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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

domingo, 26 de maio de 2019

Desacreditem na Democracia. Ela é uma grande balbúrdia.


A Câmara, o Senado e o STF já estão dominados (tem hora que parece que tá, outra hora parece que não; tem hora que está do lado do povo, outra hora dos poderosos). Oush, se estão dominados, então por que não instalam de vez a ditadura no Brasil? Porque querem matar a democracia por dentro. Porque querem legitimidade popular. Ou seja, querem fazer a grande maioria da população brasileira desacreditar na democracia e desejar a ditadura.

A guerra não é o bem x mal. Bem (democracia) x Mal (ditadura). Se fosse assim, o povo iria para a rua e derruba a ditadura, convoca novas eleições. A ideia é infiltrar o mal no bem, e destruí-lo por dentro.

O STF prende e solta políticos bandidos (menos o Lula). Toma decisões em prol de minorias (negros, gays) para enfurecer a “sociedade cristã heterossexual branca” brasileira. Bolsonaro deita e rola, a sensação é que “o Congresso não faz nada”. O Ministro da Justiça não investiga filho do presidente, libera porte de armas, maconha e o escambal. Qual é o convite? (Fechem o STF e o Congresso, desacreditem na Justiça, entendam a Democracia como uma confusão, um caos, uma balbúrdia que está nos sufocando).

A Globo só noticia tudo, cautelosamente. Pois, o apoio dela é implícito. Uma emissora cheia de patrocinadores (que a sustentam), com imagem internacional a zelar, não pode apoiar abertamente um Governo fascista. A ideia é passar uma imagem só: “na democracia, ninguém sabe para onde quer ir. Ela é um caos ingovernável!” Entra em cena o mourão!?

Conclusão: a nova ditadura é um colapso da democracia.

Gente, saca só a nova estratégia do Governo Bolsonaro...


Anunciou que ia fazer outro corte de verbas na Educação. Mas, havia um jeito de evitar esse novo “contingenciamento”. Qual? Usar o dinheiro que o Brasil tinha no fundo de reserva. Sacou né?

A equipe econômica usou a reserva do país e chantageou: se não metermos a mão no dinheiro da reserva orçamentária do Brasil, faremos mais cortes no orçamento da Educação. Ou seja, o Brasil tinha R$ 5,372 bilhões na reserva, uma espécie de Fundo para usar em momentos difíceis, agora só ficou R$ 1,587 bilhão.

Quanto roubou dessa vez? R$ 3,785 bilhões! Destes, pegou R$ 2,16 bilhões para cobrir despesas próprias. E o que fez com o resto?

Para enganar a população, fez sabe o quê? Aquilo que já alertei em outros momentos: A gente tira, depois dá de novo (só que num valor menor). A mídia está divulgando que o Governo liberou R$ 1,5 bilhão para o Ministério da Educação (que não vai mudar a situação de aperto no orçamento das universidades e também de programas do Ensino Básico porque o bloqueio de R$ 5,8 bilhões anunciado no final de março está mantido. O que o Governo fez agora foi outro engodo: meter a mão no dinheiro da reserva orçamentária alegando evitar que um novo corte na educação entrasse em vigor). Liberou também R$ 56,6 milhões para o Ministério do Meio Ambiente já tão lapidado.

A comentarista da Rede Globo, Mirian Leitão, calculou que de 2008 a 2017 o investimento em Educação foi de 91%. Segundo Mirian, um aumento grande demais nesses 10 anos (7% real ao ano). Para ela, se o Governo Bolsonaro fosse mais hábil com a matemática ou se o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, fosse um pouquinho mais traiçoeiro, eles iriam mostrar que o tal “contingenciamento” foi em cima de uma base que subiu ao longos dos últimos anos e não nas chamadas “verbas discricionárias” das universidades (utilizadas para pagar contas de água e luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisa). Ou seja, segundo a Globo, a malandragem de Bolsonaro ainda pode ficar melhor na manipulação dos números.

Em questão de meta fiscal para este ano, o Governo não vai cumpri-la porque já está com um déficit orçamentário de R$ 139 bilhões! Como o suposto cálculo de crescimento do PIB brasileiro para este ano reduziu de 2,2% para 1,6% (a previsão do Mercado Financeiro é de 1,24%), segura que em julho virão mais cortes e manipulações.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Cor de pele e orientação sexual: alguma diferença para a Lei?


A maioria dos Ministros do STF decide que homofobia e transfobia devem ser punidas da mesma forma como o crime de racismo. Não apenas atos, como também declarações e falas homofóbicas deverão ser punidos.

Agora estará inclusa na Lei de Racismo a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. E quais são as penas dadas hoje ao crime de racismo que também passarão a valer para a homofobia?

