Quando as escolas fecharam as portas e as crianças tiveram que ficar em casa, muitas mulheres foram obrigadas a abrir mão do emprego.
Cai a participação de mulheres com
filhos no mercado de trabalho. Desligadas e invisibilizadas assim que se tornam
mães. O impacto do nascimento de um filho na
participação de homens e mulheres no mercado de trabalho (que já é
historicamente desigual). O estudo levou em conta só as pessoas casadas:
- Quando ainda não tem filhos, 7 em cada 10 homens (71%) em
idade ativa estão no mercado de trabalho. Nessa mesma situação, são 48% das
mulheres. É uma diferença de -21,66 p.p
-
Quando nasce um bebê, essa desigualdade mais que dobra (-49,56 p.p).
- Historicamente, as atividades do lar e a maternidade estão associadas às mulheres. E quanto mais tempo se fica fora do mercado de trabalho, você deixa de se qualificar e ganhar experiência, ficando ainda mais difícil para ser reinserido.
É tarefa do poder público dar condições
às mulheres para continuarem empregadas, mesmo depois da chegada dos filhos. O
Estado precisa garantir os cuidados pelas redes de creches e pré-escolas e
educação em tempo integral. Assim, as mulheres terão mais oportunidade de
adentrar e permanecer no mercado de trabalho, aumentando a renda da família.
Tudo isso contribui para o consumo, a produção e o investimento, tendo um
impacto generalizado sobre o próprio crescimento econômico.
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