Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Humanos sem humanidade.

Dizem que são humanos, mas oprime o seu irmão, seja por questões de raça, cor, gênero, condição $ocial ou territorialidade. Milhares sofrem genocídio na África (e todo mundo calado), nas Arábias os xeiques do petróleo impõem os véus da hipocrisia enquanto acumulam incríveis fortunas (e todo mundo calado), sob o manto da religiosidade em nome de Alá, as pessoas são levadas ao paredão da intolerância (e todo mundo calado). E a mídia acompanha o que no momento vai dar mais audiência, se ucranianos matando russos, turcos eliminando curdos ou judeus e palestinos vendo se são mais eficazes no extermínio que os milicianos cariocas ou soteropolitanos (e todo mundo assistindo, calado!). 

Enfim, humanos sem humanidade são humanos?

sábado, 28 de outubro de 2023

Casamento: “lindo” e "brutal".

 É possível estar/ficar com alguém para o resto da sua vida e amar essa pessoa mesmo que não concorde com ela?

Afinal, são duas pessoas presas em uma fantasia conjunta sobre o que se pensa que a outra pessoa deveria ser. Uma experiência desleixada de amor incondicional.

Enfim, é inevitável: ambos acabam ficando “exaustos de tentar”.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Oposição e situação em Salvador.

 

Sobre as eleições municipais, vamos tomar como exemplo a disputa pela Câmara de Salvador em 2022. O desempenho dos partidos ficou assim: PT (17,82%); PCdoB (3,56%); PV (2,91%); PSD (4,65%) e o PSB (4,85%). Total: 33,78% dos votos para deputado federal. Logo, os 05 partidos da base de Jerônimo sugerem como viabilidade eleitoral a estratégia de candidatura única.

O problema está do outro lado: a base governista municipal liderada por Bruno Reis está robusta e competitiva, considerando as eleições para a Câmara dos Deputados: União Brasil (7,44%); Republicanos (10,54%); PDT (9,9%); PP (,35%); PSDB (2,21%). Total: 37,51% do eleitorado soteropolitano.

Bruno Reis teve pouco ou quase nada de desgaste, o que lhe dá clara vantagem na disputa para reeleição, visto que, governos com baixa avaliação negativa no eleitorado tendem à reeleição. Vale ressaltar que desde as eleições de 1996 todos os prefeitos soteropolitanos foram reeleitos. Afinal, dizem que a maioria do eleitorado de Salvador é de centro e necessariamente leva em consideração aspectos locais para a preferência do voto.

CONCLUSÃO: PT e PCdoB perdem mais tempo se desentendendo do que trabalhando na construção efetiva de lideranças estáveis com as carreiras políticas voltadas prioritariamente para se projetar nas bases eleitorais da capital baiana. Aliás, quem é Robinson Almeida mesmo, hem?

sábado, 21 de outubro de 2023

Política, por favor!

A política tem a ver com todos nós, assim todos devemos estar envolvidos nesse debate. 

“Não podemos prever como os outros vão nos ver no futuro, nem se aquilo que nos parece senso comum será visto como plausível para nossos descendentes” (Georg Hegel). 

“Política é uma questão muito séria para ser deixada para os políticos” (Charles de Gaulle).

Fazer com que o presente faça sentido exige um entendimento da variedade de ideias e teorias políticas concebidas ao longo da história. Essas ideias servem como uma explicação das possibilidades do presente, bem como uma advertência contra o excesso de confiança em nossos próprios valores políticos, e nos lembram que as exigências pela organização e governança da vida coletiva da sociedade mudam de maneiras que não podemos prever com certeza.

Conforme surgirem novas possibilidades para o exercício do poder, também surgirão novas demandas pelo seu controle e pela prestação de contas, e com elas virão novas ideias políticas e teorias. Assim, vejamos:

A política como luta para satisfazer as necessidades materiais em condições de escassez.

A política existe porque não podemos ter tudo o que queremos na hora em que queremos. A experiência humana exige concorrência, embates, concessões e luta pelas coisas. E nisso está envolvida a linguagem de interesses, tanto de indivíduos quanto de grupos – para explicar e justificar nossas demandas e para desafiar, contradizer ou satisfazer as dos outros.  Mas, também pode ser a linguagem de valores, tais como direitos e liberdades ou divisão igualitária e justiça.

A política é uma atividade complexa. No seu cerne está o desenvolvimento de ideias e conceitos que nos ajudam a estabelecer o que queremos e a defender nossos interesses. Em outras palavras, quem fica com o quê, onde, quando e como. 

A política como decisão de regras para viver e a busca coletiva de objetivos.

