Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

domingo, 20 de outubro de 2013

LIÇÕES DO Ney* 04: A importância do SONO, de um bom sono...

 Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.

“Amigos”, alerta para esta pesquisa: não ter horário certo para dormir, assim como dormir pouco, pode causar problemas comportamentais e emocionais. Assistir a um filme até tarde, passar a madrugada em chats na internet ou perder o horário só para tentar atingir a última fase de um videogame. Trocar horas de sono para realizar atividades como essas pode não provocar nenhum mal a curto prazo. Porém, se a prática se tornar um hábito, a saúde de crianças e jovens pode ser diretamente afetada. Então vai a dica: até os três anos de vida, uma criança precisa dormir dez horas a cada noite. Em idade escolar, a criança deve descansar por nove horas e um adolescente, nove horas e meia. Dormir não é capricho, nem preguiça. A falta de sono pode trazer consequências sérias a longo prazo. É preciso mudar os hábitos e estabelecer horas para repousar. Não é indicado que os jovens tenham TV ou computador em seu quarto. Quanto maior a disponibilidade dessas novas tecnologias, mais os pais têm que impor uma maneira saudável de administração. Só não devemos esperar que as próprias crianças saibam seus limites.

Dormir em horários diferentes a cada dia prejudica o relógio biológico (ciclo circadiano), levando a problemas que vão desde envolvimento em brigas com colegas até ansiedade e hiperatividade, tristeza, imprudência. Ou seja, prejudica o ciclo responsável por gerenciar o funcionamento do corpo e por regular, por exemplo, o apetite, os horários de sono e o humor. Terem horários irregulares para dormir é mais comum entre crianças de famílias de baixa renda e cujos pais possuem níveis mais baixos de escolarização. Essas crianças também estão mais expostas do que as outras a outros hábitos prejudiciais, como pular o café da manhã e passar muito tempo na frente da televisão.

Os prejuízos de dormir pouco:

01.  Diminui a capacidade de o corpo queimar calorias: A restrição do sono faz com que um indivíduo consuma mais calorias e, além disso, reduz a capacidade do corpo de queimá-las. Isso ocorre porque dormir pouco aumenta os níveis de grelina, o ‘hormônio da fome’, conhecido assim por induzir a vontade de comer, na corrente sanguínea. Além disso, o hábito promove um maior cansaço, reduzindo a prática de atividades físicas e aumentando o tempo de sedentarismo; Aumenta o apetite por comidas gordurosas: Dormir pouco ativa de maneira diferente os centros de recompensa do cérebro com a exposição a alimentos gordurosos em comparação com dormir adequadamente. Isso faz com que esses alimentos pareçam mais salientes e que a pessoa se sinta mais recompensada ao comer esse tipo de alimento. Noites de sono mal dormidas ativam com mais intensidade uma área do cérebro responsável pela sensação de apetite. Pode levar à obesidade: jovens que dormem menos de sete horas por dia têm índice de massa corporal (IMC) maior, e que isso pode estar relacionado diretamente com os hormônios grelina e leptina, que regulam as sensações de fome e saciedade.
02.  Eleva o risco de câncer de mama agressivo: dormir menos do que seis horas por dia eleva o risco de mulheres na pós-menopausa terem um tipo agressivo de câncer de mama e uma maior probabilidade de recorrência da doença;
03.  Aumenta as chances de um derrame cerebral: dormir menos do que seis horas por dia aumenta o risco de um acidente vacular cerebral (AVC) mesmo em pessoas com peso normal e sem histórico de doenças cardiovasculares;
04.  Pode desencadear sintomas do TDAH: menos horas de sono podem desencadear problemas com hiperatividade e desatenção durante o começo da infância. Esses são sintomas comuns do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
05.  Eleva o risco de impotência sexual: além do maior risco de impotência, homens que dormem pouco têm maiores chances de desenvolver problemas cardiovasculares e de engordar.
06.  Afeta o desempenho acadêmico: pessoas que vão para a cama tarde ou não possuem uma rotina noturna bem definida têm seu desempenho acadêmico afetado. Crianças em idade escolar devem dormir nove horas por noite. Menos horas de sono que o recomendado aliada a maus hábitos provocam efeitos negativos no aprendizado da língua, da gramática e da escrita – aspectos básicos para a compreensão de textos e de comunicação. “Esses conhecimentos são básicos. Se a criança tem problemas de desenvolvimento nessa área devido a falta de sono, isso terá repercussão em todas as outras áreas”.
07.  O déficit de crescimento é um dos riscos: é durante o sono que é liberado o hormônio do crescimento (GH ou somatotrofina ou somatotropina (ST)). Se não dormir o tempo necessário, poderá haver déficit de crescimento. O hormônio de crescimento nas crianças é secretado durante o sono, assim como algumas substâncias fundamentais para o sistema imunológico. Você pode se tornar mais propenso a doenças se não dormir o suficiente, e as crianças podem ter seu desenvolvimento comprometido.


