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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Amor & Sexo... Em tempos de Internet.

Amor & Sexo...
Em tempos de Internet.

·         Nessa área, o que a rede promete?
- Sites eróticos;
- Páginas que prometem a oportunidade de encontrar o “par perfeito”;
- Fóruns destinados aos mais inusitados fetiches;
- Serviços on-line para pessoas interessadas em relações extraconjugais.
·         O anonimato e a variedade de estímulos proporcionados pela rede permitem experimentar novas formas de se relacionar.
·         Nos anos 40 já havia sido constatado que masturbação feminina e homossexualidade não eram tão raras como se imaginava. Na época, 37% dos homens e 13% das mulheres haviam tido relações homossexuais que resultaram  em orgasmo.
·         Na década de 70, um grupo (entre 18 e 25 anos que não se conheciam) ficou confinado por cerca de uma hora dentro de uma sala completamente escura. A maioria confessou que sentiu curiosidade, ansiedade e excitação sexual durante aqueles minutos. Metade deles abraçou alguém e uns poucos chegaram a trocar beijos, o que não aconteceu quando o experimento foi repetido com outro grupo, mas com as luzes acesas.
·         Imagine uma câmara escura muito maior, capaz de comportar milhões de pessoas que acreditam estar no anonimato. Essa pode ser a Internet.
·         Sistemas cognitivos e neurais. Um bilhão de pensamentos pervertidos... Apesar da variedade oferecida pela rede, 90% das buscas estão concentradas em apenas cinco tipos de material pornográfico.
1.      A grande procura por vídeos e fotografias de mulheres mais jovens (13,5% das buscas continham palavras referentes a juventude) por usuários do sexo masculino (do ponto de vista da psicologia evolutiva, isso é resquício  da atração ancestral por parceiras capazes de gerar filhos saudáveis. Mas o mesmo ponto evolucionista não sabe explicar a fantasia de fazer sexo com mulheres da idade da própria mãe, nem os casos em que um homem assiste sua mulher fazendo sexo com outros homens); isso mostraria que:  o desejo sexual não é regido apenas por fatores biológicos.
2.      Site no qual usuários interagem ao vivo por meio de webcam.
3.      j
·         O desejo sexual não é regido apenas por fatores biológicos.
·         O anonimato proporcionado pela rede permite dar vazão a algumas fantasias de forma tranquila, isto é, sem expor o desejo à possível rejeição ou ao julgamento do outro. O espaço virtual funciona como um laboratório de comportamentos, no qual projetamos aspectos criativos e sombrios de nós mesmos. Na frente do computador, o internauta está sozinho e, ao mesmo tempo, ‘em relação’. O ‘outro’ está suficientemente distanciado para permitir que seu eu se expresse com maior liberdade e de modo mais protegido.
·         Ainda estamos aprendendo a lidar com as oportunidades que a rede nos oferece. Ela pode funcionar como via de autoconhecimento, na qual facetas da sexualidade se tornaram mais visíveis e perceptíveis.