Com o advento de sociedades complexas, surgiram outras questões: quem deve governar? Que poder devem ter os governantes políticos e como as exigências para legitimá-los podem ser comparadas às outras fontes de autoridade, tais como a família ou as autoridades religiosas?

Nessa linha, o homem é melhor numa sociedade complexa do que abandonado e isolado. Existe, portanto, algo essencialmente humano a respeito das perspectivas de como as questões de interesse público devem ser decididas.

Quais fins ou qual é a finalidade da política? Quais os objetivos que a política pode ou deve atingir?

·       MORALISTAS POLÍTICOS (foco na moralidade): para esses, a vida política é um ramo da ética (filosofia moral). A política deve ser direcionada à conquista de objetivos relevantes, ou que os arranjos políticos devem ser organizados para proteger certas questões, tais como valores políticos: justiça, igualdade, liberdade, felicidade, fraternidade ou autodeterminação nacional. Crítica: em sua face mais radical, o moralismo produz descrições de sociedades políticas ideais conhecidas como utopias. O pensamento político utópico pode ser perigoso (quando justifica a violência totalitária) ou não perigoso (quando é parte de um processo de luta por uma sociedade melhor, sugerindo valores a serem buscados ou protegidos).

·       REALISTAS POLÍTICOS (foco no poder): a política tem a ver com o poder, que é o meio pelo qual os fins são alcançados, os inimigos derrotados, e as concessões, mantidas. Sem a habilidade de alcançar e exercer o poder, os valores – a despeito de quão nobres possam ser – são inúteis. Logo, eles concentram sua atenção no poder, no conflito, na guerra, e são, em geral, cínicos a respeito das motivações humanas. Crítica: os piores excessos são os fins justificarem os meios brutais ou injustos.

·       PRAGMÁTICOS POLÍTICOS (foco na utilidade): deixa os filósofos políticos anteriores de lado para se preocupar com o alcance dos melhores resultados possíveis – tradição pragmática. Retira o foco do problema da guerra e do conflito, bem como dos valores políticos, para se ocupar com o progresso, seja pelo desenvolvimento constitucional, a determinação de políticas ou a garantia de que os governantes tenham a maior estabilidade possível. Enfim, o pragmatismo está associado às habilidades e virtudes de um conselheiro sábio para retirar o melhor proveito delas.  Crítica: ao reduzir os acontecimentos a um foco puramente de utilidade, os pragmáticos políticos podem relativizar barbáries, legitimar desigualdades, rentabilizar crises ou esvaziar a sociedade de sentidos e valores humanos gratuitos.

·       IDEÓLOGOS POLÍTICOS (foco nas ideias): ideias são peculiares a períodos históricos distintos. Isto é, as ideias de cada período histórico diferem porque as práticas e instituições das sociedades são diferentes, e o significado das ideias muda com a história. E as fontes de políticas ideológicas são diversas: 1) classes sociais; 2) liberalismo; 3) conservadorismo; 4) socialismo; 5) nacionalismo... Assim, quais seriam os motivos de algumas ideias, como a igualdade, terem se tornado importantes, enquanto outras, como a escravidão e o direito divino dos reis, terem caído em desuso? Crítica: se as ideias fossem apenas um reflexo dos processos históricos, isso significaria que os indivíduos envolvidos nesses processos desempenhariam essencialmente um papel passivo, e que a deliberação racional e a argumentação teriam valor limitado.

Excentricidades políticas. 

·       Aristóteles achava que não se deveria permitir a todos os seres humanos a participação na atividade política: no seu sistema, as mulheres, os escravos e os estrangeiros estavam excluídos desse processo;

·       Platão e Aristóteles pensavam a democracia como um sistema perigoso e corrupto, ao passo que a maioria das pessoas no mundo moderno a veem como a melhor forma de governo;

·       O italiano Nicolau Maquiavel: sua visão da natureza humana enfatiza que os homens são “mentirosos ingratos”; não são nobres nem virtuosos. Logo, as motivações políticas têm riscos que vão além das preocupações com o exercício do poder;

·       O inglês Thomas Hobbes diz que o “estado de natureza” sem lei é aquele da guerra de todos contra todos. Por meio de um “contrato social” com seus súditos, um soberano exerce o poder absoluto para salvar a sociedade do seu estado bruto;

·       Regimes autoritários contemporâneos são encorajados a se democratizarem;

·       A escravidão já foi pensada como uma condição natural que excluía muitos de qualquer direito, e, até o século XX, a maioria das mulheres não era considerada cidadã;

·       A luta ideológica pode ser mais bem vista como uma competição entre times de futebol. A paixão, em vez da razão, seria mais importante na escolha por um time, e a vitória, em última instância, é o que conta. Muitos se preocupam que a política ideológica resulta nos piores excessos do realismo, no qual os fins justificam meios brutais ou injustos. A política ideológica parece ser uma luta perpétua, ou guerra, entre campos rivais e irreconciliáveis;

·       Quando Marx propôs como solução para o problema do conflito político o triunfo revolucionário das classes trabalhadoras e a vitória tecnológica sobre a escassez, não foi ele um tanto otimista? A mudança revolucionária não é a substituição de um tipo de tirania por outro? Assim, o marxismo e outras ideologias não seriam apenas a versão mais recente de um moralismo utópico irrealista?

