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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

O cofre das Campanhas 2022.

Os interesses por trás da grande festa eleitoral.

Estamos falando de um Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões! E ainda um total extra de Emendas no montante de R$ 37,5 bilhões. 

Olhando com cuidado as direções dos investimentos no Orçamento de 2022, há de perceber prioridades muito típicas do governo Bolsonaro. Por exemplo, olhemos para o Ministério da Defesa, que só viu aumentar ano a ano o seu orçamento. Aliás, há uma fatia de R$ 1,7 bilhão reservada para afagar somente a categoria da segurança federal (PF, PRF e DPN), comprada como sua base de apoio. O nome disso é racha e submissão das categorias.

Paralela, e não muito distante dessa festa, está a Rede Globo de Televisão. O seu reality shows BBB-22 (Big Brother Brasil) deve ser o maior de todos os tempos - pelo menos em dinheiro. A emissora já vendeu 11 das 12 opções de patrocínio para o programa para várias marcas, entre elas Americanas, Avon e PicPay, com cotas que valem mais de R$ 91 milhões cada! Não à toa, a Globo já tem até agora R$ 600 milhões em cotas negociadas para ações publicitárias no programa e nos intervalos (em 2021 foram R$ 531 milhões). Por trás dessa troca rendosa, a Globo investe em recursos que mostram aos patrocinadores o que o público está pensando -- algo que deve ter um papel ainda mais essencial na edição de 2022.

Enfim, há outro nome para pedaços tão grandes dessa dinheirama orçamentária toda – Campanha Eleitoral 2022.



 

domingo, 12 de dezembro de 2021

A política do fim do mundo.

Foi o lixo cultural que nos trouxe Bolsonaro!

Varreram tudo o que tinha de pior na cultura e jogaram na política!

Foi o espírito de desolação e mentira da época atual que nos trouxe Bolsonaro (e Trump também). Dois “psicopatas” que têm como diversão assassinar os mais vulneráveis, espalhando um vírus mortal na população. E tudo isso feito de forma declarada, noticiada, “divertida” e institucionalizada.

Se observarmos com cuidado a indústria cultural, nos últimos anos nunca se produziu tanto lixo cultural! As letras de músicas, as produções televisivas, as formas banais de diversão, as pinturas sem valor intrínseco, as grifes capitalistas, o descontrole das drogas, a vasta perversão e banalização sexual, piadas macabras/fascistas e o pouco apreço pela educação formou uma cultura contemporânea com gigantesco acervo de “trabalho de morte” e imaginação totalitária sem arrependimentos, que depois veio a aclamar “O mito” como realidade paralela!

Tudo isso era para se ter um usufruto estético, mas foi sufocando espiritualmente os indivíduos, que passaram a não mais saber onde começa o mundo imaginário criado por eles mesmos e a realidade concreta em que tentam viver. Ou seja, traindo a liberdade interior criamos o inferno, feito de nossas ilusões. Como todo inferno tem o seu diabo, casou bem a colonização meteórica de Jair Bolsonaro no inconsciente brasileiro. Dito de outra forma, cada um de nós gostaríamos de afogar nossos remorsos, mas, ao acordarmos do sonho, vimos que eles aprenderam a nadar – e de maneira primorosa e perigosa.

Quem é Bolsonaro? Um psicopata ensandecido, que pouco se importa com o destino das suas vítimas, e que pisa em cima de quem lhe é um empecilho – a esquerda resistente. Um pateta insuportável que nem a família atura, feito por uma psique fragilizada de infeliz que não consegue admitir que sua existência é apenas uma gigantesca Fake News institucionalizada. Um saco de lixo dentro do qual descartou os restos do consumismo, do capitalismo, da corrupção, da necropolítica, do conservadorismo fanático, do racismo, do machismo, da homofobia e de todos os preconceitos vis e infames. O que esperar de uma desalma dessas além de um governo destrambelhado, que causa mais prejuízos para os pobres e benefícios para os ricos?

Nos nossos tempos, continuamos tendo “Judas” que traem seus amigos “Jesuses” por 30 moedas de ouro. Ainda piores, não se arrependem nem se enforcam, e ainda gostam do inferno que habitam. Enfim, Bolsonaro é um desses Judas, lixo do Capital, reciclado pelo próprio capitalismo, traidor do Estado de bem-estar social.



quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

O que é a verdade?

Cada um pode falar o que quiser sobre qualquer assunto ou acontecimento? Cada um tem o direito de chamar seu enunciado de “ah, é a minha versão”? Nem a filosofia saberia mais dizer o que é a verdade porque cada um tem a sua?

Não! O mundo não é um conjunto de narrativas enquanto meras narrativas. Quem acredita que é assim é o jornalismo da Rede Globo que acha que a história não tem verdade. Essa gente focada com a câmera na cara e o texto editado e costurado com reportagens pré-definidas por uma equipe de redação, acha que a história é como o jornalismo: sempre temos de contar duas ou mais versões de um episódio. Abre-se aí o caminho pouco sábio de que história é uma ficção qualquer e que jornalismo se faz por meio de ajuntamentos de versões.

