·
O
mundo virtual invadiu o mundo real e transformou em memes cenas de nosso
trabalho e de nossas vidas.
·
Tema recorrente da política na Europa e nos EUA: multidões
em trânsito, tangidas pelas GUERRAS, DITATURAS e DESASTRES AMBIENTAIS. O mundo nem
sempre reconhece seu drama, envolto no espetáculo cotidiano. O Brasil não
percebe tanta gente batendo à parta, porque a discussão central é a cadeirada.
·
Qual o efeito da inteligência artificial sobre a criatividade
humana? (ChatGPT,
IA generativa, Dall-e da OpenAI, Gemini do Google, Llama da Meta, Claude da
Anthropic, Midjourney e Stable Diffusion).
·
IA generativa: ela extrai padrões de grandes volumes de dados, como
se fizesse um “resumão” do que já foi publicado, seus modelos produzem textos e
imagens inéditos, mas não criativos.
- ainda que ela
possa oferecer um impulso criativo individual, ela reduz a criatividade
coletiva (ou a criatividade agregada). A busca por preferência cancela a
criação ou inovação. A internet está inundada de dados sintéticos (em breve
será mais do que dados produzidos por humanos). Ou seja, corrompido e
desconectado da realidade. Enfim, preservar nossa capacidade criativa é
determinante para o futuro da sociedade.
·
Criatividade:
- atributo
essencial para a nossa sobrevivência;
- o que nos
torna humanos;
- a capacidade
de inovar, de criar algo novo, ainda é exclusividade nossa;
- novidade
(afasta do padrão e agrega algo novo) e utilidade (praticidade e
relevância).
·
A
força física e o assédio moral tentam superar os argumentos que faltam e os
projetos que não existem.
·
Apresentadores,
influencer e picaretas usam a vida
real para nos transportar para a realidade pateticamente risível da política
brasileira, bem lá no mundo virtual, onde eles manipulam mais facilmente com
cortes, sons, memes e inteligência artificial.
·
A
personalidade que comandava fez com que ele mesmo acreditasse que era um
super-gato combatendo os vilões, sonhando com a política como concretização de
suas fantasias sobre si mesmo.
·
Mas,
a realidade é bem diferente, cheia de gente complexa, engrenagens perversas, e
a força que nos obriga a deparar no espelho com o reflexo de si mesmo. É aí que
você chora em público, arrepende-se de ter entrado na arena e de ter caído na
boca dos leões.
·
Seus
seguidores acabaram vendo a imagem não filtrada do herói virtual e gostaram mais
do que viam pela televisão ou pelo celular.
·
Os influencers picaretas, acostumados a
escandalizar o público das redes
sociais, acabam levando seu estilo grosseiro, escandaloso, assediador, para a
campanha, que não deixa de ser outro palco de teatro, e o excessos de
histrionismo acaba esvaziando sua atuação, mostrando o que se realmente é, um
simulacro de salvador de mente e almas, sendo que as suas continuam presas num
mundo ficcional que o enriquece à custa dos pobres de espírito, presas fáceis
de manipuladores digitais ou pseudorreligiosos.
·
Quando
se sai em algum tipo de violência, significa que os argumentos não valem nada,
e o nível da civilidade, da democracia, da convivência ou da campanha está
baixíssimo! Isso é sinal de uma disputa ególatra.
·
Quem
de fato frequento o lado luminoso da força, como engana milhões de seguidores,
não saberia o significado de certas gírias nem a prática de determinadas maldades.
· A triste realidade que estamos vivendo virou meme de gozação. Cenas patéticas, situações exóticas ou programa humorístico travestido de debate e ainda dando ibope na TV ou nas Redes é péssimo e triste sinal de pouca ou baixa representação democrática. É sinal de que a nossa democracia está muito malcuidada, mal protegida. Afinal, qual o ganho nisso ao explorar essa situação patética?
· A intelectualidade de esquerda comanda um revisionismo histórico que cultiva não a autocrítica saudável, mas um estado permanente de ódio ao próprio país.
· Cuidado para não terminar parecendo o clássico peru natalino, aturdido por substâncias fortes, procurando alianças à esquerda e à direita, e sendo odiado por todo mundo!
· Lula e o público 60+. Há 32,1 milhões de idosos no Brasil, 15,8% da população nacional. 35% desse segmento avalia o governo federal como ruim ou péssimo, o pior resultado entre todos os grupos consultados. A aposta do PT nessas eleições municipais 2024 é tentar aproximar o partido desse público 60+. As estratégias vão de acertar no tom do diálogo até políticas de assistência social.