Então, aí vão algumas orientações:

Ver TV antes de dormir pode ser ruim para o sono: é bom tirar a criança ou o adolescente da frente do monitor - qualquer monitor, de TV ou computador - uma hora antes de dormir. Isso sem entrar no contexto da influência dos dispositivos eletrônicos em si, mas por questões fisiológicas. Assim que começa a escurecer, ocorre a liberação da melatonina, hormônio que ajuda a iniciar e a manter o sono. Se houver algum estimulo luminoso, essa liberação é prejudicada. Por consequência, o repouso também. O ideal para ajudar a dormir é uma leitura, com foco de luz voltado para o livro.

Um filme de terror ou um jogo violento é capaz de perturbar o sono dos jovens: Isso pode criar ansiedade, deixar a pessoa mais alerta quando ela deveria estar relaxada. Ao dormir, trabalhamos as memórias daquilo que vivemos no dia anterior ao sonho. Se você trabalhar uma memória estressante, ela pode se transformar em um pesadelo. Às vezes, ao ter um pesadelo, a pessoa acorda com taquicardia, suor, palidez. Para que isso tudo aconteça, o organismo gasta muito mais energia, quando ele deveria estar descansando. Quem acorda assustado, leva mais tempo para dormir novamente. Vai fazer com o que o sono perca a qualidade e fique fragmentado.

No caso daqueles que, em vez de dormir cedo para se prepararem para a aula do dia seguinte, ficam navegando na web ou assistindo à TV. As consequências disso são: Uma criança que não dorme bem fica mais irritada e agitada. Os professores percebem um comportamento hiperativo - o que altera a performance acadêmica e dificulta o aprendizado. Ela não vai querer participar das brincadeiras e jogos com os amigos. Já o adolescente vai manifestar claramente uma sonolência diurna. Ele não consegue prestar atenção na aula, vai pedir para faltar, apresentar notas ruins e evitar exercícios físicos. Quando o sono não é bom, a tendência é comer mais para compensar a falta de energia. Com isso, inicia-se o ciclo: falta de sono, mais ingestão de alimento, pouca disposição para atividades físicas e obesidade.

De quanto tempo de sono eu preciso? A maioria dos adultos precisa de sete a nove horas de sono por noite. Isso é uma média. A quantidade de horas de sono varia de acordo com a pessoa. Você, por exemplo, deve saber de quanto tempo de sono precisa para se sentir bem. A quantidade de sono necessária diminui com a idade. Um bebê recém-nascido chega a dormir 20 horas por dia. Aos quatro anos, a média é de 12 horas por dia. Aos 10, a média cai para 10 horas por dia. As pessoas mais velhas dormem cerca de seis ou sete horas por dia.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

LIÇÕES DO Ney* 03

 Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.

Cigarro eletrônico ou e-cigarettes: nova moda, velhos problemas.

