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Guerra comercial iniciada com o tarifaço de Tramp.
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Hoje, o déficit comercial total dos EUA em relação a todos os países
do mundo, é de US$ 1,2 trilhão, em 2024. E ¼ disso foi apenas com a China. A
China tem uma posição confortável.
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A China exporta cerca de US$ 450 bilhões para os EUA. A China domina
o comércio mundial, com um superávit de US$ 1 trilhão com o comércio no resto
do mundo. Pequim agora diversifica seus mercados. A China tem mais chance de
vencer. A moeda chinesa Yuan caiu (cotação mais baixa em 18
anos) para tornar suas exportações mais baratas e competitivas. Grandes
empresas americanas, como a Aplle, perdem porque dependem da China. Não tem
como trazer a produção para os EUA, como Trump quer. Os chineses dominam mercados
essenciais, como baterias, painéis solares, carros elétricos, minerais
essenciais para alta tecnologia. Romper essa dependência frente a China vai ser
doloroso para os consumidores e empresários americanos…
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Novos alvos na guerra de tarifas de Donald Trump. Agora vai atingir semicondutores (um item
essencial na fabricação de uma série de produtos eletrônicos, além das máquinas
para fabricar os chips, e também no desenvolvimento de IA). Aplle (importa 90%
da China) foi poupada, smartphones, computadores, TV’s. Importados da China
(20% de taxação contra 145% dos outros produtos). Trump quer trazer para os EUA
as fábricas desses produtos, que são essenciais para a segurança nacional e a
independência econômica. Além
dos chips, importação de “produtos
farmacêuticos” (que também serão tarifados). EUA importa quase todos os
remédios da China, Índia e UE. Quer acabar com isso. Porém, tanto a produção de
ambos dependem de complexas cadeias produtivas. Não podem ser deslocadas rapidamente
(9 meses).
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Guerra contra a imigração, política
nacionalista, luta contra o crime.
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Presidente
do El Salvador ajuda a Trump a driblar a justiça.
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Universidade
de Harvard (a mais rica, com cotação de US$ 53 bilhões, e a primeira a
enfrentar o Governo) se nega a cumprir demandas da Casa Branca e tem repasses
congelados (reduzir o poder de estudantes e professores, informar sobre
professores estrangeiros que participam de protestos, se submeter a vigilância
externa sobre orientação política dos departamentos acadêmicos). Na sequência,
congelamento de US$ 2 bilhões em financiamento Federal. “Nenhum governo, seja
qual o for o partido no poder, deve ditar o que uma Universidade privada pode
ensinar, quem pode admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa
podem seguir”. 800 professores assinam carta instando a Universidade a montar
uma oposição coordenada contra esses ataques antidemocráticos. Havard é a primeira a resistir, depois Columbia (que perdeu US$ 400 milhões em
verbas federais, acusada de promover antissemitismo, aí cedeu, fazendo o que as
autoridades exigiam, uma intervenção no Departamento de Oriente Médio e uma
força de segurança capaz de prender estudantes no campus). Outras também
sofreram cortes de verbas: Universidade da Pensilvânia
(por apoiar atletas trans), Universidade de Cornel (US$ 1 bilhão), Universidade de Princeton, Braune e Ofwesten (por permitirem manifestações
contra Israel). Conservadores de Trump há tempo criticam essas grandes
universidades, com sendo dominadas por progressistas. No total, já foram
cortados US$ 12 bilhões. Muitas tiveram que congelar contratações e demitir
pessoal.
- começaram a
cobrar as taxas sobre a União
Europeia e de outros 60
países. “Infratores, impõem mais barreiras comerciais aos americanos”. Desestabilizar
o comércio global. Comportamento arrogante é um “Bullying Econômico”. Os EUA já estão arrecadando US$ 2 bilhões/dia com as tarifas.
Objetivo de reativar a indústria americana.
- inclusive os
produtos chineses: +104% em impostos para entrar nos EUA.
- China reage e eleva para
84% as tarifas sobre produtos americanos. Temos a determinação e os meios para
retaliar essas medidas. Medidas que aumentem o consumo interno e estabilize o
mercado financeiro do país. Não vai ceder (do ponto de vista
estrutural/emocional). China tem uma história longa de humilhação imposta por
países estrangeiros. Crescer para dentro, aumentando a renda e vendendo para
dentro. Fortalecer. A nova rota da seda, que é uma rede de aliados
estratégicos. Aumentar a união dos países da Ásia.
- na outra
frente está a Europa: estão abertos ao diálogo, mas tem armas para retaliar
nessa guerra. Os 27 países da UE tem o plano de aplicar taxas de importação de
25% sobre vários produtos. Motocicletas, barcos de luxo e suco de laranja.
Cerca de 70% das exportações da UE são afetadas pelas tarifas de Trump. Perda
de empregos e impacto negativo no crescimento econômico.
- O
Brasil tem reservas cambiais altas: US$ 370 bilhões. Isso nos fortalece. Jogo
de perde-perde.
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Turbulência no Mercado Financeiro diante das incertezas quanto ao
futuro da Guerra Tarifária imposta por Trump, e o impacto disso sobre a
Economia – se confunde com a quantidade
de tarifas comerciais que ele próprio impôs à China nos últimos dias. Total das taxas
em vigor: 145% (sobrepreço dos produtos chineses: sobre os +US$ 400 bi de
produtos chineses que os EUA importam de lá) e não 125%. Tem os 25% sobre aço,
alumínio e automóveis que atingem todo mundo. Cresceu e está em 30%, não se via
no país desde 1903. Um freio para o crescimento e um alimento para a inflação.
Risco de recessão. Trump aposta nessa tensão permanente, e provoca:
-
queda nas bolsas;
- alta
do dólar;
-
abala a confiança de investidores e aliados históricos;
- pode
ter efeitos mais profundos e duradouros.
-
petróleo: guerra comercial leva o preço do barril ao menor patamar em 4 anos. Acende alerta na
Petrobras. Tipo Brent: US$
63,40. (pode cair a US$ 55 ou 50). O petróleo deve continuar caindo,
enquanto a guerra tarifária persistir. Maior tensão EUA x China, mais o impacto
nas commodities de um modo geral. O cenário de incerteza e volatilidade causa
uma desaceleração na economia, reduzindo a demanda por petróleo (matriz
energética que alimenta uma cadeia produtiva enorme: combustíveis,
funcionamento de máquinas, geração de energia e produtos do nosso dia a dia). Investidores do mundo todo
ficarão mais cautelosos, investido menos nos negócios. Evolução
errática, subir ou cair, dos discursos de ameaça, na volatilidade. E se o preço
do petróleo cai no mercado internacional, a Petrobras sofre impactos (perde
valor de mercado, de 2 de abril para cá, perdeu 88 bilhões de reais de valor de
mercado). O combustível ficará mais barato, mas indústria, comércio e
transportes vão ter um alívio nos custos de produção. Cai, isso é bom. O ponto
negativo, é o dólar disparar (cai 10%-15% petróleo e sobe dólar).
- União Europeia
tenta acordo com os EUA, mas já está pronta para taxar receitas publicitárias
das Big Techs.
- o custo do caos e da incerteza será pesado.
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Inflação
e inadimplência no Brasil. Segurar os gastos, consumir só o essencial. Menos
restaurante, hotéis, academia, cabelereiro. Soma de razões: inflação acumulada (5,06%),
aumento da taxa de juros (14,25%), falta de confiança do consumidor e aumento
da inadimplência (75 milhões de brasileiros).
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