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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

A onda de frio nos Estados Unidos fez o preço do nosso gás de cozinha subir. Vamos pagar para aquecer os norte-americanos, graças a Temer e Bolsonaro.


Quem quiser continuar acendendo o fogão, terá que gastar mais! O botijão de gás (que é item da nossa cesta básica) voltou a ficar mais caro nas refinarias (+1%) – e o reajuste não demora a ser repassado pra gente, agora a cada 3 meses. Já nas distribuidoras, o GLP terá aumento de 0.5% a 1,4%. A principal explicação da Petrobras para essa terceira alta seguida é a desvalorização do real frente ao dólar.

A nova política que Bolsonaro ampara para o setor prevê que os reajustes do preço do gás não serão mais anuais, mas sim revistos a cada 3 meses, e irão acompanhar a cotação do produto no mercado internacional — o Preço de Paridade Internacional (PPI), política adotada em outubro de 2016 pelo governo de Michel Temer. Ou seja, qualquer evento ligado aos estoques do gás no mundo (sobretudo nos EUA) afetará o preço do produto no Brasil. Para o consumidor, isso significa aumento no preço.

O preço para nós, consumidores, foi colocado livre, ou seja, não é tabelado. Vejamos alguns comparativos:

- Cidade do Rio de Janeiro (RJ): R$ 64,25
- São Paulo (SP): R$ 67,07
- Cuiabá (MT): R$ 93,33!
- Recife (PE): R$ 66,50
- Manaus (AM): R$ 70,03
- Porto Alegre (RS): R$ 69,82

Nos anos Lula e Dilma, os custos de venda dos produtos refinados pela Petrobras se sustentavam nos custos nacionais de produção do petróleo, independente das alterações nos preços internacionais. Ou seja, mesmo com um conflito no Oriente Médio, um furacão no estado americano do Texas nos Estados Unidos ou algum impacto no Golfo do México (maiores exportadoras mundiais de gás), o custo de produção da estatal não se alternava. Por falar nisso, os EUA vem sofrendo com um frio polar que registrou as temperaturas mais baixas dos últimos 25 anos, o que faz aumentar o uso de aquecedores domésticos (e o aumento no consumo de gás). Pois é, estamos pagando para aquecer os norte-americanos.

A solução do problema dos combustíveis é a Petrobras voltar a praticar preços como ela fazia no passado: estatal que garante que o atendimento da população seja garantido com combustíveis a preços justos. Esse é o caminho: a Petrobras voltar a trabalhar como uma estatal, uma empresa que defende o Brasil e o povo brasileiro. Mas, como, se temos um presidente que faz continência para a bandeira dos EUA e defende privatizações?

Lembra que na campanha Fernando Haddad queria editar uma medida estabelecendo o preço máximo do gás de cozinha em R$ 49,00? Era uma das medidas entre as prioridades dele que seriam colocadas em prática logo em janeiro. “Pois é” de novo...