O tabagismo no Brasil alerta o consumo de cigarros pelos jovens. Os mais vulneráveis são os adolescentes (mas também as mulheres e as pessoas de mais baixa escolaridade) porque é nessa fase da vida que eles se viciam: geralmente são influenciados pelos amigos, pelo marketing publicitário e as curiosidades próprias dessa fase. Está aí um bom ponto para a atuação do nosso Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, através de políticas públicas de promoção à saúde.
Segundo levantamentos do Ministério da Saúde (ano de 2011), 77,9% dos fumantes acenderam o primeiro cigarro com menos de 20 anos; e 19,6% com menos de 15 anos. Outros dados dos pesquisadores apontam que:
- Muitos fumantes só conseguem largar o cigarro quando ficam e descobrem que estão doentes;
- Estudos do Banco Mundial mostram que os jovens são de 02 a 03 vezes mais sensíveis ao preço do que o adulto;
- A OMS afirma que metade dos fumantes vai morrer por alguma doença relacionada ao tabaco. No Brasil, são 200 mil mortes por ano (2011), devido ao tabagismo, segundo o instituto nacional de câncer. O fumante é uma pessoa que terá mais: pneumonia, tuberculose, infecções respiratórias altas, como sinusite e outras. Alterações oculares, cegueira, osteoporose e cânceres.
- O Ministério da Saúde estima que 19 milhões de fumantes precisam de tratamento para largar o cigarro. Segundo um relatório do Instituto Nacional do Câncer, 85% das pessoas que tentam deixar de fumar sozinhas têm recaídas dentro de uma semana (hábito, convivência, ambiente, vício). O tabagismo é uma dependência, a gente está falando de uma droga, então tanto a parte física, psicológica e comportamental, precisam sim de tratamento. Em geral, a relação mais longa que o fumante tem na vida é com o cigarro.
- A cada pessoa que fuma, há outra que fica exposta ao cigarro. O fumante passivo é mais prejudicado do que o fumante ativo (no Brasil, são 24,6 milhões de fumantes passivos dentro de casa, segundo dados oficiais). O fumo passivo é um problema de saúde pública em todos os países do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas estão expostas à fumaça "de segunda mão", enquanto, nos Estados Unidos, 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. A Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país, depois do fumo ativo e do uso de álcool;
- Uma pesquisa feita em 14 países, que representam metade da população mundial, mostra que o Brasil se destacou como segundo país com menor percentual de fumantes: Bangladesh (43%), Rússia (39%), Índia (35%), Turquia (31%), Polônia (31%), Filipinas (30%), Ucrânia (28%), China (28%), Tailândia (27%), Uruguai (25%), Vietnã (25%), Egito (20%), Brasil (18%) e México (16%). A posição do Brasil representa queda de quase a metade na comparação entre 1989 (Brasil: 32% de fumantes) e 2010 (Brasil: 18% de fumantes).

As restrições ao fumo não são as mesmas no Brasil inteiro. Muitos estados e municípios têm leis específicas, que são mais severas até que a Legislação Federal (que é de 15 anos atrás!). A Lei Federal proíbe um fumo em recintos fechados coletivos, mas autoriza áreas para fumantes (fumódromos). 07 estados brasileiros já têm legislação própria, com proibição total ao fumo em qualquer ambiente fechado (e que essa proibição seja integral a todo o Brasil).
Boa notícia: a guerra conta o fumo está sendo vencida no Brasil. Além de quem nunca fumou, hoje no Brasil já há mais ex-fumantes (26 milhões) do que fumantes (24,6 milhões) – dados de 2011. O Brasil foi o primeiro país a oferecer na rede pública medicamentos para combater o vício, mas o programa, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) só existem em 937 dos 5.565 municípios. É preciso investir em tratamentos e programas de apoio para largar o cigarro. “Começar a fumar é fácil. Parar é difícil. Mas em qualquer idade, vale a pena”.

Além de incentivar os que fumam a abandonarem o cigarro é preciso prevenir ou evitar os novos fumantes. As ações educativas são importantes, mas também são eficazes medidas mais amplas, tais como o controle ao tabaco, dificultando o acesso dos jovens ao cigarro, quer combatendo a linguagem da propaganda, a promoção das embalagens (“Este produto contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo destas substâncias), o aumento dos baixos preços praticados (segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, a melhor maneira de reduzir o consumo é aumentar o preço do cigarro: em dezembro de 2012, o preço do maço ficou 20% mais caro, com preço mínimo anunciado pelo governo de R$ 3,00; neste ano, 2013, R$ 3,50; ano que vem, 2014, R$ 4,00 e em 2015, R$ 4,50) e a proibição da edição de sabores, como menta e chocolate. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

LIÇÕES DO Ney* 02

 Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.

