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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 28 de maio de 2022

Ritmo lento...

Ministério da Saúde amplia a recomendação da dose de reforço para adolescentes de 12 a 17 anos. Ela deve ser aplicada 4 meses depois da 2ª dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer.

Os casos leves estão provocando a falsa impressão de que a dose de reforço nem sempre é necessária. Houve falha na comunicação, e é preciso investir numa séria campanha de vacinação, sobretudo entre essa população mais jovem (18 a 24 anos) que está com baixíssima cobertura vacinal. Afinal, há perde de resposta imunológica e as pessoas não estão se dando conta que estão voltando a ficar desprotegidas.

Justo agora que a taxa de transmissão do coronavírus voltou a ficar acima de 1,0. Agora em maio, cada 100 pessoas estão infectando outras 101 pessoas. Os testes positivos estão apresentando índices crescentes semanalmente. Tudo isso indica que medidas protetivas devem continuar, como uso de boas máscaras em locais de aglomeração.








Petróleo: analisando uma imagem...

O mercado mundial de combustíveis está abalado, e isso coloca o mundo em situação de alerta porque influencia diretamente no fornecimento de energia que move a economia global. Repare...

Ano de 2016: o petróleo estava barato. As petrolíferas não achavam que era bom investimento a perfuração de mais poços (e petróleo não é renovável, ou seja, consumiu acabou, se você não investir em novos poços e só ficar com o que tem, a produção cai na casa dos 10% a 12% ao ano). Além disso, estavam no auge das discussões as energias renováveis (solar, eólica, biomassa) que prometiam ganhar mais espaço no armazenamento de energia com novas tecnologias (e não decolou tanto assim). Assim, como não houve grandes investimentos, o mundo todo teve uma queda nas reservas de petróleo. E isso explica o comportamento da linha no próximo ano...  

Ano de 2020: o preço do petróleo aumentou, e mesmo assim as petrolíferas lucraram, porque não investiram mais tiveram maiores ganhos com a alta do preço. E o que aconteceu neste ano? A Pandemia. A paralisação reduziu a frota de carros e voos, e o consumo do petróleo despencou. Mas, as vacinas chegaram e trouxeram junto as flexibilizações. A retomada da economia explica o próximo ano...

Ano de 2021: O consumo voltou com força, mas os investimentos estavam parados. E essa demanda reprimida fez...

Ano atual de 2022: O gráfico dos preços subiu rapidamente. É basicamente uma crise de oferta. É a melhor hora para se fazer uma guerra? Sim e Não. “Sim” para o Ocidente que está usando a crise global para derrubar a reputação da Rússia. “Não” porque a Rússia deixou de vender petróleo para a Europa com as sanções impostas (e desviar sua venda para China, Índia e Paquistão). Enfim, o lado Ocidental está em crise.


Análise atual: Biden implora para as petrolíferas produzirem mais petróleo, mas não é assim tão rápido e fácil (demora anos, pois só para garantir um navio de plataforma demora de 3 a 4 anos). Para um campo novo de petróleo entrar em produção, considerando aspectos físicos e legais, é na casa de 5 a 7 anos. Putin também não tem tantas condiçõe$ de aumentar a produção, e o que está vendendo lá pelo Oriente mesmo teve que fazer novas rotas com o bloqueio dos oleodutos para a Europa (e aí o preço de transporte sobe).

E quando se volta para o Brasil, e a crise na Petrobrás criada pelo Governo Bolsonaro e sua política de paridade em dólar, tudo fica pior. Logo, não há uma solução imediata e o pessoal está enchendo menos o tanque. Além da alta do diesel e da gasolina, há um impacto em cadeia nos transportes e atinge também os alimentos com os fretes. O brasileiro está pagando em média R$ 7,28 pelo litro da gasolina, recorde histórico de 18 anos! Diesel R$ 6,61 e R$ 5,54. 

Enfim, inflação descontrolada num mercado de grande desemprego e baixa renda, o que isso significa? Mais miséria. No capitalismo não há solução fácil para o trabalhador/consumidor. Se o preço está alto o que faz diminuir a procura, pode até ajudar a controlar o valor dos produtos. Mas, ao mesmo tempo em que uma queda no consumo pode ajudar a controlar a inflação, pode também acabar desacelerando a economia e levar todo o mundo a uma recessão.


