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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Violência cara.

 

A América Latina e o Caribe, apesar de concentrar apenas 8% da população mundial, representa 1/3 dos homicídios cometidos no mundo. Para piorar o dado, o elevado nível de violência na região deixa claro que tal investimento não tem sido bem-sucedido.

O custo direto dos delitos respondeu por 3,44% do PIB (em 2022). É 12x mais que o orçamento para pesquisa e desenvolvimento. O impacto econômico do crime vai desde as perdas com capital humano por homicídio, gasto de empresas com segurança, até o gasto público com a prevenção de delitos. Gastam-se muito com segurança, mas a violência continua operante.

Países que convivem com a alta da inflação também sofrem mais. O avanço dos preços corrói o poder de compra dos cidadãos e os estudos mostram que, quando essa inflação supera os 10% em um ano, há um crescimento de 10% nas taxas de homicídios, me média, no ano seguinte. Já eventos macroeconômicos adversos, como recessões, elevam os índices de homicídios em 6%, em média.

Enfim, isso mostra o quanto o crime limita o crescimento, leva à desigualdade e desvia investimentos públicos e privados para outras áreas. Se não tivessem de gastar tanto no combate à violência e à criminalidade, o dobro do orçamento com assistência social, os países da região poderiam investir mais em educação, cada vez mais necessária em uma era de grandes transformações tecnológicas.

O problema se resolve com elaboração de políticas públicas efetivas e uma cooperação mais estreita entre os governos dos países dessa nossa região, com troca de informações e reforço da vigilância em áreas fronteiriças. Afinal, essa cooperação racionalizada e profissional já existe entre as organizações criminosas latino-americanas. Antes concorrentes, organizações criminosas agora são parceiras. Algumas fornecem as mercadorias enquanto outras se encarregam da logística. O governo não pode patinar e a população mudar, ceder ou perecer enquanto o crime prospera, e por isso mesmo prospera, com perdas irreparáveis de capital humano e financeiro.




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