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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Os 4 grupos de trabalhadores informais no Brasil.

 O Brasil tem hoje cerca de 38 milhões de trabalhadores na informalidade ou com o vínculo empregatício frágil. A maioria ganha apenas para sobreviver e não tem nenhuma seguridade social

Esses 4 grupos de trabalhadores informais e suas características são:

1.      Informal de subsistência: trabalham apenas para se alimentar, não tem nenhuma seguridade social, quando precisam de uma licença médica, por exemplo, ficam sem renda nenhuma. Os números revelam a presença de um passado escravocrata. Vejam mais características dessa categoria:


2.     Informais com potencial produtivo: trabalham, mas sem registro.

3.      Informais por opção: são profissionais com formação, mas não emite notas fiscais. Acham burocrático abrir uma empresa. 

4.      Formais frágeis: profissionais que até têm registro, mas não sabem quantos nem em quais dias vão trabalhar. São pessoas com baixa formação e têm dificuldades de pagar as contas. 

Para melhorar a condição dos trabalhadores, o país precisa investir em educação e qualificação. Pensar em programas que favoreçam a formalização, mas entender que ela vai além de um registro formal. Ela é um processo que cria um ambiente de proteção e se mantém em contínuo crescimento. 

sábado, 11 de junho de 2022

Problemas no coração.

O aumento de casos de doenças do coração durante a Pandemia preocupa os médicos. O coronavírus pode atacar as artérias e provocar doenças graves. A chance de formar um trombo aumenta, levando ao infarto e AVC. Pode causar arritmia cardíaca, hipertensão arterial e pode agredir diretamente o músculo do coração – miocardite. 

Além dos efeitos do coronavírus, outros fatores também contribuem para as doenças cardiovasculares: redução das atividades físicas, sobrepeso e consumo de álcool. Sedentarismo e pouca ida ao médico (hipertensão, diabetes, colesterol, tabagismo, hipertensão arterial). 

Quase 40% das mortes acarretadas por esses fatores poderiam ser evitadas com prevenção.



quinta-feira, 9 de junho de 2022

O atual retrato da fome no Brasil.

 Mais da metade da população brasileira (58,7%) está em insegurança alimentar, ou seja, 6 em cada 10 famílias enfrentam dificuldades para comer. São 135,2 milhões de brasileiros que não têm comida garantida todo dia. Nem em quantidade, nem em qualidade. Entre eles, 33,1 milhões passam fome pra valer. O problema é mais grave no Norte e no Nordeste, e na zona rural. De 2020 para 2022 aumentou em +14 milhões o número de brasileiros que enfrentam esse flagelo. E é mais grave em lares chefiados por mulheres. Dobrou o número de famílias com crianças menores de 10 anos que não têm o que comer, ou seja, a fome ameaça o presente e o futuro deles. 65% das famílias comandadas por pessoas pretas ou pardas têm dificuldade de botar comida no prato (Fonte: Rede Penssan).

- o país voltou ao patamar de 30 anos atrás! O CONSEA (Conselho de Segurança Alimentar), que permitia a participação da sociedade na elaboração de políticas públicas contra a fome, foi extinto no primeiro dia do atual governo. A solução não vem da sociedade civil, que quando ajuda só amenina, apaga o incêndio, o bombeiro diante do problema que o governo não está solucionando.

- é uma situação contraditória e vergonhosa, o país ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo e não conseguir erradicar a fome.

- os governos estaduais e prefeituras têm programas de restaurantes comunitários que fortalecem as merendas escolares e outras estratégias que estão focadas na luta contra a fome. Este país sabe como fazer. É preciso fortalecer os programas de transferência de renda e fazer o dinheiro chegar em quem mais precisa, e criar oportunidades de trabalho para essas famílias.

“A situação começou a se agravar em 2015, com a piora da economia, em 2018 o Brasil voltou ao mapa da fome de onde tinha saído 5 anos antes (em 2013). A pandemia agrava o processo que já estava em curso desde 2015-2017. Crise econômica, crise política, desemprego, precarização do trabalho, perda de rendimentos, ataques a direitos sociais e desmontes de programas”. 










