Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Rombo nas Contas Públicas

·         Rombo nas contas públicas da União já chegam a: R$-19,9 bilhões (janeiro a outubro). No ano passado, no mesmo período, o valor negativo foi de R$ -11,5 bilhões. Com esse rombo, o Governo não conseguirá atingir a meta de Superávit Primário (as economias para pagar os juros da dívida pública), estimada inicialmente em R$ 55,3 bilhões. Assim, o Governo prevê um déficit para essa meta fiscal de 2015 de R$ -51,8 bilhões. 
·         O Congresso aprovou o projeto que permite ao Governo fechar o ano com as contas no vermelho. Esse projeto muda a meta fiscal do Governo neste ano. Agora, ao invés de poupar, o Governo vai poder fechar as contas com um rombo que poderá chegar a R$ -120 bilhões! A Lei estabelecia uma economia de R$ 55 bilhões para pagar juros da dívida. Só que, com a arrecadação em queda, gastos subindo, as dívidas com os bancos públicos que não foram pagas no ano passado, as chamadas pedaladas fiscais, também entram nessa conta (mais R$ 57 bilhões a pagar). O resultado foi que o Governo precisou mudar a Lei para que não respondesse a questionamentos, e conseguiu isso com ampla maioria no Congresso. 

COP 21

Conferência histórica em Paris (COP 21, Conferência Planetária do Clima, que reúne representantes de 195 países) vai tentar fechar um acordo para conter o aquecimento do planeta. Quase 200 países participam do encontro do clima. É o maior encontro que a ONU promove fora de Nova York. O objetivo é alcançar um acordo global para lutar contra as mudanças climáticas. 

E, quais são as propostas do Brasil?
1.      Diminuir o impacto do setor de transportes que polui mais do que a Indústria;
2.      Essa poluição tem origem no consumo de combustíveis derivados de petróleo, que cresceu muito nos últimos 10 anos por aqui;
3.      A intenção do Brasil é reduzir as emissões dos GEEs em -37% até 2005/2025. E reduzir ainda mais em -43% até 2005/2030. Para isso, o país pretende acabar com o desmatamento ilegal até 2030, reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, aumentar para 45% a participação de fontes renováveis na geração de energia, fazer a indústria utilizar tecnologias mais limpas, como por exemplo, a energia do Sol e dos Ventos e melhorar a infraestrutura de transportes.

O desmatamento na Amazônia caiu, considerando o período de 2005/2015, de 27.000 Km2 por ano em 2005 para 5.800 Km2. Este ano, 2015, já houve um aumento de +16% em relação ao ano passado (2014). Mas, a queda dos últimos 10 anos é significativa. Dilma disse quem 2030 o Brasil vai zerar o desmatamento ilegal de Amazônia e substituir 45% dos combustíveis fósseis por energia renovável.

Vejamos alguns dados recentes e atuais do país que constituem verdadeiros desafios: 
Carros, motos, ônibus e caminhões produzem mais que o dobro do CO2 que a indústria joga no ar. 
As emissões do setor de transportes cresceram 58% (2005/2014). O consumo de óleo diesel no Brasil cresceu +53% e o de gasolina 88%. 
Em São Paulo, a frota de ônibus transporta por dia quase a mesma coisa que transporta a frota de automóveis. No entanto, essa frota de ônibus emite só 1/3 dos GEEs do que emite a frota de automóveis. Portanto, ambientalmente falando, é muito mais eficiente. Repare ainda que o metrô é ainda mais eficiente: polui menos e transporta mais gente. Só em SP, ele transporta 4,5 milhões de pessoas por dia! Se toda essa gente deixasse o metrô para usar ônibus ou automóvel, as 2.430 toneladas de GEEs lançadas por dia passariam para 886.950 toneladas por ano! 
Dados mostram que, no centro do RJ, tem 40% dos empregos enquanto há apenas 3% da população. Já na região metropolitana de SP, são oferecidas 153 vagas de trabalho por morador. 

A expectativa da COP 21 é que do encontro saia um acordo para limitar o Aquecimento Global em 2ºC até o fim deste século. Se as propostas de reduções não forem seguidas, ambientalistas preveem um aumento da temperatura global de +4,8ºC. As consequências serão catastróficas, como o aumento do nível dos oceanos e a desertificação. Essa conferência é a maior reunião de governantes que já aconteceu e uma grande esperança para o futuro do planeta. 

180 países são responsáveis por 95% das emissões. 

No que diz respeito ao desmatamento da Amazônia. A derrubada foi +16% maior em relação ao ano passado. O estado que mais desmatou foi o Pará, responsável por 1/3 da devastação. Mas, foi em Mato Grosso, Rondônia e Amazonas que o desmatamento aumentou em até 54% (com comparação 2014/2015). 


Um dos desafios das grandes cidades brasileiras é encontrar meios de transportes mais eficientes que atendam a mais pessoas com rapidez e menos poluição. O trem é uma invenção do século XIX (com alta eficiência e baixa emissão de poluentes), que transporta 2,9 milhões de pessoas por dia. Eles transportam cerca de 165 milhões de toneladas, 20,7% do total de cargas do país. Já os caminhões levam quase o triplo, 485 milhões de toneladas, 60,1% de toda a carga do país. Só que, a cada quilômetro rodado, um trem emite apena 1/3 do gás carbônico jogado na atmosfera por um caminhão. 