1.      O crime de injúria racial consiste em ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. O alvo é um único indivíduo e tem menor poder ofensivo. O prazo para denúncia é de até seis meses e há a possibilidade de pagamento de fiança por parte do criminoso (cesta básica, multa em geral de salários mínimos, etc.). Para este caso, a pena de reclusão pode ser de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para quem cometê-la. Em geral, o crime de injúria está associado ao uso de palavras depreciativas referentes à raça ou cor com a intenção de ofender a honra da vítima.
2.      Já o crime de racismo é aquele que é voltado a todos de uma raça. Ex: “Isso é coisa de preto” (frase que derrubou o jornalista William Waack do Jornal da Globo). O crime pode ser denunciado a qualquer momento e não existe a possibilidade de pagamento de fiança por parte do criminoso. As penas são previstas no Art. 20 da Lei 7.716/89 e variam de um a cinco anos, conforme o caso denunciado.
3.      E se acontecer no ambiente de trabalho e durante o exercício da função, dentro da escola, por exemplo? Pode ser enquadrada no artigo 932 do Código Civil, no qual o empregador também é responsável pela conduta de seu funcionário.

É importante saber identificar e não hesitar em denunciar. O racista quase nunca se considera preconceituoso (o homofóbico também não). No geral, apelidos com base em elementos de cor e etnia; tentativa de inferiorizar com características estéticas da etnia; ofender verbal ou fisicamente; recusar a prestar serviços; entre diversos outras situações, podem ser denunciadas. A legislação também considera crime proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho. Recusar atendimento em estabelecimentos comerciais em geral, transporte público, ou escolas, por questões de preconceito, é passível de punição.

O primeiro passo é colher provas e testemunhas para posteriormente realizar uma ocorrência policial. Conte a história com o máximo de detalhes que lembrar e forneça os nomes e contatos das testemunhas. Solicite ao policial para incluir na queixa que deseja que o agressor seja processado.

Respeito é bom e todo mundo merece, sem distinção de cor e orientação sexual. #SimplesAssim!



domingo, 19 de maio de 2019

Os 06 problemas centrais da Educação:


1.      O financiamento do ensino básico.
- trata da renegociação do Fundeb. Cerca de 85% do custo médio de cada aluno do ensino básico público é pago pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cuja verba vem dos impostos dos três níveis de governo e é redistribuída de modo a evitar desigualdades entre regiões.
- O valor para este ano está estimado em R$ 156 bilhões, é estipulado de acordo com o número de alunos e o segmento em que eles estão.
- Em um cenário sem o Fundeb, o município mais rico teria cerca de R$ 56 mil anuais por aluno. Na outra ponta, haveria cidade com R$ 450 anuais por aluno. Com o Fundeb, a diferença cai para R$ 9,5 mil para o mais rico e R$ 2,9 mil para o mais pobre. O abismo se reduz enormemente, mas se pode aperfeiçoar ainda mais essa distribuição.
2.      A formação de professores.
- Salários baixos, jornadas em mais de uma instituição e pouca atratividade.
- Hoje, 42% dos docentes lecionam um conteúdo sem ter formação específica para ele.
- O MEC deveria apresentar uma Base Nacional para guiar o que um futuro professor deveria aprender na faculdade.
- Para ter uma boa educação, é necessário um bom professor. Hoje, a formação é excessivamente teórica e não prepara para dar aula.
3.      A distorção idade/série.
- no Ensino Médio, que tem 7,7 milhões de matriculados, 28,2% dos alunos não estão na série em que deveriam. E, entre aqueles na idade regular, somente 68,4% dos jovens estavam matriculados em 2017.
- Os cortes criam um aumento da exclusão escolar e o aprofundamento da má qualidade das escolas. A falta de investimento em educação impacta em indicadores sociais decrescentes e no aguçamento das desigualdades sociais e regionais. O índice de abandono do ensino médio, de 6,1%.
4.      O acesso ao ensino superior.
- uma das metas do PNE é fazer com que, até 2024, 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam matriculados ou tenham concluído a etapa. Em 2017, o índice era de 23,2%, segundo a Pnad Contínua.
- Hoje, as universidades privadas detêm cerca de 88% das matrículas na etapa. Entre as públicas, as federais ficam com 4,5% das matrículas.
- Neste ano, as federais tiveram R$ 2,08 bilhões contingenciados, de R$ 6,99 bilhões previstos no orçamento discricionário.
5.      Os cortes de bolsas de pós-graduação.
- Um dos alvos mais sensíveis da política de contingenciamento do governo, a pesquisa científica é citada como elemento-chave para a promoção do desenvolvimento do país.
- Na esteira dos cortes no MEC, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma das principais agências de fomento à pesquisa, ao lado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) — que é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) —, sofreu um bloqueio de mais de R$ 800 milhões em seu orçamento.
- No início do mês, a Capes anunciou a suspensão de 3.474 bolsas de pesquisa.
- O principal problema do ensino superior, na minha opinião, é a produção de conhecimento. Estamos perdendo nossa capacidade de pesquisa, e sem isso não teremos novas tecnologias, não produziremos soluções para problemas. No Brasil, a pesquisa está ligada às universidades. Se perdermos essa massa crítica, perdemos qualquer autonomia no cenário internacional e ficamos dependentes do exterior.
- A estagnação do país na área já vem sendo percebida pelos rankings. O Brasil ocupa a 64ª posição no Índice Global de Inovação entre 126 economias listadas. O ranking é elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
6.      A alfabetização.
- Segundo o IBGE, 7% dos brasileiros de 15 anos de idade ou mais (11,5 milhões de pessoas) eram analfabetos em 2017.
- O contingenciamento chegou a essa área, que tinha R$ 34 milhões previstos no orçamento e sofreu bloqueio de R$ 14 milhões.
- mais da metade dos alunos chega ao terceiro ano do ensino fundamental com níveis insuficientes em leitura e matemática.
- A alfabetização infantil também deverá ter impactos. Para economizar, o MEC mudou o escopo da avaliação que verifica a alfabetização de alunos do ensino fundamental: antes, o teste era com todos os estudantes do 3º ano; agora, apenas parte dos alunos do 2º ano será avaliada. A prova, assim como o Enem, é aplicada pelo Inep, autarquia que acabou de ter seu terceiro presidente nomeado pelo governo Bolsonaro.
- É necessário criar um programa de alfabetização que funcione. Mas isso implica olhar com mais atenção para a pré-escola, por exemplo, e implementar o que está sendo proposto na BNCC. Essas crianças que não se alfabetizam são os candidatos à reprovação e a ficarem atrasadas no futuro.