·         De olho no custo eleitoral da alta dos combustíveis. 4º presidente no Governo Bozo. Só ficou 40 dias. É um dos Secretários de Guedes no Ministério da Economia. Em 2019 passou da iniciativa privada para a área pública.





 


sexta-feira, 27 de maio de 2022

Retorno presencial e aumento dos casos de violência entre alunos nas escolas de SP.

 “É na escola que esses sentimentos de tristeza, angústia, medo, preocupação, menos-valia, de não ter aprendido, de saber menos, de não conseguir se organizar ou se disciplinar da maneira que os professores estão querendo que vão se manifestar de algum jeito. Então surge a violência de diversas formas: com agressões a si, que são as violências autoprovocadas ou com agressões aos outros”.

- é consequência da falta de convívio social durante a pandemia.

- retomada de aulas presenciais provoca muitos casos de violência.

- o aumento dos conflitos levou as escolas a reforçar os programas que promovem o diálogo entre os estudantes, com atividades presenciais ou remotas. São sessões que todos se expressam. Dão e recebem apoio (quem já foi vítima ou algoz).

- ampliar as sessões com psicólogos e abrir as escolas aos fins de semana para aproximas as famílias do ambiente escolar. Desenvolver atividades de convivência, de respeito e atividades sócio emocionais.

- o longo período de escolas fechadas, por causa da pandemia, afetou o comportamento dos estudantes. 



quinta-feira, 26 de maio de 2022

Como combater a desigualdade?

 “A redução da desigualdade não é só possível, mas também alcançável. A pandemia nos mostrou que seguir as políticas manipuladas de ontem é uma receita que resulta em mais catástrofes. Ninguém deve viver na pobreza; ninguém deveria viver com tamanha riqueza bilionária inimaginável; a desigualdade não deve mais matar. A única saída para esta crise é mais igualdade” (Oxfam, Lucrando com a dor, pp. 12-13).

O caminho a seguir...

1.      Os governos precisam adotar medidas fiscais progressivas, tais como:

A)    Um imposto patrimonial permanente para os mais ricos;

B)    Um imposto pandêmico urgente sobre os lucros excessivos das maiores corporações do mundo;

C)    Um imposto de solidariedade pandêmico urgente de 99% sobre a nova riqueza bilionária.

2.      Os governos devem aumentar a proteção social, implantar controle de preços, cancelar as dívidas dos países mais pobres, redirecionar os Direitos Especiais de Saque (SDRs) para os países mais pobres e introduzir impostos mais jutos;

3.      Os governos podem evitar a crise do custo de vida que a população enfrenta, contendo os lucros corporativos e o crescimento excessivo da riqueza bilionária;

4.      Um plano de resgate econômico, instando tomadores de decisão a agirem para evitar os danos causados pela inflação rápida e construir um mundo mais sustentável;

5.      Os governos devem implantar medidas tributárias altamente progressivas que, por sua vez, devem ser usadas para investir em medidas poderosas e comprovadas que reduzem a desigualdade, como proteção social universal e saúde universal.

Enfim, os governos devem ser responsabilizados – e os direitos das pessoas protegidos – para garantir que o dinheiro seja gasto dessa maneira. Para isso, precisamos fortalecer as democracias populares e combater as corruptas, pois o vírus da elite financeira está infectando esses governos populares legítimos para converter financiamento público em riqueza privada.



terça-feira, 24 de maio de 2022

O impacto da pandemia no ensino.

 Estudantes brasileiros chegam ao 3º ano do ensino fundamental sem saber ler. E chegam ao ensino médio sem entender o que leem. São milhares de estudantes brasileiros chegando no Ensino Médio, isto é, terminando o 9º ano, sem conseguir ler fluentemente.

Na verdade, isso já era um problema que se aprofundou e agravou-se com a pandemia.

 É preocupante o quadro de aprendizado em Língua Portuguesa:

·         Mais da metade estão chegando ao 3º ano do Ensino Fundamental sem ter habilidades básicas de leitura, como reconhecer personagens de uma história. E 13% continuam assim ainda no 6º ano.