·       Há uma tentação moderna que não é simples. O início do Estado moderno é quase o fim da história. É muito fácil ver-nos como a era mais progressiva, iluminada e racional de todos os tempos – afinal, acreditamos em democracia, direitos humanos, economia aberta e governo constitucional. Mas, essas não são de maneira alguma ideias simples e não são compartilhadas por todas as sociedades ou povos, nem mesmo hoje;

·       Os últimos 80 anos de história mundial viram o surgimento de novos estados-nações como resultado da retração e da descolonização imperial. Federações como a Iugoslávia e a Tchecoslováquia se fragmentaram em novos estados, assim como a ex-União Soviética. O desejo pela soberania nacional também é forte em lugares como Quebec, Catalunha, Curdistão e Cachemira. Ainda assim, enquanto povos lutam por seu Estado, outras nações desejam federações e uniões políticas complexas. As últimas três décadas viram a criação da União Europeia, que aspira maior união política, bem como área do NAFTA e muitas outras organizações para cooperação regional (como o BRICS). Enfim, velhas ideias de soberania estatal têm um papel incômodo na nova política mundial de soberania compartilhada, cooperação econômica e globalização.

ALGUMAS CONCLUSÕES:

1.     A vida política é em parte uma resposta necessária aos desafios da vida cotidiana e o reconhecimento de que a ação coletiva é quase sempre melhor que a individual;

2.     A política é a nobre atividade na qual os homens decidem as regras pelas quais viverão e os objetivos que querem buscar coletivamente;

3.     A política é o direito de governar a si mesmo e aos outros;

4.     A política é a única atividade coletiva direcionada a certas metas e fins comuns;

5.     A sociedade política existe com a finalidade das nobres ações, não por mero companheirismo;

6.     As ideias estão vinculadas aos interesses das classes sociais, tais como os trabalhadores ou capitalistas, os quais serviram de base aos grandes “ismos” da política ideológica, do comunismo e o socialismo ao conservadorismo e ao fascismo;

7.     As ideias políticas são uma abstração da vida de uma sociedade, Estado, cultura ou movimento político. Para que essas ideias façam sentido, bem como as instituições e os movimentos que elas explicam, é preciso examinar sua história e seu desenvolvimento. Tal história é sempre um relato de como chegamos ao ponto em que estamos hoje. O cuidado é ao olhar adiante e ver qual o rumo da história queremos tomar...

8.     O entendimento só acontece muito bem em retrospectiva. Daí, o cuidado que se deve ter com o otimismo de desenvolver ideias sobre os rumos do futuro. A política é dinâmica e um tanto imprevisível. 

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Trajetória da Democracia.

 

- a ideia de democracia é uma ideia que ganha configuração no Ocidente. Ela é uma invenção Ocidental. Não é uma ideia oriental, asiática, do ponto de vista de ação política pública.

- a China adota uma prática confucionista, na qual é forte a noção de dever na tradição, e a lógica do indivíduo está conectada ao imediato da família.

- na Índia, em que vigora a noção de casta, a possibilidade de pensar a democracia alcança menos valor do que teve a independência. O que existe na prática é um país que conserva, ainda hoje, a organização por castas.

- Nem no seu próprio berço, no século V a.C., a democracia era valorizada como o foi depois. Por exemplo, para o filósofo Platão, a democracia era algo a ser evitado.

- No mundo romano até a República, a noção de democracia não ganha espaço, não se impõe. Patrícios e plebeus convivem, mas a noção de classe é mais forte: classe dos cavaleiros, dos seniores, dos juniores, e assim por diante.

- No mundo medieval no Ocidente, a noção de democracia evidentemente não viria à tona porque o que predomina é uma autocracia religiosa em grande parte e uma soberania que começará a ser ameaçada quando desponta o mundo do Renascimento, aquilo que se chamava de monarquia esclarecida.

