Amor & Sexo...
Em tempos de Internet.
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Nessa área, o que a rede
promete?
- Sites eróticos;
- Páginas que prometem a oportunidade de encontrar o “par
perfeito”;
- Fóruns destinados aos mais inusitados fetiches;
- Serviços on-line para pessoas interessadas em relações
extraconjugais.
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O anonimato e a variedade de estímulos proporcionados pela rede permitem experimentar novas formas de se
relacionar.
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Nos anos 40 já havia
sido constatado que masturbação feminina
e homossexualidade não eram tão
raras como se imaginava. Na época, 37% dos
homens e 13% das mulheres haviam tido relações homossexuais que resultaram em orgasmo.
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Na década de 70, um
grupo (entre 18 e 25 anos que não se conheciam) ficou confinado por cerca de
uma hora dentro de uma sala completamente escura. A
maioria confessou que sentiu curiosidade,
ansiedade e excitação sexual durante aqueles minutos. Metade deles abraçou alguém e uns poucos chegaram a trocar beijos, o
que não aconteceu quando o experimento foi repetido com outro grupo, mas com as
luzes acesas.
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Imagine uma câmara escura
muito maior, capaz de comportar milhões de pessoas que acreditam estar no
anonimato. Essa pode ser a Internet.
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Sistemas cognitivos
e neurais. Um bilhão de pensamentos pervertidos... Apesar
da variedade oferecida pela rede, 90% das buscas estão concentradas em apenas cinco tipos de material pornográfico.
1. A grande
procura por vídeos e fotografias de mulheres mais jovens (13,5% das buscas
continham palavras referentes a juventude) por usuários do sexo masculino (do ponto de vista da psicologia evolutiva, isso é resquício da atração ancestral por parceiras capazes de
gerar filhos saudáveis. Mas o mesmo ponto evolucionista não sabe explicar a
fantasia de fazer sexo com mulheres da idade da própria mãe, nem os casos em
que um homem assiste sua mulher fazendo sexo com outros homens); isso mostraria
que: o desejo
sexual não é regido apenas por fatores biológicos.
2. Site no
qual usuários interagem ao vivo por meio de webcam.
3. j
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O desejo sexual não é
regido apenas por fatores biológicos.
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O anonimato proporcionado pela rede
permite dar vazão a algumas fantasias de forma tranquila, isto é, sem expor o
desejo à possível rejeição ou ao julgamento do outro. O espaço virtual funciona
como um laboratório de comportamentos, no qual projetamos aspectos criativos e
sombrios de nós mesmos. Na frente do computador, o internauta está sozinho e,
ao mesmo tempo, ‘em relação’. O ‘outro’ está suficientemente distanciado para
permitir que seu eu se expresse com maior liberdade e de modo mais protegido.
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Ainda estamos aprendendo a lidar com
as oportunidades que a rede nos oferece. Ela pode funcionar como via de
autoconhecimento, na qual facetas da sexualidade se tornaram mais visíveis e
perceptíveis.
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Fantasias on-line: se
uma coisa existe, há pornografia sobre ela. Sem exceções. Um território “livre”,
no qual pode ser postado todo tipo de conteúdo.
1. Ser traído é uma das fantasias sexuais mais populares: simulações em que
homens são forçados a assistir à sua mulher fazendo sexo com outro, compreendem
3,4% das buscas;
2. Homens preferem o corpo das jovens (13,5% das pesquisas fazem menção à
juventude), mas há uma grande procura por vídeos de sexo com mulheres idosas –
4,3% das consultas continham referência ao fetiche de fazer sexo com mulheres
que parecem ter a idade da própria mãe.
3. Usuários do sexo masculino buscam por vídeos e fotografias que evidenciam
pênis de tamanho acima da média. As cenas de sexo grupal são muito clicadas,
principalmente aquela em que há mais homens que mulheres.
4. A palavra “gay” está entre as dez mais pesquisadas.
5. Animações japonesas de sexo explícito, conhecidas como hentai, estão
entre os vídeos mais acessados.
