Em qual sistema a Educação
deve se enquadrar? Capitalismo ou Socialismo? Corporativismo???
Seja em qual for, no
Brasil, a melhora no ensino público é essencial para dar oportunidade a todos e
reduzir a desigualdade.
Uma coisa é certa: mundo a
fora tem aumentado o sentimento anticapitalista (entre outros motivos, por
causa do aumento na desigualdade de renda
e a queda no ritmo de crescimento).
Aumentaram também as ideias contrárias à competição e ao livre mercado. E isso
brotou de muitos capitalistas revoltados. Como explicar essa crise?
Ela vem do fato de que,
muitos governos estão usando o poder para favorecer grandes empresas (o que
seria o “capitalismo corrupto”), e não para garantir o bom funcionamento do
mercado e assim beneficiar os consumidores.
Nessa ótica – a de um
capitalismo para o povo –, a ideia defendida e sustentada é a de que os
governos concentrem esforços na educação básica como a etapa primordial para o
avanço sustentável das sociedades capitalistas.
Para criar um ambiente
favorável à inovação e ao crescimento econômico, é preciso que
sejam adotadas políticas para aumentar a
competição no mercado, e não as que favorecem interesses dos grandes
grupos. É o capitalismo corporativista e
de compadrio.
A questão crucial é a
seguinte: é um sistema no qual as grandes empresas possuem ligações muito
próximas com o governo e também com os congressistas, favorecendo a aplicação
de políticas contrárias à concorrência. Um sistema assim não cria um ambiente
que incentive a igualdade de
oportunidades e a competição na
economia.
Ou seja, o que se defende
aqui é: deslocar os interesses das empresas e centralizar os interesses dos
consumidores. Nesse sentido, nenhuma empresa chegaria com muros protecionistas,
mas aberta para competir com outras empresas de fora.
Vamos dá um exemplo: os homens e mulheres de
negócios, quando administram uma empresa, procuram aumentar os seus lucros.
Isso é natural. O problema está quando usam a sua proximidade com o governo,
graças ao seu poder financeiro e à ação de seus lobbies, para impedir o
ingresso de novos competidores no mercado e assim lucrarem mais. Os executivos
das grandes companhias internacionais são sempre grandes defensores do
livre-comércio quando desejam ingressar em um novo mercado. Uma vez instalados,
entretanto, passam a defender barreiras protecionistas. Por isso, para criar um
ambiente favorável ao crescimento e à inovação, é preciso que existam políticas
pró-mercado, ou seja, a favor da competição e tendo em vista o interesse dos
consumidores, e não pró-empresas.
E o fruto disso tudo é o
inegável avanço na desigualdade de renda,
um problema a ser enfrentado pela redução da desigualdade de oportunidades. No nosso caso brasileiro, o
principal nó está na educação. Se duas pessoas têm um bom nível educacional, há
uma grande probabilidade de não existir uma disparidade expressiva na renda de
ambas. Então é preciso, urgentemente, aprimorar a educação básica nas escolas
públicas. Cuidar da educação, e, portanto, agir no sentido de reduzir a desigualdade
nas oportunidades, é um passo fundamental para diminuir a injustiça social.
Nessa ótica, o que seria o
“capitalismo saudável” (se é que existe um, na verdade não existe): “As políticas públicas mais saudáveis são
aquelas que reduzem as barreiras aos investimentos e ao ingresso de um maior
número de competidores. É assim que age um governo decidido a fazer o mercado
funcionar melhor”.
Tudo isso explica a
posição da Rede Globo: o papel essencial do Estado, em uma democracia moderna,
ao desenvolvimento econômico, é o de um Governo árbitro ou juiz da economia,
nunca um dos jogadores. Ele deveria agir para que a disputa ocorra de maneira
limpa e justa. O Estado deve também prover uma rede de amparo e proteção
social. Ou seja, um Estado de bem-estar com boas políticas é vital para a
criação de oportunidades, o que, ao final, acabará incentivando a competição e
o aumento da produtividade na economia.
CONCLUSÃO: A Educação dentro de um
sistema de Livre Concorrência de Mercado treina pessoas para a competição
através da inovação. O fundamental para o desenvolvimento de uma economia se
torna um Governo que propicie um ambiente favorável à competição, em vez de
criar ainda mais distorções e desigualdade de oportunidades. Estudantes e
trabalhadores são protegidos se e quando contribuírem para manter a economia
saudável e preservar o crescimento a longo prazo. As grandes empresas são
atacada em favor do mercado, visto que o Capitalismo produz seu próprio monstro
nocivo a si. Assim, a função do Estado/Governo é estimular a competição, agir
em benefício do mercado e não apenas de algumas grandes empresas. Enfim, a
defesa da direita é o combate do excesso de intervenção do governo na vida
econômica. A esquerda, briga pelo contrário, se coloca contra o excesso de
intromissão das grandes corporações no funcionamento do governo. Por mais
simplista que pareça, é evidente que será preciso encontrar uma saída entre o governo inflado e ineficiente e o modelo em que as grandes companhias dão as
cartas.