- É a modernidade que vai trazer a democracia como possibilidade de um valor do indivíduo. Porém, é só a segunda metade do século XX que vai colocá-la como o horizonte e trazer a sua valorização. Nossa colonização começou em 1500 e até 1808 nem nação éramos ainda. Nossa Proclamação da República é de 1889. Quer dizer que há 134 anos alguém era propriedade de outro, e tem muita gente hoje que ainda o é... A primeira vez que todos os cidadãos, a partir de 16 anos, inclusive analfabetos, puderam votar de forma facultativa ou obrigatória no Brasil foi em 1989, graças às alterações introduzidas pela Constituição. Ou seja, nós tínhamos 489 anos sobre 523 de história quando o analfabeto pôde votar no país. Em 523 anos de história de cruz, pólvora e chicote, temos só 35 anos de democracia formal, certo? Se calcularmos a participação política da população ao longo de toda essa nossa trajetória, ela *não chega a 5% da história.*

- o que ainda é valioso lembrar sobre a democracia no Brasil? Os movimentos sociais, que contra a carestia, pela terra, entre outros. Vemos que o debate sobre propriedade no Brasil continua sendo feito só pelo MST, que ainda é um remanescente das discussões dos anos de 1960 e 1970 da Igreja Católica no Brasil. Os movimentos sociais trouxeram a necessidade de uma presença da democracia como igualdade de participação.  

- e a boa discussão hoje no campo democrático não é só a corrupção, mas a apuração. A informação sobre a corrupção, a indignação em vários níveis e, especialmente, a possibilidade de iluminá-la. A democracia, felizmente, se tornou um valor a ser protegido.

Enfim, isso significa o quê? Que estamos perdidos? Não, apenas é outro processo histórico. A democracia precisa ser universalizada! É preciso olhar o conjunto, analisar a realidade em perspectiva.

Teses 2023.

 

TESE 1: a ultradireita está politizando a violência porque ela enfraquece a democracia e fortalece fanatismos e totalitarismos, tanto a nível nacional como internacional. A migração do crime para Salvador e a suposta falha no sistema de defesa em Israel não são casuais. Afinal, o uso da força e a imposição do medo enfraquecem a capacidade de acreditar nos bons projetos sociais de inclusão. O verdadeiro alvo dessa batalha é a nossa capacidade de pensar e de votar corretamente!

Guerras liberais e o Fascismo.

 Apesar das dificuldades, os países em desenvolvimento recebem 70% dos refugiados do mundo. 

Qual a consequência mais nefasta disso?

Essas guerras são liberais. A motivação não é distribuição de renda, mas poder, tomada de território e questões religiosas. Servem para produzir mais desigualdade e fomentar totalitarismos, além de movimentar o capital da indústria bélica.

A história está aí para ilustrar. A Primeira Guerra Mundial foi travada dessa forma. Os feridos, as viúvas e os órfãos de quem morreu não receberam nenhum apoio sequer. Foi cada um por si. Não houve projeto, ao longo ou depois da guerra, para integrar aqueles que tiveram a cara arrebentada. Resultado: essa multidão vai formar os bolchevistas na União Soviética, os fascistas na Itália, os nazistas na Alemanha, e assim por diante. Aí quando veio a Segunda Guerra Mundial foi a palavra democracia passou a ganhar valor. A história se repete? O que vai acontecer com essa leva gigantesca de emigrantes fugindo da guerra e da fome na África? E a demanda deixando a Ucrânia e Israel? E tudo isso quando as mudanças climáticas deixam o planeta mais inabitável.

CONCLUSÃO 1: as duas grandes guerras produziram uma espécie de "plebeização da política", ou seja, uma multidão de renegados e desvalidos que entrou na política da pior forma como massa de manobra nazista, fascista, vendendo a ideia de que “agora os imbecis têm voz e o gado pode mungir”. São grandes massas incorporadas de forma distorcida na arena política e social que vão alimentar o fanatismo e o totalitarismo. Uma multidão muito maior, que já votava, começa agora também a opinar, a intervir mais nas questões políticas – e isso muda tudo (numa direção que não é a mais desejável)! A maneira correta de inserir o povo no sistema político é com educação e igualdade de oportunidades e condições. Logo, precisamos bater no analfabetismo e na miséria se não quisermos ver a democracia se sucumbir com o povo elegendo ditadores e ditaduras. A gente ver perfis de políticos que têm muito a contribuir, mas que não vencem porque o povo bota outra figura lá.

CONCLUSÃO 2: Os ricos não querem resolver o problema do boom da população mundial pela via da distribuição de renda. Eles vão forçar o controle populacional pela morte massiva decorrente de guerras, doenças, necropolítica e genocídios.

