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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

As novas diretrizes para o Ensino Médio foram homologadas pelo MEC. E agora?

As DCN’s fazem para das tais Reformas do Ensino Médio e servirão como parâmetro para a BNCC. Uma das novas regras é a possibilidade de aulas à distância – a ideia é usar a tecnologia para que os alunos façam pelo menos 20% da carga horária de longe (para quem estuda à noite, até 30%). No caso da EJA (Educação de Jovens e Adultos) pode chegar a 80% (risos aflitos...)!

Outra ideia é dá ao aluno a opção de escolher uma área de conhecimento com a qual ele se identifica muito, a fim de poder se aprofundar já no Ensino Médio. Quando estiver em vigor, a carga horária será dividida em duas partes: a maior parte (60%) será base dos conteúdos que todo mundo terá que estudar; e a outra (40%), serão cinco opções oferecidas ao aluno para ele escolher uma delas para se aprofundar (segundo o MEC, cada município deve se organizar para oferecer no mínimo dois itinerários).

Um dos argumentos utilizados para essas reformas é o da evasão no Ensino Médio brasileiro, que gira em torno dos 12%. Com os adolescentes e jovens supostamente “familiarizados” com as novas tecnologias e seus aparelhos eletrônicos, a proposta é tornar o ensino mais atrativo e conectado. Rai ai... Agora, estão eles preparados para aprender conteúdos escolares e acadêmicos usando a internet? Terão eles disciplina e responsabilidade para fazer as aulas à distância? As escolas públicas conseguirão se organizar física e pedagogicamente para tornar isso concreto, real e de qualidade?

Embora embelezada pela modernidade, essa mudança não deve ocorrer imediatamente. Depende da aprovação da nova BNCC para o Ensino Médio (que está em discussão no CNE – Conselho Nacional de Educação). Questão de tempo? Sim! Deve demorar aí uns dois anos para efetivar nas escolas e talvez uma vida toda para ter grau de eficiência e qualidade, sobretudo nas escolas das margens.

Segundo o CNE, a aula a distância terá obrigatoriamente a coordenação de professores e em muitos casos deve ser oferecida na própria escola (a maioria delas sem laboratório de informática decente até hoje, diga-se de passagem). Com essas propostas de mudanças, o ENEM também será modificado para avaliar os conteúdos específicos (os tais itinerários). Entretanto, o exame só será alterado a partir de 2021.

As escolas conseguirão se organizar para oferecer essas cinco opções aos alunos (os tais itinerários) com qualidade? As tecnologias salvarão o ensino? Viveremos para ver?!