A desigualdade no país aumenta e a renda do brasileiro é a menor em 10 anos.

- a renda média por pessoas nos domicílios do Brasil teve a maior queda desde o início da série histórica e atingiu o menor valor em 10 anos. A desigualdade também aumentou.

- A renda média domiciliar é de R$ 1.353,00 no ano de 2021. Menos dinheiro entrando em casa, e a pobreza cada vez mais próxima.

- Há um abismo nos rendimentos entre quem mora no Norte e no Nordeste e as outras regiões do Brasil. Em 2021, o grupo formado pelo 1% mais rico ganhou em média +38,4 vezes mais do que a metade mais pobre da população.

- O índice que mede a concentração de renda (Índice de Gini) subiu. A inflação tem grande parcela de culpa nessa queda generalizada de renda real, mas ela não explica a desigualdade, que tem bastante a ver com a forma como as pessoas conseguiram obter renda de maneira diferente ao longo da distribuição de renda. As pessoas mais pobres perderam o acesso a programas sociais e ficaram desprotegidas. 




terça-feira, 7 de junho de 2022

Por que a inflação está descontrolada?

“O principal problema que explica a alta inflação brasileira hoje é a condução da política fiscal. São dois anos de expansão de gastos, com alto endividamento público, sem avanços sociais relevantes. Repare que o Banco Central sobe os juros para aliviar a inflação, na verdade, o povo está entregue ao apetite voraz do mercado, sem pensar em políticas de efeito mais duradouro para fortalecer a economia brasileira. Enfim, o principal desafio é ter uma situação fiscal sustentável, pois ela só está piorando com uma enorme dívida que já temos”.

1.      Desigualdade social. Dizem que a inflação está espalhada e em todo lugar, mas a verdade é que ela pesa mais para os mais pobres (países e pessoas). Ela não é igual para todo mundo. Alguns países sofrem mais e têm taxas mais altas. O papel fundamental do governo é zelar pelo bem-estar social. O governo não está pensando na sociedade enquanto dificuldades que as pessoas estão enfrentando no seu dia a dia.

2.      As questões internas de cada país. Isso faz a inflação subir mais ou menos. O Brasil está com a 4ª maior inflação do G20 agora em 2022 e no ano passado foi a mais alta do que o resto do mundo, por exemplo, por causa do péssimo Governo de Bolsonaro. O país estava (e está) enfiado em riscos que fizeram nossa taxa de câmbio se depreciar. Medo de ruptura institucional, explosão fiscal e uma política de extrema direita populista.

3.      Menos produção industrial. Muitas indústrias reduziram seu volume de produção. Outras quebraram e sucumbiram. Desequilibrou demanda e oferta. Necessidade constante de consumo, e produção encolhida. Indústrias, comércio e setor de serviços estão fragilizados. Se a população vai mal, o consumo piora.

4.      Conflito na Ucrânia. Piorou tudo. Fez disparar os preços de petróleo, soja e trigo (commodities subiram).

5.      Incerteza generalizada. As pessoas não investem, não consomem, o país cresce menos. Nem as famílias podem investir na produção, nem o capital estrangeiro está preocupado em negócios sustentáveis. A condição de produção é ruim.




O salário de contratação de várias profissões. Quanto menor o nível de qualificação, maior tem sido a desvalorização do pagamento ao trabalhador. Há uma tendência de achatamento dos salários, distante do salário real. Em 2 anos de pandemia, os trabalhadores perderam mais de R$ 30 bilhões na massa de rendimentos, aumentando o fosso entre profissões. 


Conflito na Ucrânia - físico e simbólico.

A tensão na Ucrânia não é apenas no campo físico de batalha, mas, sobretudo, no campo simbólico das narrativas.

1. Versão dos EUA: jornalistas americanos sofreram ameaças na Rússia. Alegam que simplesmente não existe liberdade de imprensa na Rússia, pois no país jornalista pode pegar 15 anos de prisão se chamar o que está acontecendo na Ucrânia de "guerra". É uma “Operação Militar Especial”. Os russos usam a retórica da liberdade de expressão para controlar, de toda forma, o discurso. Nada mais é do que uma narrativa frágil de Putin.