Leitura: isso muda o mundo!

LEITURA tem tudo a ver com a capacidade de CRIAR, com a facilidade de APRENDER, com o desenvolvimento do RACIOCÍNIO, a riqueza de VOCABULÁRIO e a fertilidade da IMIAGINAÇÃO.

A educação muda o mundo. E você também está convidado para participar dessa mudança. Leia para uma criança. Leia com um jovem. Leia para você! Incentive!!! As histórias precisam de você para fazer parte da vida das pessoas. Podem ser histórias... Elas ampliam a capacidade de criar e a facilidade de aprender. Do 0 a 5 anos, as crianças vivem um momento fundamental do seu crescimento. Ler para uma criança nessa fase ajuda a desenvolver o raciocínio, o vocabulário e a imaginação dela. Histórias facilitam o aprendizado e aumentam a capacidade de compreender o mundo. Por isso, crianças que ouvem histórias crescem mais criativas e felizes. Ler para as crianças não pode ser algo que você faz apenas de vez em quando. Para contribuir para o desenvolvimento infantil, as histórias precisam fazer parte da sua rotina com a criança. Ainda bem que ler para uma criança é simples, divertido e pode ser feito a qualquer hora, em qualquer lugar. Comece hoje mesmo a fazer sua parte para mudar o mundo: leia para uma criança. Só depende de você

“O novo tipo de professor não ensina nada. Ele é um professor de espantos. O objetivo da educação não é ensinar coisas, mas ensinar a PENSAR. Criar na criança essa curiosidade. O objetivo da educação é criar a alegria de pensar. A missão do professor não é dá as respostas prontas. A missão do professor é provocar a inteligência, é provocar o espanto, é provocar a CURIOSIDADE”. 
(Rubem Alves, escritor e educador)

domingo, 6 de outubro de 2013

LIÇÕES DO Ney* 01

A importância da comunicação no trabalho.

Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.
Uma coisa importante na função que você exerce, seja ela qual for, é o claro entendimento das suas metas. Quando elas não estão sendo superadas, dois possíveis motivos podem ser apontados:
a) está havendo falhas no seu desempenho pessoal;
b) problemas ocorridos nos processos internos, como a precária comunicação organizacional. Ou seja, falta clareza dos executivos das empresas, principalmente do presidente e dos diretores, pois são eles que detêm as diretrizes do jogo.
Se a empresa tem um presidente que não se comunica bem, o risco de haver falhas é grande. A questão começa lá em cima, no alto escalão. O problema de comunicação se multiplica, conforme desce na hierarquia corporativa: começa como uma “marolinha” na diretoria e se torna um tsunami, quando chega ao analista. Logo, a comunicação é afetada pela cultura e pelo nível de desenvolvimento humano, no ambiente de trabalho.
Mas quem disse que somente em ambientes estáveis os resultados são alcançados de maneira sustentável? É possível que os conflitos, no ambiente de trabalho, ocasionem alguma melhoria interna. Para isso, é preciso que haja uma gestão dos conflitos. Neste caso, uma gestão que seja capaz de ligar os pontos e aperfeiçoar a comunicação recíproca de quem fala e de quem ouve, como em reuniões e conselhos.

NOTA: A hierarquia corporativa é a descrição do tipo de estrutura de poder dentro de uma organização. Faz referência ao modo como os diferentes cargos estão ordenados do menor para o maior na escada organizacional: analista, coordenador, supervisor, gerente, conselheiro ou diretor, um ou mais vice-presidente, presidente ou Chief Executive Officer (CEO) no comando dos assuntos. Os principais cargos da hierarquia corporativa são: Presidente, Diretor financeiro, Diretor de marketing, Diretor de vendas, Diretor de RH (Relações Humanas).