Para que eu quero mais anos de vida?
“Esperamos até que seja tarde demais para lidar com as doenças. A missão é centrar no bem-estar, passando do gerenciamento de doenças crônicas para a prevenção e a longevidade saudável”.
Das 8 bilhões de vidas humanas hoje na Terra, apenas 1,6 milhão alcançarão os 100 anos (ou 0,02%).
Em 2018, a OMS chegou a classificar a velhice como doença (Cid-11), mas voltou atrás. Se envelhecer é igual a adoecer, como resolvemos a equação para chegar à fórmula da superação das doenças que matam antes do tempo? O que fazer para estimular naturalmente a biologia da longevidade? Essas pergunta jogou a ciência no desafio de compreender a receita da longevidade.
As últimas descobertas da ciência para viver mais e melhor ou as práticas para vida longeva:
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No século XX, a expectativa de vida deu seu maior salto em 5
milhões de anos da espécie humana, iniciando o período com 40 anos e chegando
aos 70. Com os novos avanços da ciência sobre as causas do
envelhecimento, o mundo acompanhará já nesta geração um aumento semelhante;
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Vida longa: atividade física, dieta baseada em vegetais,
terapias de frio e calor e atividades de controle de estresse não fazem tanto
efeito se a pessoa não tiver um propósito;
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A ciência estabeleceu os parâmetros de adoecimento, que passaram
a ser regulados, com a vitória do atraso do relógio biológico sobre o relógio
cronológico;
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A ciência dribla a morte e o ser humano que atingirá os 150 anos
já está entre nós;
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Provocar estressores que
ativam genes (da longevidade) sem danificar as células;
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Promover uma limpeza celular, livrando-as das partes
envelhecidas e estimulando-as a criar complementos no espaço aberto;
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Os longevos de certo modo ligavam e desligavam genes do
envelhecimento com práticas de vida;
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Principais práticas dos longevos: restrição calórica, adoção de
atividade física, dieta baseada em vegetais, terapias de frio e calor e
atividades de controle de estresse;
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As três principais moléculas que ganharam apelido de “genes da
longevidade”:
1.
Sirtuína (proteínas que regulam o ritmo em que envelhecemos);
2.
mTor (proteínas que agem no metabolismo);
3.
AMPk (enzima de controle metabólico).
O declínio dessas estão entre os
principais motivos que fazem com que o corpo idoso desenvolva doenças como
diabetes, cardiovasculares, osteoporose, câncer e demência.
·
A saúde realmente começa pela boca. Cada lugar, de sua forma,
adota a prática de restrição calórica e dieta atualmente chamada de
plant-based, à base de alimentos vegetais integrais, mas não obrigatoriamente
vegetariana;
- Com
a baixa exposição aos aminoácidos das carnes, o corpo reage reciclando mais
proteínas danificadas;
- No
Mediterrâneo, mesmo gorduras como de azeite e os laticínios consumidos, como
leite de cabra, carregavam sabedoria biológica, já que o primeiro promove bom
colesterol e o segundo comporta triptofano, que estimula serotonina,
neurotransmissor que é conhecido como “hormônio do prazer”;
- O
segredo também se encontra não apenas na abundância de alimentos, mas em sua
escassez. Mesmo em regiões famosas pelo culto à comida, como a Itália, todos
traziam práticas de jejum ou de restrição calórica. A restrição calórica era
responsável pela inibição da inflamação, que propicia doenças relacionadas ao
envelhecimento. “Na
prática, é uma estratégia que ativa circuito de sobrevivência do organismo,
utilizando leve adversidade para acordar e mobilizar as defesas celulares”.
“Coma
com frequência menor e maximize seu tempo de vida”.
·
Suplementação de algumas substâncias chamadas “moléculas da
longevidade”:
*
resveratrol;
*
quercetina;
* NAD;
*
metformina, entre outras.
Os dois primeiros costumam ser mais familiares, já que possuem fontes naturais e usuais. Tanto o resveratrol quanto a quercetina estão presentes no vinho, principalmente o tinto. Assim como a quercetina, flavonóide que dá cor a frutas e vegetais, ambos possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Já o NAD é molécula presente no organismo, transformadora de nutrientes em energia. Metformina é conhecida desde a Idade Média como remédio contra diabetes, o que persiste até hoje, pois diminui a taxa de glicose no sangue. Vem da erva chamada Lilac, e, como os outros três, só deve ser consumida com acompanhamento médico pelo risco de causar desequilíbrio funcional e o tiro sair pela culatra.
Enfim, em apenas três meses de mudança positiva de hábitos somos capazes de desviar virtuosamente o caminho de mais de 500 genes. É preciso saber viver: “Nós apenas nos esquecemos de morrer”.
“Zonas Azuis”: cinco regiões no planeta que concentram populações com vida mais longa, menor índice de doenças e maior bem-estar em comparação ao restante do globo. São elas:
* província de Nuoro, na Sardenha
(Itália);
* província de Okinawa (Japão);
* cidade de Nicoya, na Costa Rica;
* Ilha de Ikaria, na Grécia,
* Loma Linda, nos Estados
Unidos.