Os monstros foram injustiçados na cultura, no cinema e na história.
Ora, o Lobisomem foi amaldiçoado por causa de uma mordida de lobo e luta pela defesa própria, mas é morto a tiros pelo próprio pai nas últimas cenas. Frankenstein não pediu para nascer, e muito menos à base de pedaços já meio podres de cadáveres de túmulos, feito um monstro. A Múmia foi um príncipe egípcio assassinado pelo pai da garota que ele amava e embalsamado para a eternidade, mas arqueólogos ingleses enxeridos a retira da paz de seu sarcófago. O que fez o Dragão de São Jorge para ser trespassado por um santo de capacete e armadura e a cavalo? Qual foi a sua culpa? Morreu apenas por ser dragão?
E por aí se vai... Nenhuma lágrima por eles em suas últimas agonias...
Pegar o que há, de pior em nós, e jogar numa figura monstruosa para depois condená-la, não seria assassinar um pouco de nós mesmos?
Enfim, o problema é que, se esses monstros continuarem a morrer, pelo simples fato de serem o que são... E se assim o for, é todo o Direito que está em jogo.
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