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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Educação para os próximos 04 anos, na visão da “Mídia Neoliberal”!

Em qual sistema a Educação deve se enquadrar? Capitalismo ou Socialismo? Corporativismo???
Seja em qual for, no Brasil, a melhora no ensino público é essencial para dar oportunidade a todos e reduzir a desigualdade.
Uma coisa é certa: mundo a fora tem aumentado o sentimento anticapitalista (entre outros motivos, por causa do aumento na desigualdade de renda e a queda no ritmo de crescimento). Aumentaram também as ideias contrárias à competição e ao livre mercado. E isso brotou de muitos capitalistas revoltados. Como explicar essa crise?
Ela vem do fato de que, muitos governos estão usando o poder para favorecer grandes empresas (o que seria o “capitalismo corrupto”), e não para garantir o bom funcionamento do mercado e assim beneficiar os consumidores.
Nessa ótica – a de um capitalismo para o povo –, a ideia defendida e sustentada é a de que os governos concentrem esforços na educação básica como a etapa primordial para o avanço sustentável das sociedades capitalistas.
Para criar um ambiente favorável à inovação e ao crescimento econômico, é preciso que sejam adotadas políticas para aumentar a competição no mercado, e não as que favorecem interesses dos grandes grupos. É o capitalismo corporativista e de compadrio.
A questão crucial é a seguinte: é um sistema no qual as grandes empresas possuem ligações muito próximas com o governo e também com os congressistas, favorecendo a aplicação de políticas contrárias à concorrência. Um sistema assim não cria um ambiente que incentive a igualdade de oportunidades e a competição na economia.
Ou seja, o que se defende aqui é: deslocar os interesses das empresas e centralizar os interesses dos consumidores. Nesse sentido, nenhuma empresa chegaria com muros protecionistas, mas aberta para competir com outras empresas de fora.
Vamos dá um exemplo: os homens e mulheres de negócios, quando administram uma empresa, procuram aumentar os seus lucros. Isso é natural. O problema está quando usam a sua proximidade com o governo, graças ao seu poder financeiro e à ação de seus lobbies, para impedir o ingresso de novos competidores no mercado e assim lucrarem mais. Os executivos das grandes companhias internacionais são sempre grandes defensores do livre-comércio quando desejam ingressar em um novo mercado. Uma vez instalados, entretanto, passam a defender barreiras protecionistas. Por isso, para criar um ambiente favorável ao crescimento e à inovação, é preciso que existam políticas pró-mercado, ou seja, a favor da competição e tendo em vista o interesse dos consumidores, e não pró-empresas.
E o fruto disso tudo é o inegável avanço na desigualdade de renda, um problema a ser enfrentado pela redução da desigualdade de oportunidades. No nosso caso brasileiro, o principal nó está na educação. Se duas pessoas têm um bom nível educacional, há uma grande probabilidade de não existir uma disparidade expressiva na renda de ambas. Então é preciso, urgentemente, aprimorar a educação básica nas escolas públicas. Cuidar da educação, e, portanto, agir no sentido de reduzir a desigualdade nas oportunidades, é um passo fundamental para diminuir a injustiça social.
Nessa ótica, o que seria o “capitalismo saudável” (se é que existe um, na verdade não existe): “As políticas públicas mais saudáveis são aquelas que reduzem as barreiras aos investimentos e ao ingresso de um maior número de competidores. É assim que age um governo decidido a fazer o mercado funcionar melhor”.
Tudo isso explica a posição da Rede Globo: o papel essencial do Estado, em uma democracia moderna, ao desenvolvimento econômico, é o de um Governo árbitro ou juiz da economia, nunca um dos jogadores. Ele deveria agir para que a disputa ocorra de maneira limpa e justa. O Estado deve também prover uma rede de amparo e proteção social. Ou seja, um Estado de bem-estar com boas políticas é vital para a criação de oportunidades, o que, ao final, acabará incentivando a competição e o aumento da produtividade na economia.

CONCLUSÃO: A Educação dentro de um sistema de Livre Concorrência de Mercado treina pessoas para a competição através da inovação. O fundamental para o desenvolvimento de uma economia se torna um Governo que propicie um ambiente favorável à competição, em vez de criar ainda mais distorções e desigualdade de oportunidades. Estudantes e trabalhadores são protegidos se e quando contribuírem para manter a economia saudável e preservar o crescimento a longo prazo. As grandes empresas são atacada em favor do mercado, visto que o Capitalismo produz seu próprio monstro nocivo a si. Assim, a função do Estado/Governo é estimular a competição, agir em benefício do mercado e não apenas de algumas grandes empresas. Enfim, a defesa da direita é o combate do excesso de intervenção do governo na vida econômica. A esquerda, briga pelo contrário, se coloca contra o excesso de intromissão das grandes corporações no funcionamento do governo. Por mais simplista que pareça, é evidente que será preciso encontrar uma saída entre o governo inflado e ineficiente e o modelo em que as grandes companhias dão as cartas.