·
Mineração
em áreas protegidas cresceu 301% na última década
·
Em
terras indígenas, houve 495% de aumento na atividade de 2010 a 2020
1. O
aumento do preço do ouro (e diamantes).
2. O
sucateamento de estruturas de fiscalização.
3. A pandemia da Covid e às instabilidades econômicas associadas.
4. A
ganância da mineração ilegal, tanto a artesanal e sobretudo a industrial. Há
pessoas que simplesmente saem procurando. E para procurar elas precisam
desmatar, desbarrancar áreas, soterrar rios, sem controle nenhum. Porém, uma
coisa é o garimpo artesanal, usado na subsistência, outra é o garimpo
mecanizado, com uso de explosivos e uma devastação extensiva. Este
segundo tem e deve ser bloqueado. O primeiro tem pequeno poder de devastação e
pode ser praticado pelos próprios índios.
5.
As novas necessidades do mercado que vislumbra o carro elétrico. A necessidade
de cobrança por uma mineração (que vai além da exploração do ouro) com menor
impacto ambiental passa pela necessidade mineral que provavelmente decorrerá da
economia de baixo carbono, com o advento dos carros elétricos e dos metais
necessários para produzir suas baterias.
“Eu vou precisar explorar metais. Mas
não posso explorar a qualquer custo, a custos social e ambiental
irresponsáveis”.
·
Consequências:
1.
Danos irreversíveis ao bioma Amazônia. “Quem vai pagar por isso é
a sociedade e os próprios garimpeiros, que não têm uma vida digna. E ainda o
dano ambiental pago pelo planeta.”
·
Soluções:
1.
O Ministério Público deve monitorar as licenças para operações
garimpeiras.
2.
Isso só vai parar quando economicamente não for mais viável.
3.
Uma mineração sustentável, montada e planejada, uma área menor
afetada e licenças necessárias.
- A
presença de garimpo em unidades de conservação e em terras
indígenas explodiu nos últimos dez anos (fortemente concentrado na Amazônia). Cerca
de 40% da área de garimpo em 2020 estava dentro de unidades de conservação, e
9%, em terras indígenas protegidas, o que é proibido.
- A
Amazônia tem apresentado, anualmente, aumentos de desmatamento. O
bioma concentra 72% da área minerada do país.
- A
unidade de proteção ambiental líder em área de garimpos em seu interior é a APA
(Área de Proteção Ambiental) do Tapajós, que é de uso sustentável.
Fazem parte do top 10 três parques nacionais (parna), que são
áreas totalmente protegidas. São eles: parna do Rio Novo, parna do Jamanxim e
parna Mapinguari (sofrem com a grande pressão de desmatamento, em parte
ligada à mineração). Em 2017, o Congresso chegou a aprovar a redução da
proteção na região, mas a medida foi vetada, em meio à pressão popular, pelo
então presidente Michel Temer.
- Entre
os territórios indígenas com maior área de garimpo, estão as terras indígenas
Kaiapó e Mundurucu, ambas no Pará; e a Ianomami —outro local já com ampla
documentação de mineração ilegal.
- o
crescimento acentuado da mineração, como um todo, na última década e
especialmente nos últimos quatro anos, pode estar relacionado com o
aumento do preço do ouro.
- No
Brasil, em 2020, o ouro teve valorização de 56%. Em meio à pandemia da Covid e às instabilidades
econômicas associadas, em Genebra houve relatos, em outubro do ano passado,
de que os mais ricos compravam barras de ouro. Nos últimos cinco anos, o valor
do metal saiu de patamares próximos a US$ 1.200 por onça troy para chegar ao
valor de US$ 2.000 por onça troy em agosto de 2020.
- O
sucateamento de estruturas de fiscalização também pode ter um papel na
ampliação dos garimpos no país. “O Brasil não tem hoje uma estrutura
governamental capaz de fiscalizar o território a ponto de impedir a expansão da
mineração”.
- A
Procuradoria apontou que a própria ANM (Agência Nacional de Mineração) vinha
autorizando projetos de mineração dentro de unidades de conservação no Pará e
registros minerários em terras indígenas.
·
Dentro
das flonas (floresta nacional) de Itaituba 1 e 2...