O cérebro humano é o objeto mais complexo de que se tem conhecimento no Universo! Ele abriga 86 bilhões de neurônios, todos dissemelhantes, conectados a milhares de outros neurônios que, por sua vez, transmitem sinais uns aos outros através de 100 trilhões de sinapses.
Entretanto, enquanto o cérebro é obra da Biologia, é a vida que transforma o cérebro em mente. E lá se vão 5 mil anos desde que poetas e filósofos, doutores de divindades e da medicina se debruçam sobre esse mistério. É na imensa vastidão da mente humana, com sua história, arte, literatura, religião, filosofia, poesia, música, mitos que se construiu a humanidade passada e se formarão nossos pares humanos do futuro.
Enfim, o trabalho do cérebro consiste em receber presentes; a arte da mente está em desembrulhá-los. Que saibamos desembrulhar com o devido zelo o que nos foi dado de presente: a vida!
“Imagine
o cérebro como aquele lustroso monte de vida, um parlamento acinzentado de
células, uma fábrica de sonhos, um pequeno tirano dentro de uma bola de osso,
aquele amontoado de neurônios comandando todos os lances [...], muitos ‘eus’
entupidos no crânio como roupas demais enfiadas num saco de ginástica. O
neocórtex tem cumes, vales e dobras porque o cérebro continua a se remodelar,
mesmo no espaço apertado. Consideramos normal o fato, à primeira vista ridículo
e ainda assim inegável, de que cada pessoa carrega no alto do corpo um universo
completo em que trilhões de sensações, pensamentos e desejos se escoam-se em
muitos níveis, alguns dos quais nem percebemos – melhor assim” (Diane Ackerman,
“Uma alquimia da mente”).
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