A minissérie “Adolescência” conta a história da prisão de um menino inglês de 13 anos, acusado de assassinar uma colega, aparentemente movido por um impulso misógino. A trama investiga como a escola, a família e a cultura da internet podem ter colaborado para a tragédia.
Bem, o que é “pânico moral”? É uma reação desproporcional a grupos sociais percebidos como ameaças graves aos valores e à ordem de uma sociedade. Que fenômeno é essa da “juventude desviante”? Adolescentes misóginos à espreita, nas famílias e nas escolas, para cometer feminicídios. Mas, isso não é regra geral como se fosse sinal de uma ameaça social iminente a exigir respostas drásticas – vigilância sistemática nas famílias, medidas punitivistas nas escolas ou políticas públicas baseadas no medo.
Enfim, é preciso alerta, preocupação e
prevenção. Mas não precisa alimentar nenhuma histeria coletiva. Afinal, o medo
social pode incorrer em uma sociedade menos segura, um sistema educativo traumatizado,
jovens criminalizados preventivamente e famílias destruídas pela suspeita. Não
alimentemos aquilo que pretendemos sufocar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário