia investimentos públicos e privados para outras áreas. Se não tivessem de gastar tanto no combate à violência e à criminalidade, o dobro do orçamento com assistência social, os países da região poderiam investir mais em educação, cada vez mais necessária em uma era de grandes transformações tecnológicas.

O problema se resolve com elaboração de políticas públicas efetivas e uma cooperação mais estreita entre os governos dos países dessa nossa região, com troca de informações e reforço da vigilância em áreas fronteiriças. Afinal, essa cooperação racionalizada e profissional já existe entre as organizações criminosas latino-americanas. Antes concorrentes, organizações criminosas agora são parceiras. Algumas fornecem as mercadorias enquanto outras se encarregam da logística. O governo não pode patinar e a população mudar, ceder ou perecer enquanto o crime prospera, e por isso mesmo prospera, com perdas irreparáveis de capital humano e financeiro.




A mídia tentou tirar o foco.

 

Pautando os temas da guerra e do golpe, a mídia tentou diminuir o tamanho, a visibilidade, o foco e a efetividade do G20.

Divergências geopolíticas devem ser deixadas para instâncias como a ONU e, as locais, para a Polícia Federal. É preciso, isso sim, se concentrar nas questões sociais, com planos de ação concretos, objetivos mensuráveis e responsabilização pelos resultados.

Mas, Lula soube atravessar a tempestade e focar os países do G20 em uma plataforma concreta para enfrentar um problema consensual: a Aliança Global Contra a Fome (fome essa que cresceu muito após a pandemia, que foi ontem e ainda está aí). Isto é, produção e distribuição de riqueza. A parte difícil é a financeira: de onde virá o dinheiro, quanto será e quais as condições de governança dos beneficiados. Afinal, o desenvolvimento sustentável depende de regras internacionais estáveis e boa governança doméstica para garantir competitividade, produtividade e sustentabilidade no mercado e alocação eficaz de recursos públicos.

Enfim, as condições do planeta e a tremenda desigualdade social exigem cooperação local e internacional. É preciso evitar a crescente divisão entre países, pois isso só contribui para a inoperância e a deslegitimação da Democracia. Mas, formas de resistência acontecem e sempre vêm!

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

A nova equipe de Trump.2

 Dos 15 cargos do alto escalão do Governo... 


11 já foram definidos... 

China e Brasil.

 ·       China, o país asiático é o maior parceiro comercial do Brasil (que mais compra produtos brasileiros e vende: matérias-primas, máquinas, componentes eletrônicos que abastecem a indústria brasileira). A China quer estreitar os laços comerciais e geopolíticos com o Brasil. Já são 50 anos de relações bilaterais. Assinaram 37 acordos de cooperação de diversas áreas, como cooperação tecnológica, consultas políticas e mercados para produtos agrícolas.




Mercado de Carbono no Brasil.

Ricos causam. Pobres pagam!

Só há um futuro se for sustentável.

·       As mudanças climáticas provocaram nos últimos 10 anos foram mais de 220 milhões de deslocamentos forçados de seres humanos por causa de eventos climáticos extremos. Os ricos causam o problema, e os pobres pagam o preço. Os países desenvolvidos precisam honrar os compromissos, e financiar o combate à crise climática.

·       NDC: documento que revela o tamanho do compromisso de um país na redução dos GEE. São metas climáticas que precisam ser renovadas até fevereiro/2025. O ONU está cobrando muitas promessas feitas por líderes na COP do ano passado, de metas mais ambiciosas.

- Reino Unido: redução nos próximos 10 anos de 81% das emissões em relação a 1990.

- Brasil: redução de até 67% das emissões (comparado a 2005) de GEE até 2035.

