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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Sobre a tragédia em Mariana.

 

·       Julgamento da maior ação ambiental coletiva da história do Reino Unido. Envolve um caso aqui do Brasil. Cerca de 620 mil processos julgados ao mesmo tempo, atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana, entraram na Justiça da Inglaterra contra a BHP (mineradora britânica e australiana), uma das controladoras da mineradora. Todos lutam por uma indenização: empresas, municípios e povos tradicionais é representado por um escritório internacional (especializado em ações de grande escala e ligadas a casos ambientais e sociais).

- Ação bilionária. A tragédia completa 9 anos. Matou 19 pessoas. 

- Base legal: o direito ambiental brasileiro.

- Já se trata da maior ação coletiva da história jurídica inglesa (pessoas físicas, comunidades tradicionais, 46 prefeituras, 1.500 empresas e autarquias e instituições religiosas). Todos tentam provar a responsabilidade civil da BHP.

- O julgamento vai durar 12 semanas.

- O processo pede uma indenização de R$ 230 bilhões.

- Já são quase 10 anos nessa expectativa.

- As vítimas acionaram a Justiça Internacional por conta da demora da Justiça Brasileira.

- Municípios: Bento Rodrigues, Panacatu de Baixo e Gesteira.

- Foi em 05 de novembro de 2015. 19 mortos. A lama tóxica percorreu 675 Km, atingiu o Rio Doce, comprometeu o abastecimento de água de cidades de MG, ES e chegou no Atlântico.

- Ao todo, 2,2 milhões de pessoas nos dois estados (MG e ES).


Impactos sociais, econômicos e ambientais:

·       19 mortos, povoados desaparecidos, estragos na saúde e na qualidade de vida dos 45 municípios atingidos.

·       Foram liberados mais de 44 milhões de m3 de rejeitos de mineração: Ferro, Silício, Alumínio. Os metais pesados podem provocar danos como alucinações, paralisias, problemas na pele.

·       A expectativa de vida dessas pessoas diminuiu 2,5 anos. Em alguns municípios, 24 anos a menos de vida.

·       Aumento de até 100% de câncer; 400% de aborto. Mais +400% de arboviroses, como a Chikungunya.

·       Perda econômica de MG-ES (2015-20218): R$ 500 bilhões. Interrompeu atividades produtivas, como a dos pescadores. Direitos alimentares, sobretudo de comunidades tradicionais.

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