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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 22 de julho de 2020

CRÍTICA Nº 2130. Guerra Biológica: Coronavírus x Anticorpos/Células T.


Qual é a diferença entre Anticorpos e Células T? Como eles combatem o novo Coronavírus? Como a esperançosa vacina funciona?


A eficiência de uma vacina contra o novo Coronavírus precisa chegar a esses dois conceitos – estimular a dupla produção de Anticorpos Células T (os protagonistas na linha de defesa do corpo): ambos combatem os vírus, só que com métodos diferentes. Tanto a vacina de Oxford quando a vacina Chinesa funcionam assim: estimulando anticorpos e células T, ambas em fase final de testes aqui no Brasil. 

Entenda as diferenças...

1. Anticorpos: grudam na superfície do vírus, e NÃO DEIXAM QUE ELES SE ENCAIXEM nas células, preservando-as (processo de imunização). Eles também dão sinais do invasor para as Células T.


2. Células T: são os braços do nosso sistema imunológico. ELAS DESTROEM OS VÍRUS JUNTO COM AS CÉLULAS INFECTADAS (que estavam fabricando mais e mais vírus).


EFEITO EXITOSO DA VACINA: a vacina junta um espinho da coroa retirado do novo Coronavírus e o insere num outro vírus comum – criando uma espécie de VÍRUS GENÉRICO ENFRAQUECIDO. A estratégia é fazer com que o corpo perceba a presença do novo Coronavírus original depois de aprender a reconhecer o pedaço dele no vírus artificial. Assim, o nosso sistema de defesa produz mais anticorpos (e células T) contra o novo coronavírus ativo. Duas doses de uma vacina assim são capazes de preparar nosso corpo (até agora apresentando febre, cansaço e dor de cabeça como efeitos colaterais).



OUTRAS VACINAS, OUTRAS TÉCNICAS!

Por fim, vale ressaltar que a OMS conta pelo menos 163 vacinas contra o novo Coronavírus. 23 delas estão na fase de testes em humanos. Os resultados de algumas delas, como as das empresas Biotech (alemã) e Pfizer (norte-americana), são bastante promissores, mas ainda é cedo para falar em cura (a ANVISA também liberou os testes das vacinas desses dois laboratórios parceiros, com 1000 voluntários de São Paulo e de Salvador). A técnica dessa vacina é a mais inovadora: os cientistas nem tocam numa amostra real de vírus, eles copiam um trecho do código genético e criam genes sintéticos. A vacina age então como se fosse o próprio vírus. O material genético invade as células e faz o corpo produzir o espinho do novo Coronavírus. Mesmo que fabricada dentro do organismo, essa proteína é estranha e seria atacada.


Ao todo, são pelo menos 8 técnicas diferentes. As que usam uma versão enfraquecida do próprio Coronavírus (versão do vírus inativado), como as de Oxford e a Chinesa (do laboratório Sinovac Biotech), têm um problema em comum: os cientistas só saberão que deu certo esperando para vê se o grupo que recebeu a vacina circulou por aí entre contaminados e não pegou a doença (e esse foi o principal motivo de termos sido escolhidos juntos com os EUA e a África do Sul para a fase final dos testes: os pesquisadores precisavam aplicar a última fase da vacina em lugares onde o contágio social ainda está acelerado).
Uma parceria do laboratório norte-americano “Empresa Moderna”, com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, vem avançando numa outra vacina. Na última fase do teste deste serão 2 doses, com intervalo de 28 dias. Esta vacina usa um método inédito: uma versão sintética de um fragmento do material genético do vírus, desenvolvida no laboratório, é injetada no organismo. E ensina o sistema imunológico a reconhecer e combater o invasor, sem causar infecção. A vacina tem demonstrado a produção de uma quantidade de anticorpos 4x maior do que a registrada em pacientes que tiveram a doença. Os efeitos colaterais foram leves e passageiros. Agora, os pesquisadores querem descobrir se a vacina é segura e incapaz de impedir a infecção pelo novo Coronavírus, e se ela pode evitar a morte e as formas mais graves da Covid-19. 

UM MÉTODO MUITO MAIS RÁPIDO, BARATO e PERIGOSO:

·         A vacina usa uma nova tecnologia: insere um GENE nas nossas células para elas produzirem uma molécula que aciona o combate ao vírus em vez dos anticorpos das vacinas comuns. Ainda nunca foi criada uma vacina para humanos usando esse método. Mas, o presidente Trump está investindo pesado nele, pois quer pressa para distribuir vacinas na campanha eleitoral dele (já prometeu que cada norte-americano ganhará uma vacina de graça). 


É verdade que o mundo inteiro busca agora uma vacina para o novo Coronavírus, mas as pessoas esquecem que também existem outras vacinas disponíveis hoje nos postos e nas clínicas de vacinação contra outras doenças também muito graves que estão voltando com força. Entre essas vacinas podem lembrar: meningite, sarampo, tuberculose, pentavalente, tríplice viral, poliomielite, etc. 

Se tudo der certo, pesquisadores de Oxford acham que a vacina ficará disponível para grupos de risco do Reino Unido até o fim deste ano, algo em torno de 1 milhão de doses (e aqui no Brasil serão 120 milhões de doses distribuídas pelo SUS a partir do ano que vem). Só que tem um problema maior: o mundo vai precisar de mais de 1 bilhão delas!

Portanto, para todos nós, uma INJEÇÃO DE FÉ, ESPERANÇA E ÂNIMO! 


(FONTE: Leituras diversas, pode checar). Bjos!