6. Homens heterossexuais buscam mais por filmes pornográficos amadores.
Hipótese: por preferirem cenas de orgasmos verdadeiros. Também, ao assistirem a
filmes pornôs, homens focam mais o olhar na face da atriz na tentativa de
verificar o que lhe causa mais prazer.
7. Mesmo uma parte dos usuários ditos bem cristãos ou evangélicos também
procura por conteúdo erótico.
8. A procura por partes específicas do corpo varia entre as culturas. Há
preferência geral por seios, pés e pênis “grandes”.
- na Índia, por exemplo, há maior curiosidade por barrigas;
- na maioria dos países latinos, principalmente no Brasil, por nádegas;
- no Japão, pela região chamada zettai ryouiki, a parte da coxa que fica
exposta quando a mulher usa saia curta e meias três-quartos – um sem-número de
produções hentai retrata esse fetiche.
- hentai: muito populares na rede, as animações japonesas de sexo
explícito retratam personagens sem pelos pubianos, o que evoca juventude.
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Há uma diferença
entre o tipo de conteúdo procurado por homens e mulheres e a relação de ambos
com o sexo virtual.
Homens
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Mulheres
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- A pornografia visual é de interesse
principalmente masculino.
- Se por um lado homens consomem
mais pornografia, as mulheres fazem sexo virtual – isto é, interagem
eroticamente com uma ou mais pessoas por meio da rede – tanto quanto eles.
Uma entrevista com 217 adultos jovens mostrou que: 83% dos homens já assistiram
a vídeos ou viram fotos de sexo explícito on-line, contra 31% das mulheres.
No entanto, em média, voluntários de ambos os sexos fazem sexo virtual de
duas a três vezes por mês.
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- No entanto, cada vez
mais mulheres usam a rede para satisfazer sua curiosidade e alimentar algumas
fantasias. Elas são as principais visitantes de sites de contos e romances
eróticos.
- Há alguns anos o
simples pensamento de ser surpreendida alugando um filme erótico impedia uma
mulher de buscar esse tipo de conteúdo. Hoje ela pode satisfazer sua
curiosidade teclando e clicando, segura com a ideia de anonimato.
- Resumindo: mulheres são
a principal audiência de sites de contos e romances sobre sexo; homens
preferem fotografias e vídeos.
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Extras...
- Ao contrário da ideia que se tem
de sexo virtual (a de dois estranhos que provavelmente nunca se encontrarão
ao vivo), a interação intencional entre usuários do mesmo círculo social é algo
muito comum.
- Acessar a internet com propósito
sexual parece ter virado rotina em países do Ocidente e do Oriente, entre
ambos os sexos. É difícil imaginar outra mudança tão impactante no campo da
sexualidade. Ao visitar um site adulto é possível ver em 30 segundos uma
infinidade de corpos nus e obter todo tipo de estímulo sem ter de interagir
com ninguém.
- É preciso ficar alerta, porque há
sintomas de compulsão por consumir pornografia na internet. O uso frequente
de material pornográfico envolve um ciclo de busca constante por estímulos.
Há casos em que a pessoa deixa de sentir prazer e satisfação com o sexo ‘natural’,
e o hábito começa a prejudicar o sono e o desempenho no trabalho por causa
das horas investidas em procurar sexo na rede. O uso excessivo da rede, não
apenas com fins sexuais, parece afetar as relações sociais e afetivas.
- Usuários com conta ativa na rede
Twitter têm namoros e casamentos em média dois meses mais curtos. A hipótese
é que a vida social na web demanda tempo e atenção, o que interfere nos
relacionamentos “reais”. Talvez o sexo virtual seja atraente porque pode
proporcionar prazer imediato, sem o risco da frustração. A satisfação afetiva
e sexual é uma batalha diária, que depende do desejo e da disponibilidade do
outro. Ela leva tempo e exige intimidade para ser conquistada.
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