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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

domingo, 19 de maio de 2019

Os 06 problemas centrais da Educação:


1.      O financiamento do ensino básico.
- trata da renegociação do Fundeb. Cerca de 85% do custo médio de cada aluno do ensino básico público é pago pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cuja verba vem dos impostos dos três níveis de governo e é redistribuída de modo a evitar desigualdades entre regiões.
- O valor para este ano está estimado em R$ 156 bilhões, é estipulado de acordo com o número de alunos e o segmento em que eles estão.
- Em um cenário sem o Fundeb, o município mais rico teria cerca de R$ 56 mil anuais por aluno. Na outra ponta, haveria cidade com R$ 450 anuais por aluno. Com o Fundeb, a diferença cai para R$ 9,5 mil para o mais rico e R$ 2,9 mil para o mais pobre. O abismo se reduz enormemente, mas se pode aperfeiçoar ainda mais essa distribuição.
2.      A formação de professores.
- Salários baixos, jornadas em mais de uma instituição e pouca atratividade.
- Hoje, 42% dos docentes lecionam um conteúdo sem ter formação específica para ele.
- O MEC deveria apresentar uma Base Nacional para guiar o que um futuro professor deveria aprender na faculdade.
- Para ter uma boa educação, é necessário um bom professor. Hoje, a formação é excessivamente teórica e não prepara para dar aula.
3.      A distorção idade/série.
- no Ensino Médio, que tem 7,7 milhões de matriculados, 28,2% dos alunos não estão na série em que deveriam. E, entre aqueles na idade regular, somente 68,4% dos jovens estavam matriculados em 2017.
- Os cortes criam um aumento da exclusão escolar e o aprofundamento da má qualidade das escolas. A falta de investimento em educação impacta em indicadores sociais decrescentes e no aguçamento das desigualdades sociais e regionais. O índice de abandono do ensino médio, de 6,1%.
4.      O acesso ao ensino superior.
- uma das metas do PNE é fazer com que, até 2024, 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam matriculados ou tenham concluído a etapa. Em 2017, o índice era de 23,2%, segundo a Pnad Contínua.
- Hoje, as universidades privadas detêm cerca de 88% das matrículas na etapa. Entre as públicas, as federais ficam com 4,5% das matrículas.
- Neste ano, as federais tiveram R$ 2,08 bilhões contingenciados, de R$ 6,99 bilhões previstos no orçamento discricionário.
5.      Os cortes de bolsas de pós-graduação.
- Um dos alvos mais sensíveis da política de contingenciamento do governo, a pesquisa científica é citada como elemento-chave para a promoção do desenvolvimento do país.
- Na esteira dos cortes no MEC, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma das principais agências de fomento à pesquisa, ao lado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) — que é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) —, sofreu um bloqueio de mais de R$ 800 milhões em seu orçamento.
- No início do mês, a Capes anunciou a suspensão de 3.474 bolsas de pesquisa.
- O principal problema do ensino superior, na minha opinião, é a produção de conhecimento. Estamos perdendo nossa capacidade de pesquisa, e sem isso não teremos novas tecnologias, não produziremos soluções para problemas. No Brasil, a pesquisa está ligada às universidades. Se perdermos essa massa crítica, perdemos qualquer autonomia no cenário internacional e ficamos dependentes do exterior.
- A estagnação do país na área já vem sendo percebida pelos rankings. O Brasil ocupa a 64ª posição no Índice Global de Inovação entre 126 economias listadas. O ranking é elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
6.      A alfabetização.
- Segundo o IBGE, 7% dos brasileiros de 15 anos de idade ou mais (11,5 milhões de pessoas) eram analfabetos em 2017.
- O contingenciamento chegou a essa área, que tinha R$ 34 milhões previstos no orçamento e sofreu bloqueio de R$ 14 milhões.
- mais da metade dos alunos chega ao terceiro ano do ensino fundamental com níveis insuficientes em leitura e matemática.
- A alfabetização infantil também deverá ter impactos. Para economizar, o MEC mudou o escopo da avaliação que verifica a alfabetização de alunos do ensino fundamental: antes, o teste era com todos os estudantes do 3º ano; agora, apenas parte dos alunos do 2º ano será avaliada. A prova, assim como o Enem, é aplicada pelo Inep, autarquia que acabou de ter seu terceiro presidente nomeado pelo governo Bolsonaro.
- É necessário criar um programa de alfabetização que funcione. Mas isso implica olhar com mais atenção para a pré-escola, por exemplo, e implementar o que está sendo proposto na BNCC. Essas crianças que não se alfabetizam são os candidatos à reprovação e a ficarem atrasadas no futuro.







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