Enfim, as guerras atuais enfraquecem as democracias no mundo e estão sendo motivadas por interesses da ultradireita. A suposta falha do Benjamin Netanyahu e o furo no sistema de defesa que resultou o estopim da guerra no dia 7 precisa ser investigado. Já tem jornal apontando que o culpado foi o próprio. Tipo a suposta falha em Brasília do 8 de janeiro. Rsrs

Liberalismo e Socialismo.

 

É preciso pensar a política como síntese, a democracia como síntese. Política é concerto ou acordo para a vida coletiva, tendo o Estado como “concertador”, como mediador da sociedade civil. 

Na verdade, todo aquele que atua na área educacional precisa trazer o tema da política para o espaço escolar. O que não se deve é partidarizar seu estudo, porque isso bloquearia o tratamento da política como bem comum. A política partidária é apenas uma vertente do tema, mas não é a única nem a melhor. Eu faço política escrevendo, dando aula; faço política no meu prédio, no meu bairro, na convivência com minha família; no modo como me relaciono com as pessoas com quem trabalho e assim por diante.

A melhor posição para os intelectuais públicos não é a de iluminista, farol ou pontífice, mas de pessoas que, pedagogicamente, têm a tarefa de contribuir para a construção das referências. Sendo assim:

Características do liberal autêntico ou do liberalismo verdadeiro: essa é a essência do liberalismo, que é muito respeitável, embora infelizmente a maior parte dos liberais não tenha essa compreensão.

1.     Cada pessoa deve ser o mais livre possível para florescer em sua atividade responsável;

2.     O importante é que todos tenhamos o mesmo ponto de partida;

3.     Se uma pessoa tiver uma deficiência que dificulte sua vida, ela é compensada – seja um problema de visão ou de movimento, seja o fato de ter tido uma formação educacional insuficiente;

4.     Até mesmo uma política de cotas e a ação afirmativa são aceitáveis;

5.     Contudo, segundo essa lógica, se é justo propiciar a todos que tenham condições similares no ponto de partida, não é preciso garantir que o ponto de chegada de todos seja o mesmo; isso dependerá do uso que cada um fizer de sua liberdade.

Características do socialismo: há uma essência socialista.

1.     Que o Estado intervenha para assegurar certos equilíbrios sociais, os laços sociais;

2.     A essência socialista é a solidariedade: em vez de apostar em cada um, entender que a maior parte das ações deva ser coletiva e deva reforçar os laços entre nós.

Enfim, escolher entre essas duas posições é vital na democracia. É bem diferente de votar num candidato porque seu adversário seria corrupto ou desonesto. Nossa atual discussão política demoniza o adversário – e, com isso, ele fica pobre. Para contestar o outro, investigo se ele teve uma conduta corrupta, antiética ou imoral. Seguramente, política não é isso.

“Idiotas” e “não-idiotas”: por que tem gente que não participa?

Entenda a diferença entre “liberdade pessoal” e “liberdade política”.

PARTE I: a “liberdade pessoal” é “idiota”.

Idiota (em grego, idiótes) é aquele que só vive a vida privada. Aquele que vive fechado dentro de si e só se interessa pela vida no âmbito pessoal. Essa liberdade pessoal pressupõe uma sociedade diversificada, pois podemos fazer escolhas sem postura social ou “politicamente correta” (por exemplo, jantar em um restaurante indiano sem ser hinduísta ou ir a uma igreja evangélica sem ser cristão). Essa possiblidade ou oportunidade de viver é entendida por muitos de nós, modernos, como algo positivo.

Para a sociedade moderna, há liberdade com pouco envolvimento direto com a política. Aqui, o ser livre toma conta apenas do próprio nariz, sem se importar com o “politicamente correto”, ou seja, a pessoa se expressa ao seu modo, veste do seu jeito e gosto, tem a orientação sexual de seu agrado, está num grupo de WhatsApp e optar por não se posicionar sobre isso ou aquilo, etc. Aqui, mesmo você dizendo a uma pessoa que “isso é veneno ou cloroquina”, ela pode escolher beber se quiser. É como se a pessoa questionasse: “A lei pode me impedir de fazer mal a mim? Pode determinar que eu não fume porque isso fará mal à minha saúde?” *O avanço da noção de indivíduo, desde a Renascença, foi decisivo para o desenvolvimento deste tipo de liberdade.*

Talvez isso em si não seja ruim. Afinal, a conquista das liberdades individuais/pessoais rompeu com a violência imposta para se conseguir o ajuste de comportamentos ao que é socialmente desejável (matar pessoas, levá-las à fogueira ou ameaçá-las). O que é prejudicial e negativo (ou, pelo menos, preocupante) é a pessoa só se limitar a isso e apresentar o total desinteresse ou completo distanciamento pelo outro tipo de liberdade ou não enxergar alguma conexão com ela – a liberdade política mais ampla. A política vista como convivência. Portanto, que recusa essa política, que diz não à política. Que diz: “Não me meto em política!” ou “Não me importo com o outro!”.