2. Versão da Rússia: jornalistas russos nos EUA estão enfrentando dificuldades para renovar o visto e as contas bancárias estão sendo canceladas, entre outras retaliações. O Tesouro Americano impôs sanções a 3 veículos de imprensa russos, sob a falácia de que estão ganhando dinheiro por lá para financiar a guerra. Google e YouTube também bloquearam canais russos. Tudo isso é ou não é uma ameaça de imprensa e liberdade de expressão?  

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Quando a Pandemia vai acabar?


·         Uma novíssima geração de vacinas na mira dos pesquisadores. Quando é que a gente vai conseguir se livrar de vez do vírus da Covid-19?

- novo tipo de vacina que evita até a infecção – a vacina de spray, aplicada no nariz.

- várias cidades voltaram a recomendar, e não a obrigar, o uso de máscaras em lugares fechados. Exemplos: DF, RJ, SP e Curitiba.

- 100 pacientes: 60 enfermaria e 40 UTI.

- e estão vacinados com 3 doses. O que está acontecendo?

1) é possível que se tenha que desenvolver outro tipo de vacina;

2) é possível que precise de outros reforços;

3) é possível que tenhamos outro tipo de vírus que reaja a essa vacina.

- o que está acontecendo com a atual geração de vacinas? Por que elas não dão conta de acabar com a Pandemia?

1) Nós estamos num momento muito crítico da pandemia, o vírus evoluiu e rapidamente. E as vacinas não, que foram desenvolvidas para a cepa inicial (a cepa de Wuhan, no fim de 2019). De lá para cá mutações variantes: Alfa, Beta, Gama, Delta, Ômicron. Subvariantes: BA.2, BA.4, BA.5, BA.2.12.1. Os vírus seguem milhares de rotas evolutivas diferentes. O foco agora é na variante Ômicron e suas subvariantes, que estão se especializando em escapa da imunidade.

2) A vacina de reforço já tem algum tempo. Com 4 a 5 meses você tem uma queda significante na proteção.

·         A vacina salva vidas porque ela impede que a doença se agrave. Se um vacinado pegar Covid será com pouca ou nenhuma gravidade. Mas, observa-se uma queda nessa proteção também. Para superar essa queda é preciso 2 avanços principais:

: criar vacinas que funcionem contra todas as variantes do vírus, porque não dá para ficar atualizando as vacinas a cada nova variante (universal).

: spray nasal.

·         Controlar uma pandemia como essa da Covid-19, num país como o Brasil, é um desafio enorme. Enquanto não chega a nova geração de vacinas, o que ainda pode levar tempo, resta seguir a ciência. As vacinas atuais são a nossa melhor defesa que temos contra a Covid-19.

·         Todas as doses de reforço que forem necessárias, momento de cautela, uso de máscara em ambientes fechados e transporte coletivo.



Epidemia de nicotina entre os jovens.

 

Os cigarros eletrônicos foram criados sob a falácia de que viriam para ajudar os adultos já viciados a superar a dependência. Os estudos mostram que não é verdade: eles nada mais são do que dispositivos para administrar nicotina – a droga que provoca a dependência química mais escravizadora. Todo o esforço que nós fizemos para reduzir o número de fumantes será perdido. Estamos criando uma legião silenciosa de dependentes de nicotina e de fumantes passivos que ficarão com os pulmões doentes, agredidos pela fumaça dos que fumam os eletrônicos.

Pesquisa da UFP revelou que 19,7% dos adultos entre 18 e 24 anos já experimentaram o eletrônico. É quase 3 vezes a taxa da população em geral (7,3%). Adolescentes que começaram a usar cigarro eletrônico tiveram uma probabilidade 3,5 vezes maior de experimentar o cigarro comum. E de +4 vezes a começar a usar regularmente o cigarro comum.

A indústria não tem muito interesse nos velhos fumantes. Eles já estão viciados e já fizeram suas doenças. Não querem falar sobre isso. O que querem é que o público jovem comece a usar o mais novo produto – que é o cigarro eletrônico.

