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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sexta-feira, 12 de julho de 2024

Praias impróprias para banho.


A universalização do esgoto parece ser um sonho distante. Atualmente, cerca de 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável e mais de 90 milhões não têm coleta de esgoto. Segundo o Plano de Saneamento Básico do governo federal, é necessário um investimento de R$ 231 anuais por habitante para universalizar o esgoto. Mas em 2022, a média foi de apenas R$ 111. Há alguns estados com situação muito graves, como o Acre, onde o investimento foi de apenas R$ 3 por habitante.

- Nos 10 estados litorâneos mais populosos, 36% dos trechos analisados estão fora dos padrões mínimos de balneabilidade (dos 1.035 pontos examinados, 347 se mostraram impróprios). A sujeira mostra país longe da meta de esgoto tratado.

- Mostra como está distante a meta estabelecida de tratar 90% de todo o esgoto até 2033. Por exemplo, a porcentagem de esgoto tratado no país entre 2019 e 2022 evoluiu apenas de 49% para 52%. É muito pouco!

- A persistência do problema está relacionada à expansão do turismo sem investimentos em infraestrutura. É uma expansão perigosa, pois turismo e investimentos imobiliários sem controle (mais acelerado do que em esgoto) levaram ao aumento do número de trechos impróprios para o banho.

- Muitos municípios receberam novos moradores, mas sem estrutura de saneamento básico. Logo, a forma de ocupação, sobretudo depois da pandemia, fez aumentar a poluição.

- Há um “grande contrassenso” entre a maioria dos gestores municipais – deixam de priorizar o saneamento básico, o que garantiria a eficiência da qualidade ambiental das praias e do mar e a vinda de mais turistas. Assim, muitas praias turísticas não constam com estações de tratamento de esgoto. Ao mesmo tempo, têm investido e apoiado grandes projetos imobiliários. A velocidade da implementação de infraestrutura não seguiu a mesma do desenvolvimento urbano.

- Há, também, influência do movimento de saída de pessoas dos grandes centros para morar em cidades menores depois da pandemia.

- Há á fama de praias que leva a uma ocupação descontrolada e consequente degradação, além do apelo turístico que o fenômeno provoca.

- As cidades cresceram sem acompanhamento de planejamento, e o saneamento básico ficou comprometido.

- Os efeitos da falta de tratamento ultrapassam a área ambiental ou da saúde de quem se arrisca em águas impróprias:

- Se o Brasil universalizar o esgoto até 2040, pode ganhar R$ 80 bilhões com o turismo (Instituto Trata Brasil).

- Dos estados analisados, repare que Pernambuco está em pior situação, com 63% dos trechos examinados considerados impróprios.

- A sociedade não enxerga o valor do tratamento de esgoto para a nossa vida. Muitas vezes mal sabe se tem coleta e tratamento na nossa casa. É um setor que exige investimento alto e obras que trazem transtorno.  

- E não existe solução única. O país tem realidades diversas e uma desigualdade regional bem grande. Mas, em qualquer uma das soluções, a gente precisa de investimento, seja público ou privado. É preciso entender a realidade de cada estado e ter uma regulação forte.

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