·       Regras do Mercado de Carbono global regular, controlável e confiável: pode injetar muito dinheiro nas economias de países emergentes. Teoria do Mercado de Carbono: quem deixa de poluir pode pegar créditos para vender para que ainda polui. É o “Sistema global de créditos de carbono da ONU” (grupo técnico, com requisitos definidos, metodologias e padrões para projetos de remoção de poluentes da atmosfera, tudo administrado pela ONU com livre caixa, controlando de onde vem e para onde vai os créditos, fiscalizando as contabilidades). Os créditos são criados de duas formas: 1) se uma empresa ou país reduzir a emissão de GEE acumula créditos e pode vendê-los para quem não cumpriu as metas; 2) gerar créditos investindo em projetos para remover GEE da atmosfera (há duas formas de remover Carbono da atmosfera: A) artificial: com tecnologia e é cara; B) eficiente e básica: plantar florestas). Em geral, cada 1 ton. CO2 = 1 crédito. Que deixa de ser lançada ou é capturada da atmosfera. É criar um grande registro no mundo, para você acompanhar todas as contabilizações que estão acontecendo no Planeta. Daí tirar uma fotografia efetiva, sem pedaladas contábeis. A regulação desse novo mercado é fundamental para se criar uma nova economia verde e sustentável: floresta viva será uma nova economia para o Estado (e não morta), virando a chave da floresta como obstáculo para floresta como solução para o desenvolvimento. A floresta em pé como grande locomotiva da economia verde. A emergência climática está aí, com todo ano um desastre climático para chamar de nosso, e temos que ter recurso para prevenir, remediar e adaptar. E apoiar os mais vulneráveis. Cadeia produtiva focada na sustentabilidade (com uso de tecnologia inovadora). Compromisso maior com o meio ambiente, sem deixar de mirar o mercado nacional e internacional.

·       Países ricos devem financiar esses projetos ambientais em países em desenvolvimento.

·       Ação inédita para redução de Carbono: o Brasil usa um veleiro para exportar café e cacau para a Europa. O transporte marítimo é responsável por quase 3% das emissões globais de GEE.

·       Tema “desinformação” no G20.




Câmara dos Deputados aprova PL que amplia o Mercado de Crédito de Carbono no Brasil.

- O texto limita a quantidade de emissão de GEE.

- Cria um sistema de compensação com bonificação a empresas e Estados que reduzirem o lançamento de CO2 na atmosfera.

- E determina poluição aos poluidores.

·       Funciona assim:

- Cada 1ton.CO2 deixado de emitir vira 1 crédito de carbono, que poderá ser negociado com outra empresa ou com o Governo.

- O mercado será dividido em Regulado (empresas de cimento e petroleiras) e Voluntário (pessoa ou empresa mantiver ou restaurar área ambiental ganha crédito e pode vender). O Regulado tem um limite, se ultrapassar, terá que pagar pelos créditos emitidos.

- Virando Lei, o PL pressiona os poluidores a fazer a transição energética, reduzindo emissões (queima de derivados de petróleo).

- a Agro ficou de fora, mas pode aderir ao Voluntário.

- Qual é o mecanismo que vai acompanhar e fiscalizar tudo isso? O país tem muitas regras importantes, mas fazer cumpri-las gera impunidade.



terça-feira, 19 de novembro de 2024

1000 dias de guerra.

 

“A maior tragédia humanitária na Europa desde a II Guerra Mundial”.

·       A Ucrânia lançou mísseis de longo alcance contra o território da Rússia. E a Rússia mudou regras para possibilitar uma resposta com armamento nuclear. Sinal de que o Ocidente quer intensificar o conflito. Putin revisou a doutrina nuclear da Rússia. Qualquer ataque de uma nação que não tenha armas atômicas, mas que conte com o apoio de uma potência nuclear, será considerado um ataque conjunto à Rússia, sujeito a uma retaliação nuclear.

·       Enquanto isso, Zelenski cobra da Europa aumento da ajuda militar. A Rússia conta agora com 11 mil soldados da Coréia do Norte, e esse contingente pode saltar para 100 mil.

·       Se as forças armadas da Rússia destruir ainda mais o setor de energia, poderemos ver uma catástrofe: chegada do inverno, muita gente pode morrer de fome e de frio.

·       Veja os impactos humanitários nesses 1000 dias de guerra na Ucrânia (só não tenho dados da Rússia, porque nossa imprensa é parcial).

Insegurança Alimentar no Mundo.

 

- 6,5 bilhões de toneladas de alimentos produzidos no mundo todo ano;

- contrastes e soluções.

- avanço da tecnologia e aumento de produtividade no mundo, mesmo assim: 733,4 milhões em situação de vulnerabilidade alimentar (FAO, ONU).


O$ superpodere$ do Congre$$o.

“O Congresso hoje dispõe de poderes que não existem em nenhum outro lugar! Perde a transparência dos recursos públicos”. 

Emendas de R$ 16 bilhões não têm a identificação dos autores. 

O Congresso brasileiro (Legislativo) dispõe hoje de poderes sobre o Orçamento nacional maiores do que os detidos pelos Legislativos de 11 países da OCDE (estamos falando aqui de algumas das nações mais desenvolvidas do mundo!). O Brasil é o único país analisado em que o Legislativo atua na execução do Orçamento, ao indicar ao governo para onde enviar recursos depois de aprovada a LOA (é o que acontece com as Emendas de Comissão, por exemplo).