·         1 em cada 3 termina o Ensino Fundamental sem conseguir ler com fluência, e dificuldades com a ortografia. 

 “É fundamental garantir a alfabetização na idade certa, porque as crianças nessa idade precisam consolidar esses conhecimentos e essas habilidades para conseguirem finalizar sua trajetória escolar em toda a educação básica com sucesso, ou seja, tudo aquilo que ele tem direito de aprender nesse período”. 

Precisamos criar formas de ensinar os alunos a gostarem de ler. O MEC precisa criar uma política nacional para multiplicar iniciativas nessa direção por todo o país. Afinal, essa é a grande atribuição do Governo Federal – coordenar os esforços de Estados e Municípios para que haja um alinhamento sempre com base naquilo que funciona. 


domingo, 22 de maio de 2022

A pandemia cobrou um preço mais alto das mães.

 

Quando as escolas fecharam as portas e as crianças tiveram que ficar em casa, muitas mulheres foram obrigadas a abrir mão do emprego.

Cai a participação de mulheres com filhos no mercado de trabalho. Desligadas e invisibilizadas assim que se tornam mães. O impacto do nascimento de um filho na participação de homens e mulheres no mercado de trabalho (que já é historicamente desigual). O estudo levou em conta só as pessoas casadas:

- Quando ainda não tem filhos, 7 em cada 10 homens (71%) em idade ativa estão no mercado de trabalho. Nessa mesma situação, são 48% das mulheres. É uma diferença de -21,66 p.p

- Quando nasce um bebê, essa desigualdade mais que dobra (-49,56 p.p).

- Historicamente, as atividades do lar e a maternidade estão associadas às mulheres. E quanto mais tempo se fica fora do mercado de trabalho, você deixa de se qualificar e ganhar experiência, ficando ainda mais difícil para ser reinserido.

É tarefa do poder público dar condições às mulheres para continuarem empregadas, mesmo depois da chegada dos filhos. O Estado precisa garantir os cuidados pelas redes de creches e pré-escolas e educação em tempo integral. Assim, as mulheres terão mais oportunidade de adentrar e permanecer no mercado de trabalho, aumentando a renda da família. Tudo isso contribui para o consumo, a produção e o investimento, tendo um impacto generalizado sobre o próprio crescimento econômico.




segunda-feira, 9 de maio de 2022

Trinta sequelas e sintomas persistentes da Covid-19.

 “Não jogamos contra um único inimigo, jogamos contra o vírus e as suas questões agudas mas também contra uma reação imunitária exagerada que chegou a causar mortes. E ainda um terceiro inimigo, que deriva do segundo, percebemos que existem reações desreguladas ao vírus que podem ter um eco futuro e não se percebem num primeiro momento.”

Entre as sequelas mais comuns da Covid-19, o médico aponta fadiga, dificuldade respiratória e disfunção cognitiva. Na prática, as suas consequências traduzem-se em alterações inesperadas do ritmo cardíaco, arritmias, disfunções do sistema digestivo que persistem”. há doenças cujo número de casos parece ter aumentado no pós-covid, nomeadamente a diabetes...


“Infelizmente, vamos tendo cada vez mais casos destes, a expectativa é de que venha muita gente a ser afetada, ainda vai ter um impacto social importante”.

“É esperado que haja algum impacto do ponto de vista social e econômico, para além do impacto nos serviços de saúde”, refere, acrescentando que ainda não existe uma “imagem clara” da frequência da Covid-19 a longo prazo e suas sequelas, mas que serão certamente precisos muitos recursos para a “marcha diagnóstica” necessária nestes casos, que incluem a realização de exames complementares ou referenciação dos doentes para diferentes especialidades."

A lista:


Fadiga

Dor de cabeça

Dificuldades respiratórias

Dor de garganta

Lesões pulmonares

Dor no peito

Tosse persistente

Dor muscular e articular

Ansiedade

Depressão

Insônias

Dificuldade de concentração

Névoa mental

Perda de memória

Perda de olfacto

Perda de paladar

Irritações cutâneas

Perda de apetite

Vômitos

Dor abdominal

Refluxo gastroesofágico

Diarreia

Incontinência urinária e fecal

Alterações no ciclo menstrual

Queda de cabelo

Arrepios

Suor abundante

Arritmias e palpitações cardíacas

Inflamação do miocárdio

Edema dos membros



REFERÊNCIA:

CNN Brasil: Trinta sequelas e sintomas persistentes da Covid-19; confira a lista.

