O mundo contemporâneo é marcado pela pressa e pela ansiedade. Vivemos tempos de vertigem. A avalanche digital, a pressão do trabalho e o culto às aparências nos empurram para uma vida sem pausa e sem silêncio.
Muito barulho, superficialidades, nostalgias... O materialismo prático ganhou de goleada? Tempos dominados por polarizações e cancelamentos precisam ser vencidos com verdade e liberdade. Informar com fatos, não com rumores. Pois, em tempos de narrativas fabricadas e julgamentos apressados, a verdade não teme a luz.
Uma doença cultural do nosso tempo é a oposição artificial entre verdade e liberdade. Não há liberdade sem verdade, nem verdade que dispense a liberdade. Pluralismo e convicção, fé e diálogo, razão e transcendência – eis os polos complementares de uma visão equilibrada e profundamente humana.
A ansiedade, esse mal silencioso do século, nasce da ilusão de que o ter pode substituir o ser. A cura é um duplo movimento: para dentro e para o alto. Para dentro, porque precisamos reencontrar o silêncio interior. Para o alto, porque o sentido da vida não se esgota nas conquistas passageiras.
Corremos muito, mas nem sempre sabemos para onde. Perdemos o foco, o tempo e, não raro, o coração. A pressa, travestida de eficiência, é uma forma de dispersão. Deixamos de perceber que o sentido da vida não está na velocidade, mas na direção. O caminho para vencer o medo, a dispersão e a inquietação está em viver com mais sentido. É a verdadeira revolução que o mundo precisa.
Num tempo em que tantas casas se tornaram hotéis e tantas relações se enfraqueceram pela pressa e pela distração, somos convidados a recuperar a convivência, o diálogo e a ternura. Afinal, tudo começa na humildade. É ali que a humanidade reencontra a esperança.
Num mundo de conexões superficiais, precisamos de vínculos reais, de pessoas que estejam conosco não pelo interesse, mas pelo afeto. Amizade consigo mesmo.
Enfim, o antídoto para tudo
isso é redescobrir o essencial: a simplicidade, o amor, a fé e o sentido
profundo da existência. Pois, a verdadeira paz nasce da coerência e do sentido.
O infinito cabe num coração humano.
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