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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Algumas características da Covid-19, comparadas com outras epidemias mortais da História.


Ponto a ponto:

·         Afetou o mundo num curto período de tempo, com fortes consequências para a saúde pública;
·         Alastrou silenciosamente, atingindo populações sem anticorpos e obrigando governos a mobilizar recursos para lutar contra um inimigo invisível sobre o qual não se tinha muitas informações;
·         Para uma Pandemia, nenhum país está de fato totalmente preparado com instituições de saúde suficientes para dá uma resposta a uma pandemia dessas (entretanto, no caso excepcional do Brasil, nosso Governo despreparou a população como pôde!);
·         A Covid-19 encontrou uma população traumatizada, decepcionada, faminta, cansada, desempregada... Ou seja, um campo fértil para causar consequências muito maiores;
·         É muito difícil lidar com uma epidemia. Os políticos preferem negar a existência dela porque ela descobre todos os males sociais, como instituições e serviços sempre despreparados.
·         A tendência a surgir “soluções milagrosas” para o surto: anúncios de remédios de eficácia duvidosa, listas de fórmulas mágicas que prometem curas milagrosas, etc. A população leiga acaba se entregando a essas fórmulas perigosas. Epidemia não é território para leigos!
·         Sem medicamentos e vacinas para tratar a doença de imediato, despontam as intervenções sanitárias: negar (isso não existe), falta de diálogo entre a equipe da saúde e o presidente (falta ou quebra de protocolos), quarentena e fechamento de instituições, lavagem ou recomendações de muita higienização e outras adoções de políticas de proteção recheadas de polêmicas...
·         Toda vez que a população é impedida de executar as atividades econômicas das quais ela está acostumada (como uma medida de Lockdown), são esperadas fortes reações (afinal, estamos falando de um país pobre e muito desigual, ou seja, com Governo que não supre a necessidade de seus grupos populacionais);
·         Pandemias e epidemias acabam sendo utilizadas politicamente e ideologicamente: 1) tiram vantagens políticas aqueles núcleos que lutaram de forma correta; 2) males são jogados nos adversários para destruí-los.
·         Políticas surtem efeito, para o bem ou para o mal. Por exemplo: regiões que adotam medidas mais severas conseguem reduzir drasticamente os danos (número de mortes).
·         Eficiência do Governo. Toda cidade que se programa e organiza bastante, com diretrizes objetivas e claras, é uma cidade que consegue sair antes, sair melhor e com menos mortes.
·         Se for para ter intervenções políticas na saúde pública, que sejam motivadas pelo desejo à vida coletiva e movidas pelo interesse de garantir o bem-estar da população.
·         As dinâmicas da Economia e da produção científica... Não há, necessariamente, um conflito de escolha entre reduzir a mortalidade e estabilizar a economia, especialmente por se tratar de uma pandemia que, por si só, já é prejudicial à atividade econômica.
·         As sociedades ocidentais não estão preparadas para a morte.
·         Esforço para não esquecer. Epidemias podem deixar bons propósitos, boas lições e bons ensinamentos. Não podemos voltar às ruas, esquecendo muito rapidamente de tudo o que nos aconteceu. Não podemos insistir na teimosia humana de não investir na constituição de um exército sanitário de reserva para andar prevenido, à frente das possíveis pandemias, e não correndo atrás delas.