Global, estados, capitais, municípios e... das Cidades Brasileiras.
O IPS Brasil é uma plataforma criada por
meio de financiamento privado. Desenvolvido inicialmente nos EUA, calcula
anualmente os indicadores relacionados a 170 países.
O IPS Global que tem o objetivo de
oferecer insights cruciais sobre o progresso social em escala internacional.
Neste ano (2024), o Brasil apresentou a pontuação 68,90 no IPS Global, ocupando
a 67ª posição no ranking entre 170 países. Em termos globais, Dinamarca
(90,30), Noruega (90,32) e Finlândia (89,96) apresentaram o melhor desempenho
no progresso social.
Na América do Sul, Chile (78,43),
Argentina (77,19) e Equador (69,56) foram os países com as melhores pontuações.
A média brasileira é de 61,83
pontos (que, no geral, revela muitas disparidades). Os melhores Estados, que
ficaram até acima dessa média são: DF (71,25); SP (66,25) e SC (64,24). Eles
ocupam as três primeiras posições.
A nossa Bahia ficou com 57,85 pontos. Já Salvador ficou com 63,80 pontos, na posição 20 entre as capitais brasileiras.
Também foi realizado o cálculo do IPS (Índice
de Progresso Social) de todos os 5.570 municípios brasileiros. Numa escala de 0 a 100, o índice
apontou o município de Gagião Peixoto, na região de Araraquara, como o
de melhor progresso social do País, com 74,49 pontos.
O foco do índice não está diretamente
voltado à questão econômica. Ainda assim, na média geral, Estados mais ricos e
com maiores facilidades de acesso a serviços públicos tiveram melhores
desempenhos.
Todavia, uma ressalva. O IPS Brasil não
se baseia apenas na infraestrutura ou nos recursos investidos, mas sim nos resultados que se refletem
na vida das pessoas. Isso ajuda a explicar, por exemplo, por que Estados
mais pobres tiveram desempenho melhor do que unidades federativas mais ricas.
Por exemplo: Sergipe é considerado o 11º estado melhor em termos de qualidade
de vida, mas ocupa apenas a 22ª colocação em termos de PIB.
IPS das Cidades Brasileiras.
“O município é a menor unidade
administrativa, a qual possui autonomia política, de gestão e financeira. A
esfera municipal possui competências importantes como saneamento básico,
pavimentação e sinalização de vias e de toda a estrutura viária, criação e
conservação de praças e arborização, transporte urbano e iluminação pública. O
município também reparte com outras esferas federativas (Estados e o governo
federal) os serviços de educação, saúde e meio ambiente. Medir a situação social
desses territórios numa frequência anual é essencial para captar mudanças e
tendências e contribuir para o aperfeiçoamento de políticas públicas e melhoria da gestão local” (Relatório do IPS Brasil).
Neste ano de 2024, pela primeira vez,
foi feito um índice considerando apenas as cidades do Brasil. A intenção agora
é de que ele seja atualizado todos os anos.
O levantamento partiu de diferentes
bases, a partir de 53
indicadores sociais e ambientais, dividindo os temas em 03 grandes
áreas:
Área 01: Necessidades humanas básicas: alimentação, saneamento,
segurança... (média nacional: 73,58).
Área 02: Fundamentos do bem-estar: saúde, acesso à educação,
qualidade do meio ambiente... (média nacional: 67,10).
Área 03: Oportunidades: proteção aos direitos individuais, inclusão social, acesso ao
ensino superior... (média nacional: 44,83).
A média brasileira é de 61,83 pontos
Análises:
·
Repare que a Área 01 possui a melhor pontuação geral média do IPS
Brasil.
·
Já a pontuação do componente Segurança Pessoal para o Brasil em
2023 demonstra que a violência continua sendo um problema crônico, o que é
atestado pela alta taxa de homicídios nos municípios das regiões Norte e
Nordeste.
·
Os principais problemas ambientais do Brasil ocorrem
especificamente na região Amazônica.
·
Os estados da região Norte figuram entre os piores índices médios:
RR (55,58), AM (55,09), MA (54,50), AP (52,20), AC (51,80) e PA (51,35).
Relatório do PNUD (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento) divulgado em maio, revelou quais Estados
brasileiros tiveram maior queda no IDH Municipal entre 2019 e 2021, e qual o nível
de desigualdade de gênero e raça (especificamente entre brancos e negros).
TODOS OS ESTADOS brasileiros tiveram
queda no IDHM na pandemia, mas alguns conseguiram minimizar os danos (e estes
não foram, necessariamente, os que tinham maior recurso financeiro). Prova
disso é que o Estado com pior IDHM no País até a pandemia, o Maranhão, teve
queda no índice inferior à do DF, que é considerado muito desenvolvido (-2,6% e
-5,2%, respectivamente). Alagoas e Sergipe tiveram o melhor desempenho, com
baixa de apenas 0,4%. Já Amapá e Roraima tiveram piores queda, de 6,6% e 6,7%,
respectivamente. Dos 6 Estados que tinham IDH considerado “muito alto” em 2019,
só dois mantiveram o posto: SP e DF. Norte e Nordeste foram mais afetados.
Enfim, é possível fazer muito com pouco,
mas é lógica não pode ser o critério. É preciso investir bem e usar melhor
ainda os recursos. Ou eles irão parar no bolso privado enquanto ficamos
trabalhando na lógica da reciclagem e do “muito com pouco”.