“Trump está dinamitando as estruturas econômicas e políticas que garantiram décadas de prosperidade global, com expressiva e inédita redução da pobreza” (Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA): altamente incerta).
- Não faz
sentido, pois nas últimas décadas, os EUA foram, entre os mais ricos, o país
que mais cresceu. Subiu o PIB, e subiu a renda per capita.
- Nasceram lá e
lá continuam as empresas do século XXI, aquelas baseadas na tecnologia de alta
performance: Aplle, Meta, Amazon, Microsoft, Google e Nvidia (que produz chips
para IA).
- O iPhone foi inventado nos EUA, continua
sendo projetado por lá, mas é montado mundo afora, especialmente na China.
- Com Trump
cobrando tarifa de importação de 65% de todo produto originário da China,
ficará muito mais caro. Isso é inflação.
- Com o preço
mais alto, certamente haverá menos consumidores em condição de pagar. Isso é
desaceleração, desemprego.
- Mesmo a
indústria automotiva, de séculos anteriores, está em perigo: trabalhadores de Detroit,
as ações da Ford despencaram, a Stellantis (Chrysler, Jeep e Ram) colocou
trabalhadores americanos em licença (parou a produção no Canadá e no México,
onde são montados os carros depois exportados para os EUA).
- a lógica é
rasteira: se os americanos compra mais produtos dos estrangeiros que os
estrangeiros compram dos americanos, então os EUA estão sendo roubados? Ora, se
os americanos gastam mais, é porque poupam menos do que investem. Já são ricos
para isso. Os produtos importados facilitam a manufatura local e melhoram a
vida dos americanos.
- Enfim, sim, a
globalização deixou muitos para trás, também nos EUA. A questão econômica e
política destes tempos é como incluir essas pessoas e países. Trump quer
quebrar o sistema achando que melhorará a vida dos americanos, danem-se os
outros. Mas, por serem os maiores, os EUA são os que têm mais a perder.
·
As possíveis consequências da guerra tarifária:
- inflação e
desemprego;
- desaceleração
da economia mundial;
- queda
inevitável do comércio global;
- possível
recessão;
- incerteza nas
expectativas;
- fim da
contínua prosperidade geral.
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