O desafio do novo Mais Médicos é expandir cobertura por todo o país. Ele precisará de execução criteriosa para ser bem-sucedida.
- a meta
ambiciosa do programa é contratar 15 mil profissionais até dezembro, fechando
2023 com um total de 28 mil;
- o objetivo
segue sendo o mesmo de 2013, quando foi lançado: aumentar o número de médicos
em cidades onde eles não existem ou são escassos;
- “vírus
ideológico”? Para fazer um afago à ditadura de Cuba, os petistas dicidiram
preencher as vagas com médicos cubanos – eles representavam cerca de 80% do
total. A nova versão acerta por priorizar médicos brasileiros. Outro ponto
positivo é o objetivo de melhorar o atendimento aos povos indígenas.
- No Acre,
Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão, há apenas um médico para cada grupo de 1 mil
habitantes. No DF, são quase 4. Em todos os estados do Sul e Sudeste, mais de
2. Para piorar, os estados da Região Norte estão entre os que possuem uma maior
concentração de médicos nas respectivas capitais.
- Na versão
recém-lançada, o programa aumentou os incentivos para atrair profissionais. A
bolsa formação será de R$ 12.300 mensais por 48 meses. Os
médicos poderão receber adicional de 10% a 20% se trabalharem nos municípios
mais vulneráveis. Participantes do Fies, o fundo de financiamento
estudantil, também terão um adicional para pagar a dívida. Haverá ainda
benefícios proporcionais para quem atuar em periferias e regiões remotas. Pela
nova lei, o pagamento será feito diretamente ao profissional, sem
intermediários.
- Tudo indica
que o governo não terá problema para arregimentar os médicos. O primeiro
chamamento, de 5.970 vagas, recebeu mais de 34 mil inscritos. Não se questiona
a relevância de um programa que objetiva levar médicos aonde eles não estão,
mas, para ser bem-sucedido, precisará ter uma execução criteriosa e avaliações
periódicas sobre o cumprimento de metas.
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