Sabe quem gosta do relativismo? Bolsonaro. Bolsonaro ouviu dizer que a história tem versões. Que a história para todos é como um armário de muitos figurinos – cada um escolhe o seu. Essa direita neoliberal alimenta a ideia de que tudo é apenas uma versão “feita por qualquer um”, argumentando que somos livres e sua opinião pode ser contestada pela minha. Tomam a ideia de opinião como qualquer frase inventada, sem critérios. Não vale!

E não vale porque o conhecimento objetivo, dentro de graus, pode ser alcançado. Conhecimento é crença verdadeira bem justificada. Ou seja, crença verdadeira é algo objetivo. E a crença ganha objetividade por ser um enunciado que se desprende do enunciador. É por isso que existem os historiadores não de partidos, mas os historiadores profissionais. Eles constroem a informação historiográfica, com vários métodos de averiguação tão certeiros que, permitem que outros façam o mesmo caminho e cheguem nos mesmos resultados.

Isso significa que não existem tantas versões assim! Desse modo, quanto às versões, a historiografia não possui tantas quantas alguém aleatoriamente queira ou gostaria. Mesmo historiadores, de diversas correntes, chegaram a construir a mesma historiografia.

 A própria mãe de todas as disciplinas reconhece a unidade na diversidade. Ou seja, NÃO, você não pode sair por aí falando qualquer coisa! Essa ideia de que cada um pode falar o que quiser sobre qualquer assunto ou acontecimento é um caminho pouco sábio e contra o conhecimento. Cada enunciado não vale como uma versão. Sim, a filosofia ainda sabe dizer o que é a verdade!

Enfim, a verdade existe? SIM! Bolsonaro não é historiador!

O que é real?

 Bolsonaro e o Hiper-realismo.

A clareira é menos real que as sombras!

Nós, modernos, temos a tendência de conferir realidade ao que está escondido, ao que podemos enxergar por uma fresta, muito mais do que aquilo que é visível de modo claro.

O que é da ordem do que se revela como um escândalo, do que é descoberto, é a “verdadeira realidade”. O corriqueiro, o que tem tudo para ser o real, cai para um segundo plano se temos na mão a chance de mostrar que algo estava escondido – isto sim é a realidade.

Enfim, o truque de Bolsonaro é trabalhar de maneira antimoderna, que não permite que essa sensação predomine.

Explicando melhor: Bolsonaro não deixa que algo fique na penumbra. Ele sempre lida com o que tem de lidar com certa naturalidade, certo modo espontâneo de dizer barbáries. Sua relação rude e crua com tudo não nos faz conseguir enxergar biombos que poderiam estar escondendo aquilo que chamaríamos, com facilidade, de realidade. Bolsonaro trabalha, então, como uma forma de hiper-realismo.

Essa técnica permite que ele simplesmente diga que o especialista que fala dos dados está errado com base apenas na evidência do simplório (nada há a esconder nem a que procurar: o que não o agrada é negado ou posto em errado por uma frase contrária). Desse modo, os dados apresentados sobre o desmatamento são falsos e os agrotóxicos não fazem mal (para a narrativa hiper-realista criada por Bolsonaro).

 Agora, por que a técnica/truque de Bolsonaro funciona bem?

*1º:* porque Bozo possui um eleitorado cativo que pouco se importa com especialistas e investigações.

*2º:* porque a direita ligada a Bozo tem predileção pelo pensamento mágico: se eu nego algo, este algo desaparece de minha frente.

*3º:* porque é um governo que governa pelo desgoverno, não se preocupando em restituir qualquer forma de debate que chegue a uma realidade séria.

*4º:* porque Bolsonaro tem um prazer sádico de governar contra a oposição. Ele diverte-se mais com o fato de conseguir contrariar o que ele entende que seja a esquerda do que realmente levar algum dinheiro ilícito (embora não vá rechaçar) de empresas. Seu desejo de fustigar as esquerdas é maior que seu amor até mesmo pelo dinheiro. Bolsonaro tem uma sede imensa de poder. Que poder? O poder de conseguir contrariar todas as vozes iluministas.

 

Enfim, é assim que Bolsonaro tira da sua frente a verdade, lançada na sua cara. Desse modo, ele tem conseguido envenenar o brasileiro e retroceder ainda mais o povo na civilização. Estamos diante da desconstrução pós-moderna do sujeito humano pela negação da realidade do pensamento.



sábado, 4 de dezembro de 2021

De cada 04 brasileiros 01 é pobre.

 No ano passado, os benefícios sociais ajudaram a tirar milhões da pobreza. Mas, o que faltam são políticas que livrem as pessoas definitivamente da vulnerabilidade:

- a população pobre ainda representa ¼ dos brasileiros.

- a redução da pobreza do ano passado para este ano não tem indícios de sustentação porque adveio de um paliativo do Auxílio Emergencial (temporário, um paliativo, um simples alívio). As pessoas precisam de rede/agenda de segurança/proteção social.

- a renda média mensal caiu muito, não fosse o Auxílio teria caído muito mais. A população branca ganha 73,3% mais que a população preta ou parda. 

- O governo deveria ter identificado as necessidades de cada cidadão para oferecer oportunidades. Faz sentido manter 1 ano de socorro sem ter 1 plano para geração de autonomia para essas pessoas?