· O Brasil é assim: só concerta a tramela depois que o ladrão arromba a janela e saqueia a casa. Os Estados só foram perceber que não tem defesa civil, bombeiros e brigadistas após os incêndios; só quando a disseminação de aposta se agravou, a Fazenda adotou a regulamentação e a fiscalização das Bets... E por aí vai. Todo posto precisa de liderança, organização e pacto. Se faltam ações, sobram demagogias.
· Quando não se faz a menor ideia de resolver um problema, proponha um “pacto coletivo”. Isto é, jogue a bola para a galera! Cadê o plano de ação prévio, bem formulado e exequível? Algo concreto, escrito, palatável (chega de coletâneas de platitudes e ideias em profusão, muitas estapafúrdias). Duas perguntas: Por quê? A quem cabe coordenar a preparação?
· Esmagar a oposição. Prefeitos de extrema-direita vão intensificar dramaticamente os esforços para moer todo contraponto a seu domínio e alcance. E não se trata de atos isolados ou aleatórios, mas parte de um plano continuado e coordenado para silenciar, desencorajar e esmagar toda oposição pacífica. E serão capazes de jogar de toda forma suja: incitação ao ódio, terrorismo, mergulho em agudas crises humanitárias e existenciais, ataques aos direitos humanos, detimento sem identificar a força, até abatimento se vacilar, dificultar o advogado, acusações vagas, vídeos e fotos em redes sociais, validar mecanismos de criminalização, narrativas antidemocráticas e autoritárias, cinismo repugnante. Enfim, um rolo compressor sobre os direitos humanos. Precisamos sair em defesa da democracia e lutar contra o extremismo.
· Salários mínimos são uma importante ferramenta para reduzir disparidades de rendimentos. Dada a diversidade entre os mercados formal e informal dos Estados brasileiros o salário mínimo nacional deveria ser eliminado e todos os Estados deveriam ter seu mínimo obrigatoriamente? Na verdade, alguns Estados já o têm: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, mas estão entre os mais ricos e podem adotar salários mínimos maiores que o nacional. Porém, os Estados mais pobres têm um mercado informal maior, e deveriam adotar um salário mínimo menor para evitar isso? Enfim, além do custo do salário mínimo em si é também preciso ponderar que ele vem acompanhado de férias, contribuições de Previdência e FGTS. Isso faz com que muitas empresas e famílias não tenham condições de pagá-lo.
· O que corrói realmente a democracia? Os outsiders corroem as democracias por dentro e, desse modo, representam uma ameaça a ser combatida, custe o que custar? Em caráter excepcional, deve-se renunciar a valores democráticos para defender a própria democracia? É óbvio que há um perigo nessas ideias e para onde elas estão nos levando. Quando curtos-circuitos são gerados dentro das democracias o que deve ser feito não é a remediação contraditória de suas consequências, mas a correção de suas causas originais. Ou seja, um Marçal, um Datena, um Bolsonaro e filhos, um Tramp, e por aí vai... É a falta de nível dessa gente a quem o sistema político permite e incentiva que participem do jogo político que deve ser corrigido. Por exemplos: 1) Já justificamos o cerceamento de liberdades para justificar a defesa da própria liberdade; 2) Será que passaremos a justificar a falta de civilidade para defender a própria civilidade? Ou cadeiradas serão aceitas, excepcionalmente, para garantir a “defesa da honra”? É isso que vai ser pautado nos jornais, das campanhas e nos debates? É sério isso? Enfim, se levar um tapa na cara não é com outro que se resolve, muito menos entregando a outra face, mas buscando os meios legais para corrigir o ato violento. Boas democracias não permitem nem alimentam contradições grosseiras.
· Combater a lacração. A erosão alarmante do diálogo em nossa sociedade e a urgente necessidade de restaurar a comunicação. É preciso combater e prevenir ações e comportamentos que comprometem o diálogo e conscientizar e sensibilizar as pessoas no curto prazo. É essencial promover uma consciência crítica que permita aos indivíduos reconhecer e rejeitar tentativas de manipulação em comunicações truncadas e cortadas. A solução passa por uma campanha que incentive a população a valorizar e exigir um discurso que favoreça o entendimento mútuo e a coexistência de diferentes opiniões.
· O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. “Se a temperatura global aumentar em 4ºC até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O sujeito se entrega ao negativismo depressivo. O fatalismo grassa e o moralismo endoida. Degradação dos costumes, nada para substituir, vazios. Todos os poderes, mesmos os mais colossais, acabam morrendo. “A extinção total da raça humana seria um serviço prestado à natureza” (Saint-Ange).