sábado, 18 de maio de 2019

A dependência química se tornou um problema social e de saúde pública no país.


O Senado aprovou o projeto que muda a política internacional de drogas, e prevê a internação involuntária de dependentes químicos – que só poderá ser feita com a autorização de um médico (e, de preferência, com um pedido inicial da família).

O autor do Projeto, Osmar Terra, que na época era deputado, é o hoje Ministro da Cidadania do Governo Jair Bolsonaro. Ora, de um lado vai descriminalizar a maconha e na outra ponta vai endurecer o combate ao tráfico. Ganha quem estiver no meio: o comércio legal de drogas, como a maconha e as clínicas privadas e seus profissionais no tratamento dos desajustados.

O Governo acaba de oficializar o problema da dependência química em mercantilização. Privatizou o consumo, o porte e o tratamento da erva.







quinta-feira, 16 de maio de 2019

O príncipe está no centro do palco, de frente para a plateia, sem ser notado.


Cortou na carne da infraestrutura física: assustar e ressignificar. Qual a jogada do Governo e seus Gurus? Tomar algo estimado que é nosso e entregar de novo com ressalvas e condições. Fragilizar, amedrontar e pressionar para a Reforma da Previdência. O argumento é: a “prosperidade” voltará se a Reforma passar. É assim que está jogando com todos os segmentos da sociedade, entre eles, o da Educação.

O contingenciamento ou bloqueio (CORTE mesmo!) no Orçamento da Educação foi de 24,84% das chamadas “Verbas Discricionárias” que representam a porcentagem de 13,83% do orçamento total das universidades (segundo o MEC, a tomada total de R$ 1,7 bilhão) e que são utilizados, por exemplo, para pagar contas de água e luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisa. E justificam que os 86,17% restantes não serão atingidos (por enquanto), que são com/para as despesas obrigatórias, que correspondem: aos salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.

Essa questão será levada para o STF. Bem, o STF está dominado. A ideia é fazer o Supremo Tribunal Federal tomar decisões absurdas (como vem acontecendo com o “prende e solta” de políticos, Michel Temer que o diga) e ser cada vez mais desmoralizado perante a população (vide Sérgio Moro). Precisamos confiar cada vez menos na Justiça e dá cada vez mais pontos para a Ditadura – essa é a estratégia. Quando Eduardo Bolsonaro disse que bastava um cabo e um soldado para fechar o STF, ele estava se referindo a fechar o STF por dentro (Dias Toffoli e Gilmar Mendes são alguns dos principais vírus que contaminam a instituição por dentro – o Poder Judiciário).

A Democracia está em risco não só porque a Ditadura está batendo à sua porta. Na verdade, ela já entrou e a está corroendo também por dentro. Dentro das instituições e dentro de cada um de nós! Nesse sentido, “seríamos idiotas e imbecis”, como disse Bolsonaro. Grandes “massas de manobra”.

Ora, se a tesourada na verba da educação retornar virá revertida com outro significado. O discurso de reembolso da corrupção (no sentido de legitimar a prisão de Lula) ou recorrência da reforma da previdência (chantagem política). A ideia é tomar e entregar de novo, com outro viés – o da canalhice de Bolsonaro e Abraham Weintraub (e por trás deles os grandes escritores da novela em que o Brasil foi transformado). Isso mesmo, não se enganem, a Globo tem sua parcela de contribuição na escrita desse enredo!