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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

domingo, 20 de outubro de 2013

LIÇÕES DO Ney* 04: A importância do SONO, de um bom sono...

 Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.

“Amigos”, alerta para esta pesquisa: não ter horário certo para dormir, assim como dormir pouco, pode causar problemas comportamentais e emocionais. Assistir a um filme até tarde, passar a madrugada em chats na internet ou perder o horário só para tentar atingir a última fase de um videogame. Trocar horas de sono para realizar atividades como essas pode não provocar nenhum mal a curto prazo. Porém, se a prática se tornar um hábito, a saúde de crianças e jovens pode ser diretamente afetada. Então vai a dica: até os três anos de vida, uma criança precisa dormir dez horas a cada noite. Em idade escolar, a criança deve descansar por nove horas e um adolescente, nove horas e meia. Dormir não é capricho, nem preguiça. A falta de sono pode trazer consequências sérias a longo prazo. É preciso mudar os hábitos e estabelecer horas para repousar. Não é indicado que os jovens tenham TV ou computador em seu quarto. Quanto maior a disponibilidade dessas novas tecnologias, mais os pais têm que impor uma maneira saudável de administração. Só não devemos esperar que as próprias crianças saibam seus limites.

Dormir em horários diferentes a cada dia prejudica o relógio biológico (ciclo circadiano), levando a problemas que vão desde envolvimento em brigas com colegas até ansiedade e hiperatividade, tristeza, imprudência. Ou seja, prejudica o ciclo responsável por gerenciar o funcionamento do corpo e por regular, por exemplo, o apetite, os horários de sono e o humor. Terem horários irregulares para dormir é mais comum entre crianças de famílias de baixa renda e cujos pais possuem níveis mais baixos de escolarização. Essas crianças também estão mais expostas do que as outras a outros hábitos prejudiciais, como pular o café da manhã e passar muito tempo na frente da televisão.

Os prejuízos de dormir pouco:

01.  Diminui a capacidade de o corpo queimar calorias: A restrição do sono faz com que um indivíduo consuma mais calorias e, além disso, reduz a capacidade do corpo de queimá-las. Isso ocorre porque dormir pouco aumenta os níveis de grelina, o ‘hormônio da fome’, conhecido assim por induzir a vontade de comer, na corrente sanguínea. Além disso, o hábito promove um maior cansaço, reduzindo a prática de atividades físicas e aumentando o tempo de sedentarismo; Aumenta o apetite por comidas gordurosas: Dormir pouco ativa de maneira diferente os centros de recompensa do cérebro com a exposição a alimentos gordurosos em comparação com dormir adequadamente. Isso faz com que esses alimentos pareçam mais salientes e que a pessoa se sinta mais recompensada ao comer esse tipo de alimento. Noites de sono mal dormidas ativam com mais intensidade uma área do cérebro responsável pela sensação de apetite. Pode levar à obesidade: jovens que dormem menos de sete horas por dia têm índice de massa corporal (IMC) maior, e que isso pode estar relacionado diretamente com os hormônios grelina e leptina, que regulam as sensações de fome e saciedade.
02.  Eleva o risco de câncer de mama agressivo: dormir menos do que seis horas por dia eleva o risco de mulheres na pós-menopausa terem um tipo agressivo de câncer de mama e uma maior probabilidade de recorrência da doença;
03.  Aumenta as chances de um derrame cerebral: dormir menos do que seis horas por dia aumenta o risco de um acidente vacular cerebral (AVC) mesmo em pessoas com peso normal e sem histórico de doenças cardiovasculares;
04.  Pode desencadear sintomas do TDAH: menos horas de sono podem desencadear problemas com hiperatividade e desatenção durante o começo da infância. Esses são sintomas comuns do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
05.  Eleva o risco de impotência sexual: além do maior risco de impotência, homens que dormem pouco têm maiores chances de desenvolver problemas cardiovasculares e de engordar.
06.  Afeta o desempenho acadêmico: pessoas que vão para a cama tarde ou não possuem uma rotina noturna bem definida têm seu desempenho acadêmico afetado. Crianças em idade escolar devem dormir nove horas por noite. Menos horas de sono que o recomendado aliada a maus hábitos provocam efeitos negativos no aprendizado da língua, da gramática e da escrita – aspectos básicos para a compreensão de textos e de comunicação. “Esses conhecimentos são básicos. Se a criança tem problemas de desenvolvimento nessa área devido a falta de sono, isso terá repercussão em todas as outras áreas”.
07.  O déficit de crescimento é um dos riscos: é durante o sono que é liberado o hormônio do crescimento (GH ou somatotrofina ou somatotropina (ST)). Se não dormir o tempo necessário, poderá haver déficit de crescimento. O hormônio de crescimento nas crianças é secretado durante o sono, assim como algumas substâncias fundamentais para o sistema imunológico. Você pode se tornar mais propenso a doenças se não dormir o suficiente, e as crianças podem ter seu desenvolvimento comprometido.


Então, aí vão algumas orientações:

Ver TV antes de dormir pode ser ruim para o sono: é bom tirar a criança ou o adolescente da frente do monitor - qualquer monitor, de TV ou computador - uma hora antes de dormir. Isso sem entrar no contexto da influência dos dispositivos eletrônicos em si, mas por questões fisiológicas. Assim que começa a escurecer, ocorre a liberação da melatonina, hormônio que ajuda a iniciar e a manter o sono. Se houver algum estimulo luminoso, essa liberação é prejudicada. Por consequência, o repouso também. O ideal para ajudar a dormir é uma leitura, com foco de luz voltado para o livro.

Um filme de terror ou um jogo violento é capaz de perturbar o sono dos jovens: Isso pode criar ansiedade, deixar a pessoa mais alerta quando ela deveria estar relaxada. Ao dormir, trabalhamos as memórias daquilo que vivemos no dia anterior ao sonho. Se você trabalhar uma memória estressante, ela pode se transformar em um pesadelo. Às vezes, ao ter um pesadelo, a pessoa acorda com taquicardia, suor, palidez. Para que isso tudo aconteça, o organismo gasta muito mais energia, quando ele deveria estar descansando. Quem acorda assustado, leva mais tempo para dormir novamente. Vai fazer com o que o sono perca a qualidade e fique fragmentado.

No caso daqueles que, em vez de dormir cedo para se prepararem para a aula do dia seguinte, ficam navegando na web ou assistindo à TV. As consequências disso são: Uma criança que não dorme bem fica mais irritada e agitada. Os professores percebem um comportamento hiperativo - o que altera a performance acadêmica e dificulta o aprendizado. Ela não vai querer participar das brincadeiras e jogos com os amigos. Já o adolescente vai manifestar claramente uma sonolência diurna. Ele não consegue prestar atenção na aula, vai pedir para faltar, apresentar notas ruins e evitar exercícios físicos. Quando o sono não é bom, a tendência é comer mais para compensar a falta de energia. Com isso, inicia-se o ciclo: falta de sono, mais ingestão de alimento, pouca disposição para atividades físicas e obesidade.

De quanto tempo de sono eu preciso? A maioria dos adultos precisa de sete a nove horas de sono por noite. Isso é uma média. A quantidade de horas de sono varia de acordo com a pessoa. Você, por exemplo, deve saber de quanto tempo de sono precisa para se sentir bem. A quantidade de sono necessária diminui com a idade. Um bebê recém-nascido chega a dormir 20 horas por dia. Aos quatro anos, a média é de 12 horas por dia. Aos 10, a média cai para 10 horas por dia. As pessoas mais velhas dormem cerca de seis ou sete horas por dia.

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