Desde 2009, a ANVISA proíbe a venda, a importação ou a propaganda de cigarros eletrônicos. Mas, essa decisão voltou a ser analisada porque existem 19 projetos de Lei sobre os cigarros eletrônicos tramitando no Congresso Nacional. Há um movimento ou pressão intensão sobre a Agência para liberar. 

O que tem dentro de um cigarro eletrônico não é só aroma, nicotina e ácidos. Alguns tem remédios para pressão alta, remédio para controlar o batimento cardíaco, remédio para quem tem convulsão e epilepsia, antibiótico... É fumar medicamentos. E em medicina a gente não fuma medicamentos (são tomados via oral ou injetáveis na veia/músculo).

- quase 20% dos nossos jovens já experimentaram cigarro eletrônico.

- estamos criando uma legião de dependentes em nicotina.

- discurso enganoso.

- cigarro eletrônico aumenta em +42% a chance dele ter um infarto. +50% de asma.

“Em média, um cigarro comum oferece 15 tragadas. Um maço (com 20 cigarros) teria então 300 tragadas. Logo, um vaporizador de 1.500 tragadas seria equivalente a 5 maços. Porém, é mais complexo, pois 1 cigarro comum no Brasil tem até 1mg de nicotina. E os diversos tipos de PODS, vendidos ilegalmente e sem fiscalização, pode entregar muito mais nicotina”.

- Muito ansiedade.

- Existe um grande histórico de produtos destinados a adultos caindo nas mãos de menores de idade. “Agora a gente vai ficar rico. Seja qual for as consequência, eles que se danem!”.

- Estou devolvendo a moral e a ética para a minha própria vida.

É preciso combater essas empresas numa ponta, e educar/informar/orientar a nova geração sobre as ameaças desses dispositivos. Não são produtos isentos de riscos. A síndrome de abstinência traz irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração, doenças... Enfim, acaba por destruir nossa liberdade de escolha. 










domingo, 5 de junho de 2022

Escolas desconectadas do mundo virtual.

 

Num ano que o país se prepara para instalar nas capitais a tecnologia 5G (internet das coisas: carros autônomos, sem motorista), quase 15 mil escolas de ensino básico da rede pública (11% = 14.894 escolas das 137.000 existentes) não têm Internet e 6 mil não têm nem energia elétrica. A grande maioria nas regiões Norte e Nordeste.

Outras 101.000 escolas públicas até tem internet, mas de baixa qualidade, pois não chegam nos 20 Mbps necessários para fins pedagógicos.





sexta-feira, 3 de junho de 2022

A pandemia deu uma pancada na Educação.

 Há um baixo crescimento no Brasil (pibinho), pois temos uma série de travas históricas que são de muito conhecidas e muito pouco tratadas pelas esferas políticas do país: surtos de inflação alta (que corrói o poder de compra das famílias), baixo nível de investimentos (capital), falta formação de mão de obra (qualificação profissional: Brasil está na posição 57º no PISA em 77 países, com nota 413 pontos em leitura EM). Um grave problema, porque na economia moderna você precisa de uma mão de obra superqualificada.



quinta-feira, 2 de junho de 2022

Censo do Ensino Superior

Em 2020, matrículas em cursos presenciais das Universidades Federais caíram pela primeira vez desde 2003:

- a queda foi registrada nos cursos presenciais: - 6,2%.

- a queda se repete nas universidades públicas como um todo (nas redes Federal, Estadual e Municipal): - 6,4%.

- também houve queda presencial nas universidades particulares: -10,7%. Mas, no geral, acabou havendo um grande aumento por causa das graduações à distância: +26,2%.

Algumas razões: não foi só pandemia, houve forte desinvestimento em educação superior pelo Governo, tirando dinheiro das bolsas e dos auxílios (moradia e transporte), e também o aumento no custo de vida, a queda de empregos formais ou o aumento do desemprego, a dificuldade em conciliar os estudos com o trabalho, e outros fatores, fizeram muitas pessoas abandonarem a universidade para sobreviver.