Do começo de 2021 até agora, deputados e senadores destinaram R$ 131,7 bilhões em emendas parlamentares de todos os tipos (quase 1/3 desse montante, 32,4%, corresponde a emendas de relator, base do esquema do Orçamento Secreto, e a emendas de comissão, o que torna impossível, na prática, saber quem são os “padrinhos” das indicações). O montante é 87% maior do que o indicado nos quatro anos anteriores (2017-2020).

O percentual das despesas livres do governo dedicado às emendas parlamentares no Brasil é de 24%, quase o triplo do segundo colocado, a Alemanha (9%). E ainda querem mais expansão delas (há proposta de elevar o valor das emendas para R$ 50,5 bilhões no ano que vem). Ora, as emendas só deveriam ser aprovadas com a concordância do Executivo. Tiraram a autoridade de pai Lula! 

Nos outros países, os parlamentos, em geral, têm a função de discutir as prioridades nacionais e de fiscalizar a execução do orçamento, e não de interferir diretamente na sua elaboração, tampouco na execução do orçamento , destinando recursos para as bases eleitorais dos parlamentares (isso explica em muito os resultados das Eleições Municipais deste ano e a corrupção de boa parte da sociedade). Já aqui no Brasil, a situação de Brasília é um ponto fora da curva, incomparável!!! Isso é um péssimo exemplo para os gestores do resto do país!

Dentre todos os países analisados, é só no Brasil que o Legislativo interfere na execução do Orçamento. Em todos os outros, a execução é assunto exclusivo do Executivo. Os 24% das verbas “livres” à disposição do Congresso tornam o Brasil “exótico”. Kkkk Gente, os parlamentares devem indicar, na emenda, o cancelamento correspondente, arcar com o ônus de dizer de onde vai tirar o recurso, para onde ele vai, como vai e o retorno social disso. Não pode simplesmente haver uma reserva para isso, que se vai lá, pega e pronto.

Enfim, a forma como o Legislativo brasileiro atua no processo orçamentário é inusitada e, em termos de montante, muito superior ao observado nos demais países analisados. Não se justifica, portanto, a defesa da expansão das emendas parlamentares ao Orçamento sob o argumento de que ‘no mundo todo é assim’. Não, não é!

O que o STF já fez sobre isso?

·       A prática do Orçamento Secreto foi declarada inconstitucional pelo STF em 2022, mas o Congresso não deu fim a ela.

·       No dia 14 de agosto, Flávio Dino suspendeu as emendas impositivas ao Orçamento da União. O repasse está suspenso até que o Congresso crie novas regras para garantir mais transparência dos recursos.

·       Os parlamentares também foram proibidos de destinar emendas a um Estado pelo qual não foi eleito.

·       Dino ainda determinou auditoria nas cidades que mais receberam os recursos.


·       Emendas Parlamentares.

·       Senado termina votação do Projeto que altera regras das EP. Para este ano, o Congresso aprovou R$ 52 bilhões. O pagamento está suspenso desde Agosto por Dino, que exigiu aprovação de regras claras e transparentes. Quem é o responsável pelo envio do dinheiro, onde e de que forma ele será usado.

- Dino determinou que esses recursos pudessem ser rastreados.

- O texto aprovado pelos Senadores precisa ser votado de novo pelos Deputados.

- Deputados e Senadores terão que indicar onde os recursos serão aplicados (as Emendas Pix).

- Sem brechas para interesses pessoais/individuais.

- Fica ativo o mecanismo que não define o Parlamentar que se beneficiar. 






Percepção dos Brasileiros.

 

·       Percepção dos brasileiros não sente melhoras do Brasil.

- os indicadores mais recentes têm mostrado uma economia aquecida, taxa de desemprego (6,4%) baixa (pleno emprego, recuperação da renda do trabalhador, crescimento acima do esperado), mas... A sensação não é essa. Por quê?

- na economia, uma fato é consequência e causa de outro, uma interdependência de cenários.

- Mesmo com esses dados, as pessoas estão satisfeitas com aquilo?

- 38,8% do trabalho são informais: precário, rendimento menor, não tem estabilidade, pode ou não receber mês que vem...

- a renda do trabalhador aumentou, mas... R$ 3.276,00: em 12 anos foram 12,6%. Mas, não está sendo suficiente para tudo: pagar aluguel, educação melhor para os filhos, mudar de nível social?