De um estado febril para uma convulsão?

Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. O objetivo é fechar um acordo para frear o Aquecimento Global. Nunca houve na história a reunião de tantos líderes mundiais olhando numa mesma direção. A Conferência do Clima bateu um recorde: 195 líderes. A meta do acordo é limitar o aquecimento do planeta em 2ºC, não mais do que isso, até o final do século. A questão é que o nosso planeta já está em estado febril (mas, pode entrar num estado de convulsão). Desde a metade do século XIX, do começo da industrialização até hoje, a temperatura da Terra já aumentou +1ºC (e estamos sofrendo as consequências por isso, agora imagina com +2ºC ou mais do que isso?). O que significa isso? Desastres naturais ligados a um clima mais extremo ocorrendo em todo o planeta numa intensidade maior e numa frequência maior.
- mais tempestades, alagamentos, inundações e enchentes;
- mais deslizamentos de terra em funções de grandes chuvas;
- mais tornados, furacões e tufões;

- mais secas e estiagens.


A ideia é que cada país, voluntariamente, apresente planos para reduzir as suas pegadas de carbono: o fato é que tudo o que consumimos, em algum momento do processo de produção, contribuiu ou vai contribuir para a emissão de gases do efeito estufa. Tem produto que já vem com sua pegada de Carbono: quanto foi emitido e se houve compensação. Então tudo deixa a sua pegada de carbono. Se continuarmos com o mesmo nível de produção e consumo até 2050, vamos necessitar de 2 planetas terras. 45% de uma árvore é Carbono, que o utiliza para produzir tecido vegetal. O Carbono é retirado do ar.

As principais causas do Aquecimento Global no mundo como um todo são diferentes daquelas aqui no Brasil. Aqui, o país tem o maior rebanho comercial do mundo. A criação bovina é a 3ª principal maior fonte de emissão de GEEs. 
É preciso fazer alguma coisa para conter as mudanças climáticas. Afinal, só temos um planeta. A questão ou o problema é “Como?”. Os representantes de 195 países estão discutindo, e há divergências. Os principais pontos são:

- as decisões tomadas na Conferência serão legalmente vinculantes, ou seja, se os países serão obrigados a adotá-las?
- de onde vai sair o dinheiro para financiar o combate e emissão de gases, principalmente dos países pobres, para que cresçam sem poluir.
- Obama concordou que todos os países devem ser legalmente obrigados a aderir a um sistema transparente para medir a emissão de gases que provocam o Efeito Estufa;
- a relação da Floresta Amazônica com a água que sai da torneira de nossas casas é a seguinte: grande parte das chuvas que caem no país, especialmente no Sul e no Sudeste (regiões produtoras de alimentos e energia, também onde estão os reservatórios que fazem a água chegar nas residências), vem de regiões da Amazônia que funcionam como verdadeiras bombas d’água. Logo, a floresta está presente no dia-a-dia das pessoas.
- temos que zerar o desmatamento usando as tecnologias e reaproveitando áreas abertas já suficientes para expandir a agricultura e desenvolver o país sem precisar desmatar mais um palmo de floresta. 
Em Paris, continuam as negociações para fechar um acordo global de redução de gases que aquecem o planeta. O bloco de países em desenvolvimento fez uma declaração dura contra as nações mais ricas. O chamado G77 e a China disseram que as potências mundiais têm a obrigação de financiar projetos de energia limpa nos países pobres.
A malha ferroviária brasileira parou de crescer nos anos 1940. Ficou estacionada em torno de 30 mil quilômetros. Já as estradas dispararam, e somam quase 220 mil quilômetros.
Na “Conferência do Clima”, ricos e pobres discutem quem vai pagar a conta para salvar o planeta. Quem vai pagar a conta para o nosso planeta ter uma economia que use menos carbono. Quem vai botar dinheiro na mesa para ajudar países pobres a se adaptarem aos impactos da mudanças climáticas?
A recuperação de florestas nativas, onde elas foram destruídas, é uma necessidade que ninguém discute. As matas garantem o regime da água doce que dependemos para plantar, para matar a nossa sede e a sede dos animais. Elas moderam o clima, resgatam o excesso de carbono do ar, entre muitas outras virtudes. Recuperar tem custo, mas as próprias árvores ajudam o processo – elas mesmas querem viver e se espalhar.
As negociações para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas provocadas por ele tratam da produção de alimentos de maneira indireta. A agropecuária está no capítulo do uso da terra, que é o mesmo que trata das florestas. E no Brasil, há uma relação entre os dois assuntos. Os negociadores brasileiros são contra incluir no texto do acordo, regras para a agricultura de baixo carbono. Eles argumentam que as emissões da agropecuária são importantes no total das emissões de países como o Brasil e a Argentina, mas os EUA, apesar de ser um grande produtor de alimentos, elas são praticamente irrisórias quando comparadas com as emissões da indústria, da energia e dos transportes. É preciso um incentivo, mas não um acordo internacional para convencer os produtores. É que na agropecuária, a mitigação e a redução dos danos provocados pela atividade se dá pelo ganho de produtividade, e isso todos querem, porque todos ganham.
- O planeta esquentou +0,9ºC desde o século XIX, e já começou um processo devastador que muda o funcionamento do clima. Um deles é o aumento do nível dos oceanos. No Brasil, por exemplo, um aumento de +2ºC da temperatura do planeta comprometeriam 8 milhões de pessoas que vivem nas áreas litorâneas urbanizadas e que seriam inundadas. Com essa temperatura, o nível dos oceanos subiria +5m.
- A questão mais importante e que avançou pouco nas negociações da COP 21 é: FINANCIAMENTO. Nessas reuniões, os países só são iguais simbolicamente. Os ricos que contribuíram para chegar nessa situação de superaquecimento têm mais poder de barganha e não querem colocar a mão no bolso. E isso faz com que os pobres fiquem cada vez mais pobres. Aliás, são 40 países ilhas ameaçados em todos os oceanos.
- Um acordo para as reduções de emissões de CO2 é um desperdício de dinheiro. A gente tem que focar em inovação, até porque, as energias renováveis ainda são muito caras. Quando elas forem mais em conta, os chineses e os indianos farão a troca, bem como tanto outros países (até porque, até 2050, toda a eletricidade do planeta será de fontes limpa e barata?).