·         Fantasias on-line: se uma coisa existe, há pornografia sobre ela. Sem exceções. Um território “livre”, no qual pode ser postado todo tipo de conteúdo.
1.      Ser traído é uma das fantasias sexuais mais populares: simulações em que homens são forçados a assistir à sua mulher fazendo sexo com outro, compreendem 3,4% das buscas;
2.      Homens preferem o corpo das jovens (13,5% das pesquisas fazem menção à juventude), mas há uma grande procura por vídeos de sexo com mulheres idosas – 4,3% das consultas continham referência ao fetiche de fazer sexo com mulheres que parecem ter a idade da própria mãe.
3.      Usuários do sexo masculino buscam por vídeos e fotografias que evidenciam pênis de tamanho acima da média. As cenas de sexo grupal são muito clicadas, principalmente aquela em que há mais homens que mulheres.
4.      A palavra “gay” está entre as dez mais pesquisadas.
5.      Animações japonesas de sexo explícito, conhecidas como hentai, estão entre os vídeos mais acessados.
6.      Homens heterossexuais buscam mais por filmes pornográficos amadores. Hipótese: por preferirem cenas de orgasmos verdadeiros. Também, ao assistirem a filmes pornôs, homens focam mais o olhar na face da atriz na tentativa de verificar o que lhe causa mais prazer.
7.      Mesmo uma parte dos usuários ditos bem cristãos ou evangélicos também procura por conteúdo erótico.
8.      A procura por partes específicas do corpo varia entre as culturas. Há preferência geral por seios, pés e pênis “grandes”.
- na Índia, por exemplo, há maior curiosidade por barrigas;
- na maioria dos países latinos, principalmente no Brasil, por nádegas;
- no Japão, pela região chamada zettai ryouiki, a parte da coxa que fica exposta quando a mulher usa saia curta e meias três-quartos – um sem-número de produções hentai retrata esse fetiche.
- hentai: muito populares na rede, as animações japonesas de sexo explícito retratam personagens sem pelos pubianos, o que evoca juventude.

·         Há uma diferença entre o tipo de conteúdo procurado por homens e mulheres e a relação de ambos com o sexo virtual.
Homens
Mulheres
- A pornografia visual é de interesse principalmente masculino.
- Se por um lado homens consomem mais pornografia, as mulheres fazem sexo virtual – isto é, interagem eroticamente com uma ou mais pessoas por meio da rede – tanto quanto eles. Uma entrevista com 217 adultos jovens mostrou que: 83% dos homens já assistiram a vídeos ou viram fotos de sexo explícito on-line, contra 31% das mulheres. No entanto, em média, voluntários de ambos os sexos fazem sexo virtual de duas a três vezes por mês.
- No entanto, cada vez mais mulheres usam a rede para satisfazer sua curiosidade e alimentar algumas fantasias. Elas são as principais visitantes de sites de contos e romances eróticos.
- Há alguns anos o simples pensamento de ser surpreendida alugando um filme erótico impedia uma mulher de buscar esse tipo de conteúdo. Hoje ela pode satisfazer sua curiosidade teclando e clicando, segura com a ideia de anonimato.
- Resumindo: mulheres são a principal audiência de sites de contos e romances sobre sexo; homens preferem fotografias e vídeos.

Extras...
- Ao contrário da ideia que se tem de sexo virtual (a de dois estranhos que provavelmente nunca se encontrarão ao vivo), a interação intencional entre usuários do mesmo círculo social é algo muito comum.
- Acessar a internet com propósito sexual parece ter virado rotina em países do Ocidente e do Oriente, entre ambos os sexos. É difícil imaginar outra mudança tão impactante no campo da sexualidade. Ao visitar um site adulto é possível ver em 30 segundos uma infinidade de corpos nus e obter todo tipo de estímulo sem ter de interagir com ninguém.
- É preciso ficar alerta, porque há sintomas de compulsão por consumir pornografia na internet. O uso frequente de material pornográfico envolve um ciclo de busca constante por estímulos. Há casos em que a pessoa deixa de sentir prazer e satisfação com o sexo ‘natural’, e o hábito começa a prejudicar o sono e o desempenho no trabalho por causa das horas investidas em procurar sexo na rede. O uso excessivo da rede, não apenas com fins sexuais, parece afetar as relações sociais e afetivas.
- Usuários com conta ativa na rede Twitter têm namoros e casamentos em média dois meses mais curtos. A hipótese é que a vida social na web demanda tempo e atenção, o que interfere nos relacionamentos “reais”. Talvez o sexo virtual seja atraente porque pode proporcionar prazer imediato, sem o risco da frustração. A satisfação afetiva e sexual é uma batalha diária, que depende do desejo e da disponibilidade do outro. Ela leva tempo e exige intimidade para ser conquistada.




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