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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 8 de julho de 2024

IPS Brasil 2024.

Global, estados, capitais, municípios e... das Cidades Brasileiras.

O IPS Brasil é uma plataforma criada por meio de financiamento privado. Desenvolvido inicialmente nos EUA, calcula anualmente os indicadores relacionados a 170 países.

O IPS Global que tem o objetivo de oferecer insights cruciais sobre o progresso social em escala internacional. Neste ano (2024), o Brasil apresentou a pontuação 68,90 no IPS Global, ocupando a 67ª posição no ranking entre 170 países. Em termos globais, Dinamarca (90,30), Noruega (90,32) e Finlândia (89,96) apresentaram o melhor desempenho no progresso social.

Na América do Sul, Chile (78,43), Argentina (77,19) e Equador (69,56) foram os países com as melhores pontuações. A média brasileira é de 61,83 pontos (que, no geral, revela muitas disparidades). Os melhores Estados, que ficaram até acima dessa média são: DF (71,25); SP (66,25) e SC (64,24). Eles ocupam as três primeiras posições.

A nossa Bahia ficou com 57,85 pontos. Já Salvador ficou com 63,80 pontos, na posição 20 entre as capitais brasileiras. 

Também foi realizado o cálculo do IPS (Índice de Progresso Social) de todos os 5.570 municípios brasileiros. Numa escala de 0 a 100, o índice apontou o município de Gagião Peixoto, na região de Araraquara, como o de melhor progresso social do País, com 74,49 pontos.

O foco do índice não está diretamente voltado à questão econômica. Ainda assim, na média geral, Estados mais ricos e com maiores facilidades de acesso a serviços públicos tiveram melhores desempenhos.

Todavia, uma ressalva. O IPS Brasil não se baseia apenas na infraestrutura ou nos recursos investidos, mas sim nos resultados que se refletem na vida das pessoas. Isso ajuda a explicar, por exemplo, por que Estados mais pobres tiveram desempenho melhor do que unidades federativas mais ricas. Por exemplo: Sergipe é considerado o 11º estado melhor em termos de qualidade de vida, mas ocupa apenas a 22ª colocação em termos de PIB.


IPS das Cidades Brasileiras.

“O município é a menor unidade administrativa, a qual possui autonomia política, de gestão e financeira. A esfera municipal possui competências importantes como saneamento básico, pavimentação e sinalização de vias e de toda a estrutura viária, criação e conservação de praças e arborização, transporte urbano e iluminação pública. O município também reparte com outras esferas federativas (Estados e o governo federal) os serviços de educação, saúde e meio ambiente. Medir a situação social desses territórios numa frequência anual é essencial para captar mudanças e tendências e contribuir para o aperfeiçoamento de políticas públicas e melhoria da gestão local(Relatório do IPS Brasil).

Neste ano de 2024, pela primeira vez, foi feito um índice considerando apenas as cidades do Brasil. A intenção agora é de que ele seja atualizado todos os anos.

O levantamento partiu de diferentes bases, a partir de 53 indicadores sociais e ambientais, dividindo os temas em 03 grandes áreas:

Área 01: Necessidades humanas básicas: alimentação, saneamento, segurança... (média nacional: 73,58).

Área 02: Fundamentos do bem-estar: saúde, acesso à educação, qualidade do meio ambiente... (média nacional: 67,10).

Área 03: Oportunidades: proteção aos direitos individuais, inclusão social, acesso ao ensino superior... (média nacional: 44,83).

A média brasileira é de 61,83 pontos

Análises:

·       Repare que a Área 01 possui a melhor pontuação geral média do IPS Brasil.

·       Já a pontuação do componente Segurança Pessoal para o Brasil em 2023 demonstra que a violência continua sendo um problema crônico, o que é atestado pela alta taxa de homicídios nos municípios das regiões Norte e Nordeste.

·       Os principais problemas ambientais do Brasil ocorrem especificamente na região Amazônica.

·       Os estados da região Norte figuram entre os piores índices médios: RR (55,58), AM (55,09), MA (54,50), AP (52,20), AC (51,80) e PA (51,35).

Relatório do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulgado em maio, revelou quais Estados brasileiros tiveram maior queda no IDH Municipal entre 2019 e 2021, e qual o nível de desigualdade de gênero e raça (especificamente entre brancos e negros).

TODOS OS ESTADOS brasileiros tiveram queda no IDHM na pandemia, mas alguns conseguiram minimizar os danos (e estes não foram, necessariamente, os que tinham maior recurso financeiro). Prova disso é que o Estado com pior IDHM no País até a pandemia, o Maranhão, teve queda no índice inferior à do DF, que é considerado muito desenvolvido (-2,6% e -5,2%, respectivamente). Alagoas e Sergipe tiveram o melhor desempenho, com baixa de apenas 0,4%. Já Amapá e Roraima tiveram piores queda, de 6,6% e 6,7%, respectivamente. Dos 6 Estados que tinham IDH considerado “muito alto” em 2019, só dois mantiveram o posto: SP e DF. Norte e Nordeste foram mais afetados.

Enfim, é possível fazer muito com pouco, mas é lógica não pode ser o critério. É preciso investir bem e usar melhor ainda os recursos. Ou eles irão parar no bolso privado enquanto ficamos trabalhando na lógica da reciclagem e do “muito com pouco”.









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