Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Escalada do Tarifaço de Trump.

·       Guerra comercial iniciada com o tarifaço de Tramp.

·       Hoje, o déficit comercial total dos EUA em relação a todos os países do mundo, é de US$ 1,2 trilhão, em 2024. E ¼ disso foi apenas com a China. A China tem uma posição confortável. 

·       A China exporta cerca de US$ 450 bilhões para os EUA. A China domina o comércio mundial, com um superávit de US$ 1 trilhão com o comércio no resto do mundo. Pequim agora diversifica seus mercados. A China tem mais chance de vencer. A moeda chinesa Yuan caiu (cotação mais baixa em 18 anos) para tornar suas exportações mais baratas e competitivas. Grandes empresas americanas, como a Aplle, perdem porque dependem da China. Não tem como trazer a produção para os EUA, como Trump quer. Os chineses dominam mercados essenciais, como baterias, painéis solares, carros elétricos, minerais essenciais para alta tecnologia. Romper essa dependência frente a China vai ser doloroso para os consumidores e empresários americanos…

·       Novos alvos na guerra de tarifas de Donald Trump. Agora vai atingir semicondutores (um item essencial na fabricação de uma série de produtos eletrônicos, além das máquinas para fabricar os chips, e também no desenvolvimento de IA). Aplle (importa 90% da China) foi poupada, smartphones, computadores, TV’s. Importados da China (20% de taxação contra 145% dos outros produtos). Trump quer trazer para os EUA as fábricas desses produtos, que são essenciais para a segurança nacional e a independência econômica. Além dos chips, importação de “produtos farmacêuticos” (que também serão tarifados). EUA importa quase todos os remédios da China, Índia e UE. Quer acabar com isso. Porém, tanto a produção de ambos dependem de complexas cadeias produtivas. Não podem ser deslocadas rapidamente (9 meses).

·       Guerra contra a imigração, política nacionalista, luta contra o crime.  

·       Presidente do El Salvador ajuda a Trump a driblar a justiça.

·       Universidade de Harvard (a mais rica, com cotação de US$ 53 bilhões, e a primeira a enfrentar o Governo) se nega a cumprir demandas da Casa Branca e tem repasses congelados (reduzir o poder de estudantes e professores, informar sobre professores estrangeiros que participam de protestos, se submeter a vigilância externa sobre orientação política dos departamentos acadêmicos). Na sequência, congelamento de US$ 2 bilhões em financiamento Federal. “Nenhum governo, seja qual o for o partido no poder, deve ditar o que uma Universidade privada pode ensinar, quem pode admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”. 800 professores assinam carta instando a Universidade a montar uma oposição coordenada contra esses ataques antidemocráticos. Havard é a primeira a resistir, depois Columbia (que perdeu US$ 400 milhões em verbas federais, acusada de promover antissemitismo, aí cedeu, fazendo o que as autoridades exigiam, uma intervenção no Departamento de Oriente Médio e uma força de segurança capaz de prender estudantes no campus). Outras também sofreram cortes de verbas: Universidade da Pensilvânia (por apoiar atletas trans), Universidade de Cornel (US$ 1 bilhão), Universidade de Princeton, Braune e Ofwesten (por permitirem manifestações contra Israel). Conservadores de Trump há tempo criticam essas grandes universidades, com sendo dominadas por progressistas. No total, já foram cortados US$ 12 bilhões. Muitas tiveram que congelar contratações e demitir pessoal. 

- começaram a cobrar as taxas sobre a União Europeia e de outros 60 países. “Infratores, impõem mais barreiras comerciais aos americanos”. Desestabilizar o comércio global. Comportamento arrogante é um “Bullying Econômico”. Os EUA já estão arrecadando US$ 2 bilhões/dia com as tarifas. Objetivo de reativar a indústria americana.

- inclusive os produtos chineses: +104% em impostos para entrar nos EUA.

- China reage e eleva para 84% as tarifas sobre produtos americanos. Temos a determinação e os meios para retaliar essas medidas. Medidas que aumentem o consumo interno e estabilize o mercado financeiro do país. Não vai ceder (do ponto de vista estrutural/emocional). China tem uma história longa de humilhação imposta por países estrangeiros. Crescer para dentro, aumentando a renda e vendendo para dentro. Fortalecer. A nova rota da seda, que é uma rede de aliados estratégicos. Aumentar a união dos países da Ásia.

- na outra frente está a Europa: estão abertos ao diálogo, mas tem armas para retaliar nessa guerra. Os 27 países da UE tem o plano de aplicar taxas de importação de 25% sobre vários produtos. Motocicletas, barcos de luxo e suco de laranja. Cerca de 70% das exportações da UE são afetadas pelas tarifas de Trump. Perda de empregos e impacto negativo no crescimento econômico.

- O Brasil tem reservas cambiais altas: US$ 370 bilhões. Isso nos fortalece. Jogo de perde-perde. 



·       Turbulência no Mercado Financeiro diante das incertezas quanto ao futuro da Guerra Tarifária imposta por Trump, e o impacto disso sobre a Economia –  se confunde com a quantidade de tarifas comerciais que ele próprio impôs à China nos últimos dias. Total das taxas em vigor: 145% (sobrepreço dos produtos chineses: sobre os +US$ 400 bi de produtos chineses que os EUA importam de lá) e não 125%. Tem os 25% sobre aço, alumínio e automóveis que atingem todo mundo. Cresceu e está em 30%, não se via no país desde 1903. Um freio para o crescimento e um alimento para a inflação. Risco de recessão. Trump aposta nessa tensão permanente, e provoca:

- queda nas bolsas;

- alta do dólar;

- abala a confiança de investidores e aliados históricos;

- pode ter efeitos mais profundos e duradouros.

- petróleo: guerra comercial leva o preço do barril ao menor patamar em 4 anos. Acende alerta na Petrobras. Tipo Brent: US$ 63,40. (pode cair a US$ 55 ou 50). O petróleo deve continuar caindo, enquanto a guerra tarifária persistir. Maior tensão EUA x China, mais o impacto nas commodities de um modo geral. O cenário de incerteza e volatilidade causa uma desaceleração na economia, reduzindo a demanda por petróleo (matriz energética que alimenta uma cadeia produtiva enorme: combustíveis, funcionamento de máquinas, geração de energia e produtos do nosso dia a dia). Investidores do mundo todo ficarão mais cautelosos, investido menos nos negócios. Evolução errática, subir ou cair, dos discursos de ameaça, na volatilidade. E se o preço do petróleo cai no mercado internacional, a Petrobras sofre impactos (perde valor de mercado, de 2 de abril para cá, perdeu 88 bilhões de reais de valor de mercado). O combustível ficará mais barato, mas indústria, comércio e transportes vão ter um alívio nos custos de produção. Cai, isso é bom. O ponto negativo, é o dólar disparar (cai 10%-15% petróleo e sobe dólar).

- União Europeia tenta acordo com os EUA, mas já está pronta para taxar receitas publicitárias das Big Techs.

- o custo do caos e da incerteza será pesado. 

·       Inflação e inadimplência no Brasil. Segurar os gastos, consumir só o essencial. Menos restaurante, hotéis, academia, cabelereiro. Soma de razões: inflação acumulada (5,06%), aumento da taxa de juros (14,25%), falta de confiança do consumidor e aumento da inadimplência (75 milhões de brasileiros). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário