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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Cidadão Global 2021.

 

A economia brasileira pode encolher -17% até 2048 se o país não adotar medidas para combater o aquecimento global. Entre elas, estão:

A) a preocupação mundial como desmatamento na Amazônia; 

B) a necessidade de reduzir os GEE; 

C) agir contra as mudanças climáticas; 

D) os setores público e privado precisam aumentar o investimento em matriz energética mais sustentáveis como a energia solar e a eólica.

terça-feira, 25 de maio de 2021

A privatização da Eletrobrás à moda do Centrão.


A privatização da Eletrobrás virará reserva de mercado para grupos específicos, sob o falso discurso de aumento da competição (quando na verdade se quer é maior controle e restrição).
 
Se a Eletrobrás for privatizada, pagaremos uma conta de energia quase 3 x mais alta do que a atual. Nossa principal fonte hidrelétrica cederá espaço para termelétricas, que além de ser muito ruim para nós consumidores é também muito prejudicial para o meio ambiente. Enfim, serão socializados os custos e privatizados os benefícios. A quem interessa esse projeto? Aos produtores de gás, os investidores em termelétricas e redes de gasodutos, os donos de centrais hidrelétricas, as bancadas regionais (como Furnas e Chesf).
 
Atenções focadas na CPI da Covid-19 e preocupações voltadas para a nova Cepa Indiana do vírus que apareceu no país pelo Maranhão, temos outro problema sério: a tentativa de privatizar a Eletrobras até dia 22 de junho.
 
A Câmara já aprovou por 313 x 166 votos a MP que abre caminho para a capitalização da maior estatal do setor elétrico (são 134 usinas de geração de energia e quase 71 mil quilômetros de linhas de transmissão, o suficiente para dar uma volta completa no planeta)! A oposição bem que tentou acionar o STF para tentar impedir a votação, pedindo que antes a proposta passasse por uma comissão (mas o pedido foi negado). Isso mostra a conivência do judiciário aos interesses da equipe econômica do Guedes em empurrar as privatizações de qualquer jeito.
 
O fato está contextualizado no cenário das campanhas eleitorais 2022 de Bolsonaro, pois há uma série de barganhas com Deputados e Senadores que pedem concessões, em média, R$ 9 bilhões em obras, como revitalização de bacias hidrográficas e outras promessas para os seus currais eleitorais. Recursos futuros serão desviados para uma nova estatal criada pelo Governo, bancar gasodutos novos atravessando o país e ativar outras fontes, inclusive termelétricas (cara e suja) e eólicas.  
 

Atualmente, a União possui cerca de 60% das ações da Eletrobras, e controla a estatal. Se rolar a capitalização, o Governo deverá reduzir sua participação na empresa para 45%. Com isso, a meta do Governo é arrecadar R$ 50 bilhões – metade disso para o Tesouro Nacional e a outra metade para um super fundo que será rateado por todo mundo.
 
O setor elétrico é o mais pulverizado em seus lobbys, pois são em torno de 30 diferentes associações ligadas a ele. Do jeito que ficou, essa capitalização levará o setor elétrico de volta para o passado. Os custos para o meio ambiente serão altos, pois os impactos ambientais com as termelétricas são gigantescos.
 
A União será obrigada a comprar energia de termelétricas a gás de regiões onde não há infraestrutura e de pequenas centrais hidrelétricas, que respondem por 65% da geração de energia para todo o país (a queima de carvão, petróleo e gás além de mais poluente é mais cara). Nós consumidores temos uma conta razoavelmente acessível graças a essa fonte renovável das hidrelétricas, mas com essa proposta de privatização, tornando-a mais atrativa com a compensação das termelétricas, vendendo nossa atual energia mais barata. Essa exigência vai gerar um custo aproximado de mais de R$ 20 bilhões ao ano para os consumidores. A bandeira vermelha vai encarecer as contas de luz até que o nível dos reservatórios voltem a subir.
 
O consumidor já sente no bolso o custo de ter os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste em níveis historicamente baixos. Colocar a Petrobras nesse Plano Nacional de Desestatização é aprovar um impacto para o setor elétrico e para o conjunto dos brasileiros, que acabarão pagando a conta quase 3x mais alta do que a atual.
 

Enfim, retirar do consumidor de energia elétrica os recursos financeiros que poderiam ser utilizados para baratear tarifa, reduz a competitividade da economia como um todo. Afinal, vai encarecer os produtos industriais e os serviços. Além e social é ambientalmente injusto.



O Governo Federal emitiu um alerta de crise hídrica para 05 estados da Bacia do rio Paraná que sustenta alguns dos principais reservatórios do país. E a primeira consequência disso vai chegar no bolso do consumidor em Junho. A ANEEL, que é a Agência do setor, decidiu que a conta de luz ficará mais cara. 

Decreto baixado por Bolsonaro regulamenta leilões para contratação de usinas de geração de energia com o objetivo declarado de tentar melhorar a segurança do Sistema Nacional. De acordo com o Decreto, os custos dessas contratações serão pagos pelos consumidores. 

sábado, 22 de maio de 2021

Os opostos se atraem?

 

A imagem de um encontro de 2 ex-presidentes foi uma das notícias mais compartilhadas do dia no Brasil. Uma rede social do petista Luiz Inácio Lula da Silva postou uma foto dele ao lado do tucano Fernando Henrique Cardoso. FHC ocupou o Palácio do Planalto de 1995-2002 e Lula de 2003-2010. Dois protagonistas de uma rivalidade política marcante no Brasil desde a segunda metade dos anos 90 se reuniram na casa de um amigo comum, Nelson Jobim, que foi Ministro da Justiça de FHC e ministro da Defesa de Lula. 

O encontro mais recente deles ocorreu em fevereiro de 2017, quando se solidarizou da morte de Marisa.




Poucas picadinhas: o buraco no esquema de vacinação.

Deixem de ser egoístas! Não basta a MINHA vacina. Ninguém conseguirá vencer o coronavírus sozinho, pois a verdadeira imunização é COLETIVA. Então vamos falar de NOSSA vacina. 
A vacina para TODOS e TODAS!
 
Em todo o Brasil, milhões de pessoas ainda não voltaram para receber a 2ª dose da vacina. Segundo a USP/UFRJ, são 5,09 milhões de pessoas que ainda não estão completamente imunizadas, isto é, que estão com a 2ª dose atrasada (muitos são idosos com dificuldade ou impossibilidade de locomoção). A perda da janela imunológica desperdiça recursos públicos e vidas humanas.
 
Tão preocupante quanto o avanço lento da vacinação em geral é o fato do Brasil está deixando para trás muitos daqueles que já deveriam estar totalmente imunizados. Isso deixa os mais vulneráveis menos protegidos, e pode ameaçar as oportunidades e a chance de sucesso do Programa Nacional de Imunização, que tem como principal objetivo atingir a imunização coletiva da população. Logo, não basta que eu tome a minha vacina, mas o coletivo precisa ter cobertura ampla. Afinal, vivemos em sociedade e o poder da imunização é a soma de muitas picadinhas.
 
É preciso realizar a busca ativa dos idosos pelos serviços de saúde e campanhas de esclarecimento.
 

Enfim, tudo isso evidencia não só a ausência de coordenação nacional, mas a tamanha irresponsabilidade do Governo Bolsonaro de tratar e proteger os brasileiros com respeito.  




domingo, 9 de maio de 2021

As técnicas do Boi 777.

 As técnicas do Boi 777: o pacote tecnológico que usa a ferramenta mais adequada para dada situação – genética, inseminação artificial, comida no cocho, divisão de piquetes e mão de obra.

- acelerar o animal, tornando-o produtivo, para chegar ao abate em 24 meses (e fazer a novilha parir aos 24 meses, a “precocinha”). Isso mesmo, uma vaca com 24 meses de idade e uma bezerra no pé, que também ficará prenha aos 24 meses de idade. Enquanto o animal estaria com a primeira gestação, ele já está na segunda e com a próxima no pé (precocidade e funcionalidade). É o que se tem de mais avançado e moderno na parte de cria da pecuária.

- Para que a precocinha consiga tal façanha, ela precisa emprenhar pela primeira vez aos 14/16 meses. E com o peso aproximado de 280 kg. Para atingir esses índices, usa-se um hormônio para antecipar o cio e também muita comida no cocho.

- Esse conceito de boi desafia o criador a conseguir em cada uma das etapas de CRIA, RECRIA e ENGORDA, totalizando 21 arrobas num prazo de 2 anos.

- O pecuarista, de alguma forma, terá que aplicar mais tecnologia na sua fazenda.

- cada arroba (@) corresponde a 15 kg. No caso da criação de gado de corte ela é calculada sem o peso do sangue, do couro e das vísceras. De um boi vivo, por exemplo, carne e osso equivalem de 50% a 56% do animal – essa é a chamada carcaça, o produto que o pecuarista negocia em arroba com o frigorífico.

- quanto se gasta e como se gasta?

- a pecuária de corte tradicional vem perdendo rendimentos ao longo dos anos. O custo de produção vem aumentando ano após ano, enquanto o valor relativo da arroba vem caindo. Antes, quando se vendia um boi, sobrava um lucro líquido de 50%. Hoje, é de 10% a 13%. Apertou a conta! É preciso se moldar à realidade de hoje.

- com a margem de lucro, o caminho é fazer da criação, uma atividade cada vez mais profissional.

- um boi bem criado no campo impulsiona a venda para diversos mercados. E isso facilita as negociações com o frigorífico, que por sua vez consegue atender os requisitos dos compradores.

- hoje a qualidade entrou no jogo. O boi vale quanto ele pesa e vale também o que se entrega. O animal de maior qualidade vale mais.

- A China compra animais de 30 meses abaixo, a mesma exigência da Arábia Saudita.

- para a carne atingir o padrão de qualidade exigido pelo frigorífico, o trabalho nas fazendas dura pelo menos 2 anos.

- o mundo da pecuária de corte está dividido em 3 grandes grupos de produção, que correspondem às fases da vida dos animais:

1ª) CRIA (7@ em 8 meses – infância): do nascimento até a desmama do bezerro; Aqui a vaca ganha importância, pois a meta é uma boa cria (melhorar a performance das fêmeas). No lugar do touro, a inseminação artificial, aumentando a velocidade de ganho genético em características, tais como: ganho de peso, conversão alimentar (o animal transforma o que come em carne, de forma mais eficiente), qualidade de carcaça (um produto mais macio e saboroso) e precocidade.

2ª) RECRIA (7@ em quase 1 ano - adolescência): começa quando o bezerro é separado da vaca, e prepara o gado para o último momento, antes do abate; o desafio da recria é dar continuidade ao ganho de peso que os animais alcançaram depois da cria. É preciso evitar o “efeito sanfona”, o tal engorda e emagrece, o terror da pecuária. Logo, a marca dessa fase é manter o ritmo de crescimento dos animais. A palavra é suplementação (é uma sequência que torna a ração obrigatória como complemento de proteínas, energia, minerais e vitaminas). A quantidade de cada ingrediente e o peso total disponível no coxo, que varia com a qualidade do lote e as metas do criador. De um modo geral, a fase da recria pode ser considerada a adolescência do animal. A recria é a etapa mais longa da criação. Dá um foco na adubação e no manejo mais afinado para garantir pasto farto (sai do extensivo para o intensivo). Pasto + suplementação proteica energética.

3ª) ENGORDA (7@ em 100 dias num sistema de semi-confinamento à base de pasto + ração):  acabamento de carcaça. De um boi vivo, por exemplo, carne e osso equivalem de 50% a 56% do animal. Entrega-se um boi mais bem acabado e cuidado. Antes você engordava dano o alimento na percepção do olho, hoje é tudo sob medida. Assim, o animal chega a ganhar 1,7 Kg/animal/dia. O ganho dele compensa o gasto. O sucesso da engorda é uma continuação do sucesso das etapas anteriores.

- as estimativas hoje do rebanho brasileiro que adota algum tipo de tecnologia e estratégia de suplementação está na ordem de 25% do rebanho. Tanto é que nossa produtividade média não chega a 5 arrobas por hectare/ano.

- Como a tecnologia pode melhorar a Criação de Gado?

- 1 boi de 21 arrobas aos 2 anos de idade! Muito peso para pouco tempo!!!

- técnicas modernas que ajudam o criador de gado a aumentar a produtividade do seu rebanho. O trabalho envolve todas as etapas da criação:

a)      o Brasil é o maior criador de gado comercial do planeta!

b)      A cadeia produtiva da carne no Brasil movimenta por ano...

c)      Para modernizar a pecuária o produtor gasta mais, só que os custos são compensado pelo maior giro de animais na propriedade.

d)     O cálculo é feito por hectare e não por animal.

Enfim, quando você acostuma com algo melhor é muito mais difícil voltar. Antigamente você vendia o boi, hoje não, hoje se vende a carcaça do boi. É uma eficiência que vem como uma somatória de fatores – genéticos, manejo, alimentação e equipamentos. Tudo para viabilizar carne de qualidade. O que mais manda no pacote é a gestão. Cada um na sua velocidade e no seu ritmo. A pecuária exige evolução para quiser investir nessa atividade.















domingo, 2 de maio de 2021

Projeto do Homeschooling.

A princípio, umas 17000 famílias se encarregarão da educação formal dos filhos, a pretexto de livrá-los da suposta forma agressiva pela qual a esquerda tomou conta da educação.
 

É a principal pauta governista de cunho ideológico que promete sair do papel ainda este semestre (até 15 de maio). O texto é da deputada de 25 anos e de primeiro mandato Luísa Canziani (PTB-PR), aliada do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progresistas-AL). A estratégia é botar o projeto em votação no Plenário da Casa em regime de urgência – dormir sem, e acordar com ele aprovado.
 
O projeto tem a assinatura da ala ideológica ultraconservadora, em que dois ministros disputam protagonismo no seu andamento: Damares Alves (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e Milton Ribeiro (pastor presbiteriano à frente da pasta do MEC).
 


