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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Influências Digitais...

O Brasil tem 500 000 influenciadores digitais com mais de 10 000 seguidores! É mais do que engenheiros civis (455 000), dentistas (374 000) e arquitetos (212 000). Levando em conta os influenciadores com mais de 1000 seguidores, esse número salta para 13 milhões (o equivalente a 6% da população brasileira). E muita dessa gente posta e grava informações na esperança de conquistar fama, dinheiro, ou simplesmente os dois.

Assim, o país é a 2ª nação que mais segue influenciadores no mundo (44,3% dos usuários), atrás das Filipinas (51,4%). O top 5 é formado apenas por nações emergentes (Nigéria, Indonésia e Argentina). Esses tais “influencers”, assim como a mídia, acham que podem revelar a verdade do mundo quando, na verdade, revelam apenas a verdade deles.

Aonde mesmo chegaremos se a principal fonte de conhecimento da sociedade estiver atrelada a cidadãos que nem sempre sabem o que dizem e invariavelmente apelam para exageros intencionais? Não se trata de ser contra a Internet e o avanço tecnológico, nem de apartar-se das redes sociais de informações montadas e alimentadas diariamente. Trata-se de cautela com as influências digitais.

Precisamos de pessoas sérias que usem a tecnologia com inteligência e elegância. Distante das más influências, a internet não pode nos deixar mais burros ou roubar a nossa paciência para leituras e reflexões mais atentas. Precisamos substituir o voo rasante e superficial por mergulhos mais profundos, iluminando os temas com acuidade e profundidade.

As pessoas recebem centenas de informações ao longo de um único dia. É preciso separar o que é verdade, o que é boato, o que é fantasia e o que é exagero. É preciso cautela para separar o que é bom do que é deletério, as boas das más influências. 

Enfim, esse também é o compromisso da Escola.