1. A finalidade da
política é a felicidade (Aristóteles).
2. Liberdade até
para discordar sem ser eliminado (Mário Sérgio Cortella).
3. É na política
que o indivíduo se destaca (não necessariamente se dilui).
4. Nunca se é
neutro na história (Mario Sérgio Cortella).
5. “A utopia está
lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho
dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais
alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de
caminhar” (Eduardo Galeano).
6. “Zombei de todo pensador
que não zombou de si mesmo” (Nietzsche).
7. “Sem tesão não
há solução nem revolução” (Roberto Freire, psicanalista).
8. “Ética é vida
boa, para todos e todas, sem instituições justas” (Ives de la Taille).
9. “A verdade é que
há certa satisfação na aparência” (Mario Sérgio Cortella).
10. “Mais do que
benefícios sociais que melhoram a vida do indivíduo, é algo que possa
empoderá-lo enquanto cidadão. Ganhar benefícios ajuda, mas tornar-se sujeito de
suas escolhas com essa ajuda, ajuda muito mais! As pessoas precisam ser
senhoras da própria vida, COLETIVAMENTE” (Renato Janine Ribeiro).
11. É preciso
aprender a agir sem o Governo mandar.
12. O alcance do
horizonte tira a procura. Então, é preciso mirar novos horizontes...
13. O horizonte pode
ser uma meta ou um impedimento. Quando é um impedimento é um horizonte
adversário, no qual preciso ser protagonista porque tenho um antagonista. O
adversário é alguém importante porque ele desperta em nós o nosso instinto de
defesa e também a nossa pulsão vital.
14. “Os ausentes
nunca têm razão”.
- Embora
pudessem estar com alguma razão, eles a perdem pelo fato de se ausentarem.
15. Talvez se ache
que uma “política ditatorial” é uma
contradição... Mas, não. Ela também existe!
16. Idiota (idiótes): “aquele que só
vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política”. Aquele que
vive fechado dentro de si e só se interessa pela vida no âmbito pessoal. “Não me meto em política!”.
17. A corrupção
aumentou ou apenas se tornou mais visível?
18. O ponto que é a
conexão entre liberdade, democracia e
política...
19. Não há liberdade
fora da política. Quer dizer, o idiota não é livre porque toma conta do próprio
nariz, pois só é livre aquele que se envolve na vida pública, na vida coletiva.
20. A conquista das liberdades
individuais/pessoais rompeu com a violência imposta para se conseguir o ajuste
de comportamentos ao que é socialmente desejável (matar pessoas, levá-las à
fogueira ou ameaçá-las).
21. É preocupante
pensar que somos governados por determinações das quais mal temos consciência.
Somos alvo de n constrangimentos.
22. É ótimo que ninguém seja morto por divergir das correntes dominantes na política ou mesmo no comportamento.
23. A política seria uma maneira de lançarmos
luz sobre essas teias invisíveis que
nos dominam e tentarmos controlá-las.
24. “[...] Essa
lógica ‘do caminhão é meu’ significa
‘eu faço o que quero, sou livre’.
Ora, esse exercício da liberdade como soberania é algo que se aproxima da ideia
da idiótes. Não sou soberano.
Entretanto o indivíduo afirma: ‘Eu sou soberano sobre mim mesmo’. Mas ser
soberano sobre si mesmo não é política. Ou será que é?” (pp. 12-13).
25. O mais político
dos atos é CONVIVER. A política é vista como convivência coletiva.
26. As Leis existem
para lembrar aos indivíduos que eles também têm obrigações, deveres, e não
somente direitos. Sem a obrigação, sem os deveres, ocorreria a destruição
completa da ideia de imposto, da ideia de voto, da ideia de construção de um
espaço público.
27. Entender-se como
“unidade autônoma” e não “unidade soberana”, porque...
A) a palavra “soberano”
vem do latim “superanus”, super (sobre), aquele que está acima de todos e não
se subordina a ninguém.
B) já a palavra
“autonomia” (autós = por si mesmo e nómos = o que cabe por direito ou dever)
indica limites oriundos da vida em meio a outras pessoas, também elas
autônomas.
28. Política implica
direitos, deveres, convivência e participação em determinadas situações.
29. Tudo que é
indispensável para o bem comum merece participação, isto é, merece alguém que
se junta a outro (s) para pedir justiça. Daí a palavra “sindicato” que
significa aqueles que se juntam para defender interesses comuns, para fazer
justiça...
30. A convivência exige algum grau de constrangimento individual, ele é
necessário para a vida em sociedade, mas há épocas em que isso se intensifica.
31. A liberdade é
algo natural para o ser humano. Questão cultural? Não somente! Sentimos a
liberdade como natural – tanto é assim que não a percebemos quando está
presente, mas logo nos damos conta de sua ausência.
32. Em psicologia,
chama-se amnésia da primeira infância o fato de a pessoa não se lembrar
de praticamente nada que lhe aconteceu até os cinco anos de idade.
33. O que nos torna
mais humanos é justamente a capacidade do exercício da política como
convivência e como conexão de uma vida.
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