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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

O$ superpodere$ do Congre$$o.

“O Congresso hoje dispõe de poderes que não existem em nenhum outro lugar! Perde a transparência dos recursos públicos”. 

Emendas de R$ 16 bilhões não têm a identificação dos autores. 

O Congresso brasileiro (Legislativo) dispõe hoje de poderes sobre o Orçamento nacional maiores do que os detidos pelos Legislativos de 11 países da OCDE (estamos falando aqui de algumas das nações mais desenvolvidas do mundo!). O Brasil é o único país analisado em que o Legislativo atua na execução do Orçamento, ao indicar ao governo para onde enviar recursos depois de aprovada a LOA (é o que acontece com as Emendas de Comissão, por exemplo).

Do começo de 2021 até agora, deputados e senadores destinaram R$ 131,7 bilhões em emendas parlamentares de todos os tipos (quase 1/3 desse montante, 32,4%, corresponde a emendas de relator, base do esquema do Orçamento Secreto, e a emendas de comissão, o que torna impossível, na prática, saber quem são os “padrinhos” das indicações). O montante é 87% maior do que o indicado nos quatro anos anteriores (2017-2020).

O percentual das despesas livres do governo dedicado às emendas parlamentares no Brasil é de 24%, quase o triplo do segundo colocado, a Alemanha (9%). E ainda querem mais expansão delas (há proposta de elevar o valor das emendas para R$ 50,5 bilhões no ano que vem). Ora, as emendas só deveriam ser aprovadas com a concordância do Executivo. Tiraram a autoridade de pai Lula! 

Nos outros países, os parlamentos, em geral, têm a função de discutir as prioridades nacionais e de fiscalizar a execução do orçamento, e não de interferir diretamente na sua elaboração, tampouco na execução do orçamento , destinando recursos para as bases eleitorais dos parlamentares (isso explica em muito os resultados das Eleições Municipais deste ano e a corrupção de boa parte da sociedade). Já aqui no Brasil, a situação de Brasília é um ponto fora da curva, incomparável!!! Isso é um péssimo exemplo para os gestores do resto do país!

Dentre todos os países analisados, é só no Brasil que o Legislativo interfere na execução do Orçamento. Em todos os outros, a execução é assunto exclusivo do Executivo. Os 24% das verbas “livres” à disposição do Congresso tornam o Brasil “exótico”. Kkkk Gente, os parlamentares devem indicar, na emenda, o cancelamento correspondente, arcar com o ônus de dizer de onde vai tirar o recurso, para onde ele vai, como vai e o retorno social disso. Não pode simplesmente haver uma reserva para isso, que se vai lá, pega e pronto.

Enfim, a forma como o Legislativo brasileiro atua no processo orçamentário é inusitada e, em termos de montante, muito superior ao observado nos demais países analisados. Não se justifica, portanto, a defesa da expansão das emendas parlamentares ao Orçamento sob o argumento de que ‘no mundo todo é assim’. Não, não é!

O que o STF já fez sobre isso?

·       A prática do Orçamento Secreto foi declarada inconstitucional pelo STF em 2022, mas o Congresso não deu fim a ela.

·       No dia 14 de agosto, Flávio Dino suspendeu as emendas impositivas ao Orçamento da União. O repasse está suspenso até que o Congresso crie novas regras para garantir mais transparência dos recursos.

·       Os parlamentares também foram proibidos de destinar emendas a um Estado pelo qual não foi eleito.

·       Dino ainda determinou auditoria nas cidades que mais receberam os recursos.


·       Emendas Parlamentares.

·       Senado termina votação do Projeto que altera regras das EP. Para este ano, o Congresso aprovou R$ 52 bilhões. O pagamento está suspenso desde Agosto por Dino, que exigiu aprovação de regras claras e transparentes. Quem é o responsável pelo envio do dinheiro, onde e de que forma ele será usado.

- Dino determinou que esses recursos pudessem ser rastreados.

- O texto aprovado pelos Senadores precisa ser votado de novo pelos Deputados.

- Deputados e Senadores terão que indicar onde os recursos serão aplicados (as Emendas Pix).

- Sem brechas para interesses pessoais/individuais.

- Fica ativo o mecanismo que não define o Parlamentar que se beneficiar. 






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