- o PIB per capita está em 10.044. O PIB está crescendo: 3,3%. Mas, sobe e cai. O governo tem que mostra algo no curto prazo para a população perceber. Só que existem questões estruturas que demandam tempo e recurso para os benefícios serem sentidos logo. Então vai dizer que trabalho, mas não tenho patrimônio.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Sobre o G20...

 ·       50 delegações. 42 países. 15 organismos internacionais. Todos os bancos participando.

·       Carta de intenções dos chefes de Estado das principais economias do Mundo.

O G20 não é um Bloco Econômico formal, não tem o poder de impor medidas e regras, o objetivo é ampliar o diálogo e a cooperação entre os países para fortalecer a economia e promover o desenvolvimento global.

G20: 85% do PIB global é o quanto representam as nações integrantes do G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta. 75% do comércio mundial é o quanto movimentam os países membros. 66% (2/3) da população mundial vivem em alguma das nações que integram o fórum de debates.

O Governo brasileiro antecipou algumas metas que o Governo Brasileiro pretende atingir até 2030. Na reunião de Cúpula, os chefes de Estado chancelam as negociações que foram feitas ao longo do ano sobre diversos assuntos e assumem compromissos.

O G20 nasceu em 1999 para enfrentar crises financeiras daquela época e, de lá para cá, os 19 países, a União Europeia e a União Africana decidiram, para além da Economia, também se debruçar sobre outros temas como Desenvolvimento Sustentável, Comércio, Saúde, Mudanças Climáticas, Desinformação, Transição energética, Taxação de super-ricos, Governança global, combate à fome, pobreza e desigualdade... Enfim, que a cooperação entre os países torne possível viver em um mundo menos desigual! A formação da “Aliança Global contra a fome e a pobreza” é o nosso maior ganho. Viva o Lula! 

- Aliança Global contra a fome e a pobreza. Combate à fome e à miséria: o objetivo é através de uma aliança global, garantir recursos e apoio para que os países implementem ações de enfrentamento ao problema que assola 733 milhões de pessoas no mundo (150 milhões de pessoas de 0-5 anos de crianças passando fome). O ponto central é a disponibilidade de uma cesta de políticas, composta por 50 possibilidades de ação. Elas estão divididas em 10 categorias que vão desde acesso aos serviços básicos, como água potável, à proteção social, com programas de alimentação escolar. Será uma plataforma pensada de forma colaborativa, ao assinar a declaração de compromissos, os países membros poderão editar e incluir exemplos de políticas bem-sucedidas e sugerir a implementação de novas políticas. Essa aliança será administrada por uma estrutura internacional, e sediada por organizações que já existem e que são referência no combate à fome. Estão previstos escritórios na Itália, na Tailândia, nos EUA, na Etiópia e aqui no Brasil. Mais de 80 países já se juntaram a essa Aliança, 60 organizações filantrópicas e todos os bancos de desenvolvimento! Vai ter dinheiro do Banco Mundial. Vai ter uma estrutura permanente na FAO. O BID vai colocar R$ 25 bilhões, além de US$ 200 milhões para doação a países mais pobres. Políticas que já deram certo em outros países, como o Bolsa Família aqui, ou um microcrédito para as mulheres de Bangladesch, vai ter uma cesta de programas. Os países que aderirem se compromete a adotar um desses programas. O dinheiro financia, os países que têm a tecnologia vão treinar e ajudar. Enfim, poucos e bons objetivos em prática!

·       A reforma das instituições de governança global. A) ter maior participação de países emergentes nessas organizações; B) reforma dos organismos internacionais de governança; C) revitalizar o sistema multilateral; D) instituições mais eficazes, transparentes, representativas. E) O futuro será multipolar.

- ONU: seu Conselho de Segurança é composto por apenas 15 países, mas apenas 05 são membros permanentes, os únicos que têm poder de vetar uma resolução (EUA, China, França, Reino Unido, Rússia). A ONU foi criada em 1945 e ainda reflete uma divisão geopolítica pós-guerra do Mundo. Ela precisa ter mais representatividade.

- FMI

- Banco Mundial

·       A Diplomacia Brasileira conseguiu ver aprovada a Declaração Final da Cúpula do G20: “Declaração de Líderes”.

1.     Promoção de crescimento econômico sustentável e inclusivo;

2.     Combate à fome e à pobreza;

3.     Ações multilaterais de enfrentamento da crise do clima.

Projeto "Abecedário das Regiões".

