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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sábado, 23 de novembro de 2024

Ilusionismo.

 

O mundo se distrai com guerras, tentativas de golpes, brigas ideológicas e outras crises, enquanto as políticas públicas e a transição verde são negligenciadas. Tipo, não é que não precisem ser encaradas, mas existem outras prioridades!

O Brasil foi bem sucedido na declaração final do G20 ao incluir uma menção à taxação de grandes fortunas, uma cooperação tributária progressiva e internacional e a criação da Aliança Global Contra a Fome como mecanismos para a redução de desigualdades.

Todavia, não houve um resultado concreto na taxação de super-ricos que garanta que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados. Os esforços são válidos, mas para ter efetividade precisaria de padrões comuns em todo o mundo, porque senão não funciona. Por exemplo, teria de ter ficado estabelecido um imposto mínimo (tipo, 15% para todo mundo). Ou uma tributação padronizada clara para as multinacionais, com um firme acordo de adesão através de sifras diretas já depositadas em caixa. Cadê?

Enfim, é no mínimo razoável um modelo no qual as pessoas ou empresas que ganham mais paguem mais impostos. Porém, não basta ganhar adesão, a aliança precisa se concretizar em implementação eficaz. O problema é que, para o mercado, qualquer investimento só vale se tiver retorno. Caso contrário, é gasto. É por isso que não temos resoluções efetivas para muitos problemas, como o da fome, pois, em vez de soluções, viram negócios lucrativos.

Alguns argumentos para capturar os magnatas: Por que Banco Mundial, FMI e outras instituições multilaterais de desenvolvimento devem dedicar recursos para nutrição?

·       A fome e a pobreza são uns dos elementos mais críticos do desenvolvimento, e a nutrição tem os melhores retornos em termos de investimentos. Se você investir US$ 1 em nutrição, isso retornará pelo menos 23 vezes;

·       Tanto a desnutrição quanto a obesidade são obstáculos ao capital humano, à produtividade econômica e a um mundo justo e próspero. Os benefícios econômicos das intervenções nutricionais superam em muito os custos da inação;

·       Nutrição não se traduz apenas em termos de comida, mas também boa saúde e boa educação.

·       As mudanças na administração americana afetam diversos setores globais. Há incertezas sobre o futuro do combate às mudanças climáticas e da Lei de Redução da Inflação (o Dólar está encostando no Euro). Sem incentivos de investimentos verdes, teremos mais alimentos processados e menos orgânicos da agricultura familiar. Aliás, os EUA não têm agropecuária forte para isso, logo, tentará revitalizar sua tradicional indústria de comprar matérias primas baratas e vender ultraprocessados (que já causam 6 mortes por hora no País). Mata enquanto lucra muito, à moda antiga (camuflada) dos EUA. Por fora, ainda tem as políticas migratórias restritivas e seus impactos econômicos e a possível saída dos EUA da Otan, que causarão gastos militares consideráveis à Europa.

·       A guerra encarece e dificulta os alimentos. A da Ucrânia, por exemplo, afetou dramaticamente não apenas europeus, mas o mundo inteiro. Ela gerou inflação elevada há dois anos, levando bancos centrais a aumentar as taxas de juros. Os efeitos ainda persistem, com a economia mundial aguardando a redução desses juros.

·       O Brasil, sob Lula, tem avançado muito ao reduzir o desmatamento e investir em energia limpa, como hidrogênio e solar. Apesar do nosso esforço brasileiro, a atenção global permanece dispersa e compromete a prioridade essencial de combater a mudança climática. Afinal, a responsabilidade integracional mais importante é cuidar da comida e do planeta, pois não há um “planeta B” (embora estejam atrás dele’s).

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