- O acordo de Paris tem que dá o rumo e acertar a velocidade das mudanças. O mundo precisa mesmo de soluções mais baratas, mas não pode esperar parado. Não basta achar o rumo certo, é preciso acelerar nele para não ser tarde demais. 

- Como proteger as fontes de água doce no mundo? Como frear o aumento no nível do mar? 05 países-ilha correm o risco de desaparecer por causa das mudanças climáticas. As Ilhas Marshall, no meio do Oceano Pacífico, correm o risco de desaparecer. Além de pequenos países da Oceania. Estudos mostram que nos últimos 30 anos o nível do Pacífico Sul aumentou 30 cm. 


Celebração de um acordo: histórico e com sotaques do Brasil!
A principal ferramenta agora é um sistema de metas nacionais.


A Conferência do Clima (da ONU) em Paris termina com um acordo histórico: pela primeira vez 195 países se comprometem a combater o Aquecimento Global. Foram mais de 02 semanas de negociações intensas. Todos eles assinaram um documento que impõe limite ao Aquecimento Global (em até 2ºC, mas com esforços para que não passe de 1,5ºC). Esse acordo em Paris representa uma virada no mundo rumo a um acordo mais sustentável. Nessa nova direção eles concordaram em limitar a emissão de GEEs. A atenção especial é para os países-ilhas, que podem ser engolidas pelo mar se a calota de gelo polar continuar derretendo. Pelo texto, os desenvolvidos aceitam financiar pelo menos US$ 100 bilhões por ano no combate ao Aquecimento Global. Um investimento dos países em desenvolvimento é voluntário. É preciso avançar em energias renováveis, agricultura de baixo carbono, na agenda florestal, no reflorestamento e na renovação, bem como no compromisso da sociedade (brasileira) em relação ao enfrentamento das mudanças do clima. O acordo só não diz quanto, como e nem quando cortar a fumaça que aquece o planeta. Cada país vai agora atrás da sua promessa de reduções, que agora serão revisadas de 5 em 5 anos. Foi mostrada apenas um direção e a vontade de mudança. Mas, esse é o primeiro acordo global sobre mudanças climáticas. Até então, o que havia eram alguns países com metas próprias de redução de emissão de poluentes. Esse acordo vai permitir que o mundo se prepare para impactos que já existem devido às mudanças climáticas e outros impactos que ainda teremos. O texto final prevê ajuda dos países mais ricos aos mais pobres com transferência de tecnologia e financiamento para ajudar na construção de fontes limpas de geração de energia. 

E mais...


- O governo dos EUA passou a encarar o combate ao Aquecimento Global como prioridade. Um ano atrás, os norte-americanos, o 2º maior poluidor do mundo depois da China, fecharam um acordo inédito para reduzir as emissões dos GEEs. Isso foi fundamental para convencer outros países. Existem muitos interesses em jogo nesse acordo, que alguns dizem trazer o melhor equilíbrio possível. Embora o problema traga uma ameaça já visível e sentida em todo o planeta, os países ricos ou industrializados resistem dá importância ao problema alegando que afetaria suas economias. O planeta já esquentou quase 1ºC desde o século XIX. 

E mais...

A China emite um novo alerta por causa do nível altíssimo de poluição. O comércio está vendendo ar puro engarrafado. O índice de poluição em Pequim atingiu 500 pontos, quando para a OMS recomenda que não se passe de 25 pontos. Respirar o ar de Pequim pode causar o mesmo estrago que fumar 40 cigarros por dia! Até ar (oxigênio puro comprimido) está sendo vendido em serviços de restaurantes ou através de garrafas de ar puro comprimido das montanhas canadenses (latinhas equivalentes a R$ 40 a R$ 200).