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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sábado, 13 de dezembro de 2025

Uso de telas por menores?

 O debate continua...

Embora as redes sociais sejam uma ferramenta que aproxima pessoas, seu uso sem controle por crianças e adolescentes vem causando uma série de prejuízos à sociedade, que vão desde a dificuldade de prestar atenção a aulas até, infelizmente, casos de automutilação e suicídios. Isso sem falar da alienação irrestrita a empresas, mídias, ideologias extremistas e políticos inescrupulosos. 

Os holofotes miram a Austrália. Por quê? A Austrália proibiu o uso de redes sociais para menores de 16 anos. A proibição foi aprovada no ano passado e passa a valer agora em dezembro/25. Quem bem sabe dos efeitos nefastos delas sobre crianças e adolescentes são os pais e nós, educadores.

As plataformas de mídias digitais causam sérios danos sobre seus usuários, sobretudo esse público. Agora por lá, têm a obrigação de checar a idade de seus usuários por meio de documentos ou verificações faciais, desconectar as contas já existentes desses menores e impedir a criação de novos perfis. Ou cumprem as regras ou plataformas como Facebook, TikTok, YouTube, Snapchat e Instagram serão punidas com multa de até R$ 200 milhões! Por hora, o WhatsAppe e Discord estão de fora, mas em observação.

Debate essencial e inadiável, o uso indiscriminado das redes pode ter efeitos irreversíveis sobre o ser humano, sobretudo em seus anos de formação. Mas, como lidar com esse novo problema? Regulamentação, proibição e conscientização – encontrar para cada uma delas a dose certa, eis a questão. Por exemplo...

Os desafios da Lei:

1.     Falhas no processo de verificação de idade;

2.     Uso de redes privadas virtuais (VPN) para driblar as restrições geográficas e acessar as redes como se estivessem em localidades onde não há proibição;

3.     É comparável à lei de idade mínima de 18 anos para o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco. Embora adolescentes burlem a lei, ela não perde valor para a comunidade, que precisa ser conscientizada;

4.     Mais de 2/3 dos australianos concordam com as regras mais rígidas.

Enfim, a nova experiência legal da Austrália é um bom caso a se observar. Ela ganha relevância, pois pode levar à criação de um arcabouço global, ajustado a realidades locais, sobre como mitigar os efeitos nocivos das redes sobre os jovens. Afinal, a exposição excessiva às redes e seus conteúdos nem sempre adequados não pode seguir como está. Agora cabe aos países, plataformas, pais e educadores observarem atentamente os resultados do experimento australiano e se adequarem aos novos tempos. 

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