I.I – Bolsonaro é idiota e pratica mais a “liberdade pessoal”.

Ainda assim, vale ressaltar, existem determinados modos de fazer política. Muitos indivíduos se servem da sua liberdade pessoal para praticar uma política stalinista ou uma política ditatorial, como o ato de Jair Bolsonaro decidir participar de movimentos da extrema direita pedindo a volta da ditadura, o fechamento do Congresso, do STF e do Senado, e intervenção miliar. “Sou livre até para pedir a ditadura?”.

Ou seja, o problema da liberdade individual é o individualismo obsessivamente excludente. Aqui o indivíduo é substituído pelo individual, entendido como exclusivo, e não como identidade (como os padrões de comportamentos criados pela ideologia da sociedade industrial ou da indústria cultural). Tem também um pequeno grupo privilegiado de pessoas (aquelas com mais condições econômicas ou mais autonomia intelectual) que podem fazer escolhas pessoais mais livres. Ou seja, também sou constrangido – conscientemente ou não – a uma série de práticas que suponho serem minhas escolhas no mundo do consumo, da indústria cultural, mas que não são realmente minhas. É aí onde beiramos o abismo social de um traço característico do moderno, isto é, de uma ideologia cujas plataformas são egoisticamente imperativas e autodestrutivas (e é neste ponto onde estamos na atualidade).

Daí o indivíduo perguntar: “Mas e meu direito de sair com meu carro quando quiser, ou de fazer ruído até a hora que eu desejar?”. Ou ainda: “Como estou dirigindo? Mal? Dane-se, o caminhão é meu”. Essa lógica “do caminhão é meu” significa “eu faço o que quero, sou livre”. Ora, esse exercício da liberdade como soberania é algo que se aproxima da ideia de “idiótes”. Não sou soberano. Entretanto o indivíduo afirma: “Eu sou soberano sobre mim mesmo”.

É muito melhor entender-se como “unidade autônoma” e não “unidade soberana”, porque...

A) a palavra “soberano” vem do latim “superanus”, super (sobre), aquele que está acima de todos e não se subordina a ninguém.

B) já a palavra “autonomia” (autós = por si mesmo e nómos = o que cabe por direito ou dever) indica limites oriundos da vida em meio a outras pessoas, também elas autônomas.

Enfim, “[...] essa lógica ‘do caminhão é meu’ significa ‘eu faço o que quero, sou livre’. Ora, esse exercício da liberdade como soberania é algo que se aproxima da ideia da idiótes. Não sou soberano. Entretanto o indivíduo afirma: ‘Eu sou soberano sobre mim mesmo’. Mas ser soberano sobre si mesmo não é política. Ou será que é?”.

PARTE II: a “liberdade política” é “não-idiota”.

O “não-idiota” ou a liberdade política é um ser livre no sentido de que, para além de sua liberdade pessoal, se envolve na vida pública, na vida coletiva. E, francamente, nem se pode separar dela ainda que quisesses, pois, “somos um animal político”.

Viver é conviver, seja na cidade, ainda que em casa ou prédio, seja no país, seja no planeta. A vida humana é condomínio. E só existe política como capacidade de convivência exatamente em razão do condomínio.

Um exemplo prático vem da aprovação em São Paulo da lei limitando o uso do tabaco em público. A lei não tem como alvo maior a negação da liberdade individual em si. Não se proíbe ninguém de fumar, mas de fazer o outro aspirar o seu fumo. A proibição visa evitar que não fumantes sejam constrangidos pelos fumantes. Além do mais, quem disse que você escolheu tão livremente fumar assim? Quem disse que não houve uma propaganda maciça para levar você a escolher fumar (ou a escolher comida gostosa, escolher engordar)? Que liberdade é essa?

A liberdade individual é idiota porque leva o indivíduo a agir sem pensar no outro. Ela é a negação da solidariedade inevitável. E é pelo motivo oposto que a liberdade política não é idiota. Mesmo uma pessoa que decida se matar, ela vai causar algum impacto alheio. Portanto, nenhum ser humano é uma ilha. Nossas liberdades individuais são preciosas, mas se elas existem é graças ao coletivo e sua rede de convivência, à qual precisamos ter zelo e algum compromisso.

Aí a pergunta: por que não participamos ou temos muita dificuldade de participar?

