Ponto a ponto:
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Afetou
o mundo num curto período de tempo, com fortes consequências para a saúde
pública;
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Alastrou
silenciosamente, atingindo populações sem anticorpos e obrigando governos a
mobilizar recursos para lutar contra um inimigo invisível sobre o qual não se
tinha muitas informações;
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Para
uma Pandemia, nenhum país está de fato totalmente preparado com instituições de
saúde suficientes para dá uma resposta a uma pandemia dessas (entretanto, no
caso excepcional do Brasil, nosso Governo despreparou a população como pôde!);
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A
Covid-19 encontrou uma população traumatizada, decepcionada, faminta, cansada,
desempregada... Ou seja, um campo fértil para causar consequências muito
maiores;
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É
muito difícil lidar com uma epidemia. Os políticos preferem negar a existência
dela porque ela descobre todos os males sociais, como instituições e serviços sempre
despreparados.
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A
tendência a surgir “soluções milagrosas” para o surto: anúncios de remédios de
eficácia duvidosa, listas de fórmulas mágicas que prometem curas milagrosas, etc.
A população leiga acaba se entregando a essas fórmulas perigosas. Epidemia não
é território para leigos!
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Sem
medicamentos e vacinas para tratar a doença de imediato, despontam as
intervenções sanitárias: negar (isso não existe), falta de diálogo entre a
equipe da saúde e o presidente (falta ou quebra de protocolos), quarentena e
fechamento de instituições, lavagem ou recomendações de muita higienização e
outras adoções de políticas de proteção recheadas de polêmicas...
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Toda
vez que a população é impedida de executar as atividades econômicas das quais
ela está acostumada (como uma medida de Lockdown), são esperadas fortes reações
(afinal, estamos falando de um país pobre e muito desigual, ou seja, com
Governo que não supre a necessidade de seus grupos populacionais);
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Pandemias
e epidemias acabam sendo utilizadas politicamente e ideologicamente: 1) tiram
vantagens políticas aqueles núcleos que lutaram de forma correta; 2) males são
jogados nos adversários para destruí-los.
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Políticas
surtem efeito, para o bem ou para o mal. Por exemplo: regiões que adotam
medidas mais severas conseguem reduzir drasticamente os danos (número de
mortes).
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Eficiência
do Governo. Toda cidade que se programa e organiza bastante, com diretrizes
objetivas e claras, é uma cidade que consegue sair antes, sair melhor e com
menos mortes.
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Se for para ter intervenções políticas na saúde pública, que sejam
motivadas pelo desejo à vida coletiva e movidas pelo interesse de garantir o
bem-estar da população.
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As
dinâmicas da Economia e da produção científica... Não há, necessariamente, um
conflito de escolha entre reduzir a mortalidade e estabilizar a economia,
especialmente por se tratar de uma pandemia que, por si só, já é prejudicial à
atividade econômica.
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As
sociedades ocidentais não estão preparadas para a morte.
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Esforço
para não esquecer. Epidemias podem deixar bons propósitos, boas lições e bons
ensinamentos. Não podemos voltar às ruas, esquecendo muito rapidamente de tudo
o que nos aconteceu. Não podemos insistir na teimosia humana de não investir na
constituição de um exército sanitário de reserva para andar prevenido, à frente
das possíveis pandemias, e não correndo atrás delas.