Estudos robustos provam que a espiritualidade, seja qual for a religião, faz bem e faz mal para o corpo e para a mente. Entretanto, para experimentar os benefícios ou malefícios não basta pisar amanhã na igreja, mesquita, terreiro ou sinagoga, é preciso realmente abraçar com força aquela fé. E não importa a religião, importa mesmo é ser algo verdadeiro para você ou introjetado em sua vida para funcionar.
Uma coisa que frequentemente perdemos na
sociedade atual é a conexão com o divino, salvo quando a coisa aperta muito
Rsrsr... A conexão com o sagrado tem benefícios e malefícios que, perdoe-me os
ateus, mas ela pode acontecer de diversas formas, não só orando ou indo ao
templo. Tem gente que vai para a arte, tem gente que vai para a natureza.
Outros escrevem textos e mais textos (risos). São formas de você colocar o belo
na sua vida, a conexão com o divino e, em última análise, com Deus.
Gosto dessa imagem. Ela parece nos dizer que existe bondade na maldade; e maldade na bondade... Ou que o bem se revela no mal; e o mal se manifesta no bem. Enfim, duas faces de uma mesma moeda?
O que a Ciência tem a dizer sobre os impactos da Fé na saúde mental e física das pessoas?
Benefícios:
·
Menor
exposição a fatores de risco como álcool e outras drogas entre os mais
religiosos (porque a religião ativa os mesmos núcleos cerebrais envolvidos em
atividades sexuais, ou quando ouvimos música, jogamos ou quando se usam drogas);
·
Redução
do nível de cortisol (hormônio do
estresse) e aumento da serotonina
(hormônio da felicidade);
·
Maior
ativação de áreas cerebrais de processamento de prazer e recompensa;
·
Pode
ajudar a estimular mecanismos anti-inflamatórios ou processos cerebrais que
controlam ansiedade;
·
Diminui
a evolução de quadros de perda cognitiva, inflamação no organismo, risco de
suicídio, melhora de frequência cardíaca e diminuição de arritmias;
·
Você
se envolve com a comunidade, cria uma rede de apoio, faz caridade, pratica
atividades assistenciais e filantrópicas, e tudo isso faz bem para a saúde;
·
Ficam
menos deprimidos, ansiosos e menos propensos a se envolver em comportamentos de
automutilação;
·
Tem
o lado moral e filosófico dos ensinamentos religiosos que também afeta a forma
como vemos o mundo e a nós mesmos, o que acaba refletindo na nossa saúde
física. Por exemplo, a sabedoria budista pode ajudar a lidar com os desafios
sociais e emocionais da vida moderna e proteger a saúde mental (o budismo
oferece muito mais do que meditação ou atenção plena, mas uma estrutura ética e
espiritual que pode ajudar a combater o individualismo e o estresse);
·
Logo,
Psicoterapia e Espiritualidade podem ser boas aliadas na cura de pacientes;
·
A
espiritualidade pode servir como uma força de mudança tanto pessoal quanto
social, pois lida com compaixão, interconexão e humildade (não importa a
religião, mas precisa ser algo verdadeiro para você);
· Enfim, a Fé pode se aliar ao Tratamento Médico, e reforçá-lo. Pacientes com mais fé em Deus também têm mais fé no tratamento. Eles têm mais probabilidade de achar que o tratamento pode ajudar, e têm mais tendência a ver esta possibilidade como real.
Malefícios:
Embora a fé possa ser uma fonte de força, sua manifestação pode levar a consequências desastrosas, dependendo de como é vivida, interpretada ou direcionada. Eis algumas:
·
Conflitos
entre crenças e identidade pessoal (dissonância cognitiva) ou medo de
desobedecer a regras podem gerar ansiedade e estresse;
·
Pensamentos
intrusivos sobre temas sagrados e a necessidade de rituais repetitivos para
aplacar a culpa ou o medo de ofender a Deus, pode prejudicar a vida diária e
até desenvolver um “TOC Religioso”;
·
Crenças
rígidas podem levar à resistência contra tratamentos de saúde mental ou à
dependência excessiva de preces, ignorando outras formas de ajuda;
·
Crença
de que não se pode viver sem Deus ou que favores devem ser trocados por
bênçãos, diminuindo a capacidade de agir por si mesmo, gerando dependência e
perda de autonomia;
·
A
fé pode criar um "nós" contra "eles", gerando desconfiança,
preconceito e conflitos com quem tem crenças diferentes. Está montado o palco
do tribalismo e do conflito, com impactos políticos de divisão, polarizações e
conflitos;
·
Amizades
e casamentos podem ser prejudicados se os outros não se conformam às normas
religiosas, gerando superficialidade nos relacionamentos;
·
Criação
de visões de mundo negativas sobre não crentes ou outras religiões, promovendo
intolerância, negacionismos, oposições à própria Ciência de visões distorcidas;
·
Entender
mal as escrituras ou a fé pode se tornar um obstáculo, levando a uma fé fraca
ou distorcida, promovendo mais ignorância e conhecimentos equivocados;
·
Pode
gerar mais culpa, medo, cansaço, problemas financeiros e desestabilização da
pessoa frente a seu Deus;
· E o malefício mais atual: a boa Fé pode ser manipulada pela má política e transformar multidões em rebanhos perigosos. Líderes podem usar a fé para fins políticos ou financeiros, afastando as pessoas da verdadeira espiritualidade e explorando sua vulnerabilidade, como os tantos casos de manipulação e abusos de todos os tipos.
Enfim, estão comprovados pela Ciência os efeitos da crença no cérebro humano que vão de bons a ruins. A religiosidade impacta e, quem não tem uma, talvez esteja livre de tudo isso, mas aí já abre outro vazio para meditação, prática de yoga ou alguma outra conexão que vá além do mundo material. Mas aí já é outro texto para preencher... Rsrs
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