· Estudo liga consumo de álcool a 6 tipos de câncer. Bebida é fator de risco para 6 tipos de doença, como na mama e o colorretal.
· Carta Aberta de pesquisadores critica as pressões de Elon Musk em relação ao Brasil.
“A disputa do Brasil com Elon Musk é apenas o mais recente exemplo de um esforço mais amplo para restringir a capacidade de nações soberanas de definir uma agenda de desenvolvimento digital livre do controle de megacorporações sediadas nos EUA”.
“Mais do que advertir o Brasil, suas ações enviam uma mensagem preocupante para o mundo: que países democráticos que buscam independência da dominação das big techs correm o risco de ter suas democracias perturbadas, com algumas big techs apoiando movimentos e partidos de extrema direita”.
· Elon Musk assumiu definitivamente o papel de militante da direita internacional. O X não é um investimento financeiro, mas um lance para aumentar o potencial da atividade política de Musk. O combate ao ativista internacional torna-se também um combate político. O STF precisa evitar que suas ações sejam vistas como política, pois o X e outras redes sociais ganharam força e status de Estados paralelos. Esses donos de big techs cada vez se sentem mais onipotentes e onipresentes, e esse poder lhes dá a sensação de invencibilidade. Estamos vivendo uma realidade distópica (torna-se necessária a proteção da soberania nacional, embora a tecnologia não tenha fronteiras e um vilão digital se sente em condições de enfrentar um Estado-Nação inteiro). A tecnologia digital permite não apenas que poucos poderosos enfrentem as leis de países, como assassinatos à distância – terrorismo digital, fruto da nova guerra à distância, liderada por drones assassinos, sem que “guerreiros” estejam no campo de batalha. Empresas donas de redes sociais ganharam uma força que as transformam em Estados paralelos. Seus donos são vilões que desejam dominar o mundo com armas tecnológicas avançadíssimas, mas que sucumbem aos heróis que protegem o mundo. As leis brasileiras são analógicas e precisam ser readequadas aos tempos de guerras digitais, metafóricas ou reais. Enfim, quando alguns dos bilionários do mundo têm mais dinheiro que países, e esse dinheiro está concentrado em grandes empresários digitais como Musk, do X, Jeff Bezos, da Amazon, Mark Zuckerberg, da Meta, e Larry Ellison, da Oracle, o poder deles é imensurável se as nações não se unirem para impor-lhes limites de convivência civilizada nesta nova era. Basta que um desses bilionários tenha um desvio de caráter ou sonhos megalomaníacos de poder para estarmos em perigo.
· Não faltam evidências de pressão sobre os preços: a economia segue aquecida, o desemprego cai, a política fiscal do governo é expansionista, e o dólar continua alto. Com a Selic em 10,75%, que ninguém se engane, pois a notícia não é boa: ao tornar o crédito mais caro, inibe o consumo e o investimento. A política monetária é contracionista e visa a longo prazo evitar a escalada de preços e erosão no poder de compra. No Brasil, a consequência previsível é a entrada de mais dólares em busca de retornos maiores, com possível valorização do real.
· Indicador revela caminho para redução na dependência do Estado – entrada de quem recebe Bolsa Família no mercado formal. A pressão sobre o programa é que ele tire brasileiros da miséria e integre-os à sociedade produtiva, sem torna-los dependentes do Estado. De janeiro a julho, a economia brasileira gerou 1,49 milhão de empregos formais (destes, 56,2% ou 838 mil, foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família). Isso revela que dependentes do auxílio assistencial do Estado têm dado um passo para a emancipação. Dados:
1.
Predominam
nas vagas formais do mercado de trabalho os beneficiários do Bolsa Família, que
deverá custar R$ 167 bilhões em 2025 ou 1,4% do PIB (é que se a renda total,
acrescida do salário, não ultrapassar meio salário mínimo per capita, a família
inscrita com emprego, recebe metade do benefício por mais 2 anos);
2.
Dos
20,7 milhões de famílias inscritas no Bolsa Família, pouco mais de 13% (2,7
milhões) enquadram-se nessa regra.
3.
É
provável também que muitos beneficiários prefiram trabalhar como autônomos,
ainda temerosos de perder o auxílio.
4.
Há
54 milhões de adultos inscritos no cadastro de programas sociais, mais que os
46,8 milhões do mercado de trabalho formal.
5.
É
baixa a qualidade dos empregos. A taxa de desemprego está em 6,9%. A oferta
menor de empregos qualificados reflete o perfil de uma economia pouco
diversificada, principalmente em segmentos avançados da indústria e do setor de
serviços.
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