É a modernidade que vai trazer a democracia como possibilidade de um valor do indivíduo. Porém, é só a segunda metade do século XX que vai colocá-la como o horizonte e trazer a sua valorização. No Brasil, ainda é mais recente. Nossa colonização começou em 1500 e até 1808 nem nação éramos ainda. Nossa Proclamação da República é de 1889. Quer dizer que há 134 anos alguém era propriedade de outro, e tem muita gente hoje que ainda o é... A primeira vez que todos os cidadãos, a partir de 16 anos, inclusive analfabetos, puderam votar de forma facultativa ou obrigatória no Brasil foi em 1989, graças às alterações introduzidas pela Constituição. Ou seja, nós tínhamos 489 anos sobre 523 de história quando o analfabeto pôde votar no país. Em 523 anos de história de cruz, pólvora e chicote, temos só 35 anos de democracia formal, certo? Se calcularmos a participação política da população ao longo de toda essa nossa trajetória, ela *não chega a 5% da história.*

- o que ainda é valioso lembrar sobre a democracia no Brasil? Os movimentos sociais, que contra a carestia, pela terra, entre outros. Vemos que o debate sobre propriedade no Brasil continua sendo feito só pelo MST, que ainda é um remanescente das discussões dos anos de 1960 e 1970 da Igreja Católica no Brasil. Os movimentos sociais trouxeram a necessidade de uma presença da democracia como igualdade de participação.  

Enfim, isso significa o quê? Que estamos perdidos? Não, apenas é outro processo histórico. A democracia precisa ser universalizada!


CONCLUSÃO:

Toda liberdade política é uma liberdade pessoal, mas nem toda liberdade pessoal dá conta da liberdade política. Por isso, a liberdade pessoal sozinha não basta a si mesma, nem está acima da liberdade política. Por ser parte de um todo maior, ela tem implicância com algo mais.  

E a saída para se preservar e resguardar as liberdades individuais dentro de uma ideia mais abrangente de política se chama DEMOCRACIA. Numa sociedade democrática é possível garantir muitas liberdades individuais ou pessoais sem perder a sintonia da orquestra, isto é, do todo político.

Nos melhores momentos, talvez consigamos fazer com que haja convergência entre liberdade pessoal e liberdade política sem nos destruirmos. Mas, aí, estaria implicada a capacidade de respeito, de tolerância, de consenso, de não imposição de um jeito sobre o outro. Vale dizer, de civilidade. E é nesse caminho do consenso que a sociedade, e todos nós, ainda precisamos avançar: CONVIVER COM A DIVERSIDADE, O MAIS POLÍTICO DOS ATOS.

Uma das coisas que geraram a ideia do outro como indivíduo, com direitos a ser preservados, foi a escravidão humana. Quando, há alguns milhares de anos, se travavam guerras entre as comunidades – entre países, nações, como seriam chamadas depois –, o que se fazia com o inimigo era degolá-lo; ele não era reconhecido como alguém que precisava ser preservado. Com a introdução da escravatura, ele passou a ser um outro no sentido até de produto ou objeto. Então ao ser capturado, em vez de morto, ele era preservado para poder trabalhar, tornou-se necessário em alguma medida nos direitos dele. O consenso nada mais é que, num determinado momento, um acordo relativo a um ponto. É possível ter um consenso estabelecido entre uma minoria, pois ele não é necessariamente a decisão da maioria. O consenso é o anúncio de que vai evitar o confronto. Para viabilizar a convivência, admitimos que uma determinada decisão prevaleça. Por vezes, aceitamos o consenso para evitar um confronto simplesmente por cansaço, por fastio. É algo comum em casais, por exemplo. Chega um momento em que um dos dois concede: ‘Está bem, você está certo’. Uma concordância que nada mais é que uma forma de evitar o confronto. 

Nós e as ações indispensáveis.

 

·       Pontos que dizem respeito a todos nós.

- a participação na vida pública;

- o embate entre liberdade pessoal e bem comum;

- os vieses de escolhas e constrangimentos;

- o descaso dos mais jovens em relação à democracia;

- a importância da ecocidadania.

·       Ações indispensáveis:

- o trabalho com política na escola;

- o papel da educação nesse campo;

- como desenvolver habilidades de solução de conflitos e de construção de consensos;

- desenvolver o exercício diário da cidadania;

- conviver: o mais político dos atos;

- entre o confronto e o consenso: formas de lidar com as diferenças.

33 ideias...


1.     A finalidade da política é a felicidade (Aristóteles).

2.     Liberdade até para discordar sem ser eliminado (Mário Sérgio Cortella).

3.     É na política que o indivíduo se destaca (não necessariamente se dilui).