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/trinta-sequelas-e-sintomas-persistentes-da-covid-19-confira-a-lista/ 

Violência sexual contra crianças e adolescentes dobraram em 2022!

 

·         As denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes dobraram neste ano. Elas mais do que dobraram comparado com o começo da pandemia (aumento relacionado a volta às aulas presenciais).

- a escola presencial é uma grande aliada.

- o papel fundamental da escola em denunciar esses casos.

- os professores ajudam a identificar mudanças de comportamento dos alunos (leva a mais informação dessa realidade). Violência física, psicológica e sexual.

- mais da metade dos agressores identificados vive na mesma casa das vítimas (padrasto, pai, madrasta ou mãe).

- Sintomas:

A) fala mais agressiva;

B) explosão que ele evidencia;

C) choro mais descontrolado;

D) situações de conflito;

E) as resposta que são dadas;

F) apatia na realização das atividades.





quarta-feira, 4 de maio de 2022

O impacto da falta de saneamento na vida de mulheres brasileiras.

 1 em cada 4 mulheres não tem acesso à água tratada em casa (ou não é abastecida com regularidade).

- O número de brasileiras que vivem em áreas sem coleta de esgoto subiu +53,9% (entre 2016/2019). E o de mulheres que moram em casa sem banheiro +56,3%.

- A desigualdade de gênero está presente em todos os aspectos da vida da mulher.

- O impacto é na saúde, mais faltas ao trabalho e à escola, comprometendo a qualidade de vida e o próprio desenvolvimento pessoal.

- A pobreza e a falta de saneamento são barreiras para a higiene adequada. Sem água tratada uma parcela maior do orçamento fica comprometida, dificultando a compra de produtos de higiene pessoal. O impacto é +36% maior em relação a mulheres com renda maior. Isso agrava a “pobreza menstrual” = a dificuldade de acesso a itens básicos, como absorventes (abre mão de uma outra coisa para ter que comprar).

- A falta de saneamento contribui para muitos problemas. Garantir o acesso a ele ajudaria na solução: a universalização dos serviços poderia tirar 18 milhões de mulheres de uma situação de pobreza para outra de maior competitividade, reduzindo o número de horas de afastamento do trabalho e de estudo.

terça-feira, 3 de maio de 2022

O voto de 16 e 17 anos.

 

Embora tenha sido uma conquista da Constituição de 1988, muitos jovens não se interessam (ou não são levados a ter interesse) pela política.

Distanciamento, baixo engajamento, falta de identificação política. Um debate que repele, e não atrai o jovem para essa discussão. Há um sentimento de que nada muda e ao fazer parte desse debate vai ser ruim para mim é o que afasta esses jovens.

Os jovens estão afastados do processo porque têm medo de serem cancelados na discussão política ou porque não mudarão de opinião participando desse debate fora ou dentro dos meios digitais.

Enfim, é preciso participar do processe que define as regras do que acontece em nossas vidas todos os dias.






domingo, 1 de maio de 2022

O Profissional de alta performance.

 

Profissional de alta performance (além de mais eficiente, chega mais longe). Um estudo mostra que os profissionais que conseguem equilibrar o trabalho com a vida pessoal (família e esportes) são mais produtivos.

- produtividade e qualidade de vida.

- a produtividade de um profissional não é medida por um relógio de ponto (quantas horas ele passa em atividade laboral), mas o impacto do trabalho que ele faz.

- aquele que trabalha demais, agenda lotada, sempre correndo, vai sendo substituído por aquele que investe na carreira e na saúde física e mental, na família e na vida social.

- é igual uma corrida: do que adianta dá uma largada forte, mas não manter nem por 20 km o ritmo inicial (a performance)? Já o profissional que equilibra isso terá uma vida mais saudável, para fazer tranquilamente sua corrida de 40 km.

- sucesso não é só cargo e salário, mas outro sistema mais complexo, com outros tipos de recompensas: