O debate continua...
Embora as redes sociais sejam uma
ferramenta que aproxima pessoas, seu uso sem controle por crianças e
adolescentes vem causando uma série de prejuízos à sociedade, que vão desde a
dificuldade de prestar atenção a aulas até, infelizmente, casos de
automutilação e suicídios. Isso sem falar da alienação irrestrita a empresas,
mídias, ideologias extremistas e políticos inescrupulosos.
Os holofotes miram a Austrália. Por quê? A Austrália proibiu o uso de redes sociais para menores de 16 anos. A proibição foi aprovada no ano passado e passa a valer agora em dezembro/25. Quem bem sabe dos efeitos nefastos delas sobre crianças e adolescentes são os pais e nós, educadores.
As plataformas de mídias digitais causam sérios danos sobre seus usuários, sobretudo esse público. Agora por lá, têm a obrigação de checar a idade de seus usuários por meio de documentos ou verificações faciais, desconectar as contas já existentes desses menores e impedir a criação de novos perfis. Ou cumprem as regras ou plataformas como Facebook, TikTok, YouTube, Snapchat e Instagram serão punidas com multa de até R$ 200 milhões! Por hora, o WhatsAppe e Discord estão de fora, mas em observação.
Debate essencial e inadiável, o uso indiscriminado das redes pode ter efeitos irreversíveis sobre o ser humano, sobretudo em seus anos de formação. Mas, como lidar com esse novo problema? Regulamentação, proibição e conscientização – encontrar para cada uma delas a dose certa, eis a questão. Por exemplo...
Os desafios da Lei:
1. Falhas no
processo de verificação de idade;
2. Uso de redes
privadas virtuais (VPN) para driblar as restrições geográficas e acessar as
redes como se estivessem em localidades onde não há proibição;
3. É comparável à
lei de idade mínima de 18 anos para o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco.
Embora adolescentes burlem a lei, ela não perde valor para a comunidade, que
precisa ser conscientizada;
4. Mais de 2/3 dos australianos concordam com as regras mais rígidas.
Enfim, a nova experiência legal da Austrália é um bom caso a se observar. Ela ganha relevância, pois pode levar à criação de um arcabouço global, ajustado a realidades locais, sobre como mitigar os efeitos nocivos das redes sobre os jovens. Afinal, a exposição excessiva às redes e seus conteúdos nem sempre adequados não pode seguir como está. Agora cabe aos países, plataformas, pais e educadores observarem atentamente os resultados do experimento australiano e se adequarem aos novos tempos.
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