4.     Nunca se é neutro na história (Mario Sérgio Cortella).

5.     “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar” (Eduardo Galeano).

6.     “Zombei de todo pensador que não zombou de si mesmo” (Nietzsche).

7.     “Sem tesão não há solução nem revolução” (Roberto Freire, psicanalista).

8.     “Ética é vida boa, para todos e todas, sem instituições justas” (Ives de la Taille).

9.     “A verdade é que há certa satisfação na aparência” (Mario Sérgio Cortella).

10.  “Mais do que benefícios sociais que melhoram a vida do indivíduo, é algo que possa empoderá-lo enquanto cidadão. Ganhar benefícios ajuda, mas tornar-se sujeito de suas escolhas com essa ajuda, ajuda muito mais! As pessoas precisam ser senhoras da própria vida, COLETIVAMENTE” (Renato Janine Ribeiro).

11.  É preciso aprender a agir sem o Governo mandar.

12.  O alcance do horizonte tira a procura. Então, é preciso mirar novos horizontes...

13.  O horizonte pode ser uma meta ou um impedimento. Quando é um impedimento é um horizonte adversário, no qual preciso ser protagonista porque tenho um antagonista. O adversário é alguém importante porque ele desperta em nós o nosso instinto de defesa e também a nossa pulsão vital.

14.  “Os ausentes nunca têm razão”.

- Embora pudessem estar com alguma razão, eles a perdem pelo fato de se ausentarem.

15.  Talvez se ache que uma “política ditatorial” é uma contradição... Mas, não. Ela também existe!

16.  Idiota (idiótes): “aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política”. Aquele que vive fechado dentro de si e só se interessa pela vida no âmbito pessoal. “Não me meto em política!”.

17.  A corrupção aumentou ou apenas se tornou mais visível?

18.  O ponto que é a conexão entre liberdade, democracia e política...

19.  Não há liberdade fora da política. Quer dizer, o idiota não é livre porque toma conta do próprio nariz, pois só é livre aquele que se envolve na vida pública, na vida coletiva.

20.  A conquista das liberdades individuais/pessoais rompeu com a violência imposta para se conseguir o ajuste de comportamentos ao que é socialmente desejável (matar pessoas, levá-las à fogueira ou ameaçá-las).

21.  É preocupante pensar que somos governados por determinações das quais mal temos consciência. Somos alvo de n constrangimentos.

22.  É ótimo que ninguém seja morto por divergir das correntes dominantes na política ou mesmo no comportamento.

23.  A política seria uma maneira de lançarmos luz sobre essas teias invisíveis que nos dominam e tentarmos controlá-las.

24.  “[...] Essa lógica ‘do caminhão é meu’ significa ‘eu faço o que quero, sou livre’. Ora, esse exercício da liberdade como soberania é algo que se aproxima da ideia da idiótes. Não sou soberano. Entretanto o indivíduo afirma: ‘Eu sou soberano sobre mim mesmo’. Mas ser soberano sobre si mesmo não é política. Ou será que é?” (pp. 12-13).

25.  O mais político dos atos é CONVIVER. A política é vista como convivência coletiva.

26.  As Leis existem para lembrar aos indivíduos que eles também têm obrigações, deveres, e não somente direitos. Sem a obrigação, sem os deveres, ocorreria a destruição completa da ideia de imposto, da ideia de voto, da ideia de construção de um espaço público.

27.  Entender-se como “unidade autônoma” e não “unidade soberana”, porque...

A) a palavra “soberano” vem do latim “superanus”, super (sobre), aquele que está acima de todos e não se subordina a ninguém.

B) já a palavra “autonomia” (autós = por si mesmo e nómos = o que cabe por direito ou dever) indica limites oriundos da vida em meio a outras pessoas, também elas autônomas.

28.  Política implica direitos, deveres, convivência e participação em determinadas situações.

29.  Tudo que é indispensável para o bem comum merece participação, isto é, merece alguém que se junta a outro (s) para pedir justiça. Daí a palavra “sindicato” que significa aqueles que se juntam para defender interesses comuns, para fazer justiça...

30.  A convivência exige algum grau de constrangimento individual, ele é necessário para a vida em sociedade, mas há épocas em que isso se intensifica.

31.  A liberdade é algo natural para o ser humano. Questão cultural? Não somente! Sentimos a liberdade como natural – tanto é assim que não a percebemos quando está presente, mas logo nos damos conta de sua ausência.

32.  Em psicologia, chama-se amnésia da primeira infância o fato de a pessoa não se lembrar de praticamente nada que lhe aconteceu até os cinco anos de idade.

33.  O que nos torna mais humanos é justamente a capacidade do exercício da política como convivência e como conexão de uma vida.