Como (des)montar um político...
Seria um bruxo se não fosse um marqueteiro eleitoral. Bolsonaro investe pesado num profissional para cuidar de sua campanha à reeleição – 2022. Quem está providenciando a magia do teatro político são os filhos Flávio e Carlos (que preferem chamar o maligno de “publicitário”).
1.
Performance, performance, performance;
2.
Tempo farto de propaganda eleitoral na TV;
3.
Apelar às redes sociais e o poder de fogo da milícia
digital – campanha e exageros na Internet;
4.
Dinheiro em caixa – recursos públicos destinados a
aliados;
5.
Alianças e articulações políticas;
6.
Causar uma repentina reviravolta da imagem durante a
campanha;
7.
Reverter os altíssimos índices de impopularidade;
8.
Esquivar dos debates e apostar nos espetáculos;
9.
Divergir de si mesmo quando for necessário;
10. Investir em
conteúdo nojento, mas feito com boa qualidade;
11. Deitar e rolar
com gente reconhecida no/do mercado;
12. Ressuscitar
supostos escândalos ou tudo que possa desconstruir os adversários;
13. Mostrar o que
prometeu e cumpriu, e explicar por que não conseguiu cumprir o que prometeu, ou
seja, vender as realizações do governo;
14. Investir na
espontaneidade ao lutar pelos votos;
15. Chamar os erros
de equívocos;
16. Mudar o tom da
comunicação e ajustar o discurso, substituindo a linguagem de quartel;
17. Entusiasmar e
criar um ambiente de festa – e para isso se tem a Globo e a Copa;
18. Provocar o
fenômeno dos “opostos que se atraem”;
19. Trazer os jovens
para a campanha;
20. Popularizar a
imagem;
21. Consolidar
palanque eleitorais;
22. Repaginar e
remodelar a figuraça e agregar outros temas ao discurso;
23. Continuar apostando
na persona vinculada à religião e a valores tradicionais da família;
24. Mirar forte na
defesa dos pobres e no combate ao desemprego, isto é, no eleitorado das classes
C, D e E;
25. Turbinar a imagem com aparições em estádios de futebol, visitas a redutos populares como quadras de escolas de samba e participação em vídeos com celebridades simpáticas.
26. Um plano econômico neoliberal, assumindo o centro das discussões, mas mascarado de promessas populares para salvar a saúde, combater a corrupção e socorrer os trabalhadores do desemprego, da taxa de juros e da inflação – tudo fachada!
Enfim, reconversão total à velha
política!