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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Ciência da Fé.

 Estudos robustos provam que a espiritualidade, seja qual for a religião, faz bem e faz mal para o corpo e para a mente. Entretanto, para experimentar os benefícios ou malefícios não basta pisar amanhã na igreja, mesquita, terreiro ou sinagoga, é preciso realmente abraçar com força aquela fé. E não importa a religião, importa mesmo é ser algo verdadeiro para você ou introjetado em sua vida para funcionar.

Uma coisa que frequentemente perdemos na sociedade atual é a conexão com o divino, salvo quando a coisa aperta muito Rsrsr... A conexão com o sagrado tem benefícios e malefícios que, perdoe-me os ateus, mas ela pode acontecer de diversas formas, não só orando ou indo ao templo. Tem gente que vai para a arte, tem gente que vai para a natureza. Outros escrevem textos e mais textos (risos). São formas de você colocar o belo na sua vida, a conexão com o divino e, em última análise, com Deus. 

Gosto dessa imagem. Ela parece nos dizer que existe bondade na maldade; e maldade na bondade... Ou que o bem se revela no mal; e o mal se manifesta no bem. Enfim, duas faces de uma mesma moeda?

O que a Ciência tem a dizer sobre os impactos da Fé na saúde mental e física das pessoas?

Benefícios:

·       Menor exposição a fatores de risco como álcool e outras drogas entre os mais religiosos (porque a religião ativa os mesmos núcleos cerebrais envolvidos em atividades sexuais, ou quando ouvimos música, jogamos ou quando se usam drogas);

·       Redução do nível de cortisol (hormônio do estresse) e aumento da serotonina (hormônio da felicidade);

·       Maior ativação de áreas cerebrais de processamento de prazer e recompensa;

·       Pode ajudar a estimular mecanismos anti-inflamatórios ou processos cerebrais que controlam ansiedade;

·       Diminui a evolução de quadros de perda cognitiva, inflamação no organismo, risco de suicídio, melhora de frequência cardíaca e diminuição de arritmias;

·       Você se envolve com a comunidade, cria uma rede de apoio, faz caridade, pratica atividades assistenciais e filantrópicas, e tudo isso faz bem para a saúde;

·       Ficam menos deprimidos, ansiosos e menos propensos a se envolver em comportamentos de automutilação;

·       Tem o lado moral e filosófico dos ensinamentos religiosos que também afeta a forma como vemos o mundo e a nós mesmos, o que acaba refletindo na nossa saúde física. Por exemplo, a sabedoria budista pode ajudar a lidar com os desafios sociais e emocionais da vida moderna e proteger a saúde mental (o budismo oferece muito mais do que meditação ou atenção plena, mas uma estrutura ética e espiritual que pode ajudar a combater o individualismo e o estresse);

·       Logo, Psicoterapia e Espiritualidade podem ser boas aliadas na cura de pacientes;

·       A espiritualidade pode servir como uma força de mudança tanto pessoal quanto social, pois lida com compaixão, interconexão e humildade (não importa a religião, mas precisa ser algo verdadeiro para você);

·       Enfim, a Fé pode se aliar ao Tratamento Médico, e reforçá-lo. Pacientes com mais fé em Deus também têm mais fé no tratamento. Eles têm mais probabilidade de achar que o tratamento pode ajudar, e têm mais tendência a ver esta possibilidade como real.  

Malefícios:

Embora a fé possa ser uma fonte de força, sua manifestação pode levar a consequências desastrosas, dependendo de como é vivida, interpretada ou direcionada. Eis algumas:

·       Conflitos entre crenças e identidade pessoal (dissonância cognitiva) ou medo de desobedecer a regras podem gerar ansiedade e estresse;

·       Pensamentos intrusivos sobre temas sagrados e a necessidade de rituais repetitivos para aplacar a culpa ou o medo de ofender a Deus, pode prejudicar a vida diária e até desenvolver um “TOC Religioso”;

·       Crenças rígidas podem levar à resistência contra tratamentos de saúde mental ou à dependência excessiva de preces, ignorando outras formas de ajuda;

·       Crença de que não se pode viver sem Deus ou que favores devem ser trocados por bênçãos, diminuindo a capacidade de agir por si mesmo, gerando dependência e perda de autonomia;

·       A fé pode criar um "nós" contra "eles", gerando desconfiança, preconceito e conflitos com quem tem crenças diferentes. Está montado o palco do tribalismo e do conflito, com impactos políticos de divisão, polarizações e conflitos;

·       Amizades e casamentos podem ser prejudicados se os outros não se conformam às normas religiosas, gerando superficialidade nos relacionamentos;

·       Criação de visões de mundo negativas sobre não crentes ou outras religiões, promovendo intolerância, negacionismos, oposições à própria Ciência de visões distorcidas;

·       Entender mal as escrituras ou a fé pode se tornar um obstáculo, levando a uma fé fraca ou distorcida, promovendo mais ignorância e conhecimentos equivocados;

·       Pode gerar mais culpa, medo, cansaço, problemas financeiros e desestabilização da pessoa frente a seu Deus;

·       E o malefício mais atual: a boa Fé pode ser manipulada pela má política e transformar multidões em rebanhos perigosos. Líderes podem usar a fé para fins políticos ou financeiros, afastando as pessoas da verdadeira espiritualidade e explorando sua vulnerabilidade, como os tantos casos de manipulação e abusos de todos os tipos.

Enfim, estão comprovados pela Ciência os efeitos da crença no cérebro humano que vão de bons a ruins. A religiosidade impacta e, quem não tem uma, talvez esteja livre de tudo isso, mas aí já abre outro vazio para meditação, prática de yoga ou alguma outra conexão que vá além do mundo material. Mas aí já é outro texto para preencher... Rsrs

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