Vejamos os principais pontos polêmicos do texto:
 
·         Mundialmente, o conceito de homeschooling é bandeira de duas ideologias opostas: a ultralibertária, que não vê nem qualidade nem utilidade no ensino formal; e a ultraconservadora, para quem a sala de aula é um antro de bullying, uso de drogas e, no caso brasileiro, suposta doutrinação marxista por parte de professores e educadores.
·         O debate em plenário promete emoções, já que o aprendizado em casa reverte a obrigação de que crianças de 4 a 17 anos frequentem a escola — o modo pelo qual, estabelecido por lei, se deu o avanço no grau de instrução da população brasileira nas últimas décadas.
·         Os pais que adotarem a modalidade de homeschooling para os filhos precisam necessariamente cumprir o currículo estabelecido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que dá as diretrizes do que os alunos dos ensinos Infantil e Fundamental precisam aprender em cada série. 
·         Os pais, se desejarem, também podem aplicar “conteúdos adicionais pertinentes”, como disciplinas de línguas estrangeiras.
·         Em todos os casos, os estudantes precisarão estar matriculados em uma escola.
·         É um projeto para um público de número certo. A ideia é assegurar o direito das crianças e regulamentar o dever das famílias. Calcula-se que 17 000 famílias já adotam o sistema no Brasil — menos de 1% do total. Só que os pais e mães das crianças envolvidas estão sujeitos a processo por abandono intelectual dos filhos.
·         Em setembro de 2018, examinando um desses casos, o Supremo Tribunal Federal determinou que o ensino domiciliar em si não fere a Constituição, mas precisa ser regulamentado por lei específica. Pelo menos 100 famílias foram processadas depois da decisão do STF.
·         Exige que o pai ou responsável legal pelo estudante que for incluído na educação domiciliar tenha diploma de nível superior para estar apto a gerir a educação do filho.
·         O responsável direto pelo ensino em homeschooling precisa apresentar certidões criminais e não pode ter sido condenado ou estar cumprindo pena por crimes hediondos ou delitos.
·         Estudantes submetidos a esta modalidade de ensino serão alvo de avaliações periódicas de aprendizagem.
·         A cada bimestre, pais ou responsáveis serão obrigados a enviar relatórios das atividades pedagógicas aplicadas aos alunos em homeschooling, que terão isonomia de direitos em relação a estudantes matriculados em regime educacional comum.
·         Aos adeptos do ensino domiciliar será garantida a participação em exames nacionais, feiras científicas e práticas esportivas, por exemplo.
·         Há a possibilidade de se exigir um relatório para que se avalie se há déficit de socialização para estudantes inseridos nesta modalidade educacional. 
·         Há a possibilidade de permissão para uma espécie de preceptor assumir a linha de frente do ensino domiciliar em substituição aos pais ou responsáveis legais do aluno. É uma figura que as igrejas se dispõem a providenciar. Ofereceriam inclusive aulas em dependências religiosas, o que faria delas uma espécie de escola informal. Sacou, neh? Interesse financeiro! Assumindo essa função, poderiam se sentir no direito de reivindicar uma fatia do Fundo de Educação Básica, o Fundeb, como fizeram em outras ocasiões — todas frustradas, felizmente. Otimistas, instituições evangélicas já começaram até a vender na internet material didático voltado para o ensino doméstico e ainda cursos de treinamento para os pais.
 
 
Algumas Críticas:
 
1.      O ensino em casa legitimará o isolamento da criança e sua exposição a um modo único de pensar. A ideia de homeschooling é pautada pelo fim do convívio com o diferente e com a diversidade do ambiente escolar. É um ataque à Democracia em seu berço.  
2.      Essa ideia vai agravar a evasão escolar, um velho problema da educação brasileira.
3.      Longe dos olhos de mestres e colegas, as crianças ficarão mais sujeitas à violência doméstica, abusos sexuais e trabalho infantil.
4.      O ensino domiciliar já é legalizado em 65 países. Nos Estados Unidos, a prática está em vigor, de diferentes maneiras, em todos os cinquenta estados, abrangendo 2 milhões de crianças. Mais da metade das famílias adeptas do método é cristã fundamentalista, que questiona a ciência, promove a subserviência feminina e chega a defender a supremacia branca.

 
 
De 34 matérias que tramitam pelo Congresso Nacional, consideradas prioritárias pelo governo, apenas uma diz respeito à educação — e seus desdobramentos preocupam. A Câmara dos Deputados se prepara para votar, a qualquer momento, esse cobiçado projeto de lei que regulamenta o 'homeschooling', apoiado por sua base conservadora – a bancada evangélica.
 
Enfim, crianças têm o direito de crescer expostas a ideias e valores diversos dos de seus pais, em nome de um futuro aberto, em que elas escolham o próprio caminho. O conhecimento, para ser libertador, não deve estar delimitado pelos muros da casa de cada um.
 
Fiquemos atentos!