 

Foi lançado neste ano o projeto “Abecedário das Regiões” nas regiões de Donbass, Zaporíjia, Kherson e Kharkiv, quatro entes anexados pela Rússia após referendos em setembro de 2022. Hoje, Putin controla talvez 70% deles.

Trata-se de um abecedário com referências à cultura russa na província. No abecedário de Kharkiv, a letra T é representada pelo famoso tanque de guerra T-34, principal modelo soviético da Segunda Guerra Mundial, que foi desenhado e produzido na capital.

Os volumes, edições caprichadas com capa dura, trazem os selos oficiais do festival literário Estrelas sobre Donbass, entidade tocada por Kofman desde 2019, a Câmara Pública de Donetsk e do Fundo Presidencial para Iniciativas Culturais. Criada por Putin em 2021, o fundo promove artistas e iniciativas alinhadas aos valores russos esposados pelo Kremlin. No ano passado, distribuiu o equivalente a R$ 95 milhões a 303 projetos, segundo a mídia russa.

"Não sei o que fazer com os adultos dos novos territórios, mas podemos começar pelas crianças" (Aleksandr Kofman, idealizador dos livros). No prefácio, Kofman escreve que o livro ensina sobre "as pessoas graças às quais nossa região se tornou parte da vasta Rússia".

Enfim, a Rússia está "cozinhando o sapo" na Ucrânia. Lentamente, está desestruturando o governo de Volodimir Zelenski, que irá colapsar porque Moscou tem mais recursos humanos e materiais para empregar em combate. E eles perderam o gás!

União e Reconstrução da Educação

05 eixos são prioritários para uma educação pública de qualidade:

1.     Educação infantil;

- são essenciais os primeiros anos para o desenvolvimento de uma criança;

- o Brasil ainda não tem todos os alunos de 4 e 5 anos na pré-escola;

- não há uma avaliação para a educação infantil;

- 55% das turmas nem sequer fazem atividades de leitura de livros para as crianças;

- os currículos muitas vezes desconsideram a importância dessa etapa para a alfabetização.

2.     Alfabetização;

- O que acontece no cérebro quando as crianças aprendem a ler.

- Como se organizam os circuitos cerebrais da linguagem falada e ouvida com as letras visualizadas para que uma criança consiga ler?

- qual a importância da decodificação das letras e por que alguns alunos precisam de mais ou menos apoio para ase alfabetizar?

- qual o papel da leitura de livros, do professor e das famílias nesse processo?

- Estados e governo federal, com apoio do terceiro setor, têm lançado programas para garantir que as crianças aprendam a ler e a escrever na idade certa.

- Ainda só 65% delas estão alfabetizadas aos 7 anos.

- O que cientistas e educadores têm mostrado sobre como os alunos devem ser ensinados a ler?

- O que as avaliações têm mostrado?

- Como ensinam as cidades brasileiras e países, considerados exemplos de alfabetização?

- E como enfrentar os desafios ainda maiores da alfabetização matemática?

3.     Ensino integral;

- não há país desenvolvido em que as crianças fiquem somente 4 horas na escola, como no Brasil;

- Governo Federal e Estados entenderam a prioridade de investir em ensino integral e lançaram programas recentes, mas quais são os desafios?

- Como deve ser o currículo para que ele não signifique apenas mais tempo na escola?

- qual a formação que deve ter o professor?

- quanto é necessário investir?

- como engajar a criança e o jovem para que eles se interessem pelo ensino integral?

4.     Educação profissional e tecnológica;

- O ensino técnico traz qualidade à educação dos jovens e os aproxima da escola.

- Como e em que áreas expandir a modalidade, garantindo a conexão com o mercado de trabalho e com os desafios atuais da tecnologia?

- Como a educação profissional está conectada com o desenvolvimento do País e a preparação de estudantes para o futuro, com uma economia mais digitalizada?

5.     Formação de professores.

- Docentes no Brasil continuam sendo formados em cursos técnicos, sem preparação prática para dar aulas e, na maioria das vezes, a distância.

- Como melhorar esse cenário, já que o professor é responsável por 60% do resultado dos alunos?

- Quais políticas públicas podem valorizar a carreira docente, com melhores salários e mais atratividade, para que os alunos bem preparados queiram ingressar na docência?

Enfim, são muitos os desafios para uma educação de qualidade, com equidade. Porém, essenciais para a formação do cidadão e o desenvolvimento do País!