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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Temas relevantes, 2024.

“Um limiar muito complexo, uma encruzilhada perversa onde temos que decidir a quem somos leais. Quase sempre decidimos desistir de ser leais a nós mesmos em favor da lealdade à coletividade. Mas quanto nos custa essa lealdade? Quanto ela está sendo benéfica à comunidade negra ou LGBT de conjunto?” (Winnie Bueno, escritora).

Você sabe o que me manteve de pé?

A fé.

Não em algum deus,

não em mitos e lendas.

Em mim mesmo!

·       Sou encantado pelo presente, mas também muito apavorado por ele. Estamos vivendo uma censura louca, também uma censura das palavras. É como se estivéssemos proibidos de falar sobre política, no Brasil e no Mundo. Você não pode falar nada que “apanha”. Atualmente, vivemos a ditadura da hipocrisia e das palavras. Não posso dar minha opinião. Que loucura! Mas, esse mundo aí está tombando para a extrema direita, nazi-fascista, que não gosta de preto, não gosta de velho, não gosta de gay, não gosta de judeu... A maioria das pessoas ainda não percebeu, mas o Mundo está em guerra, o que inclui o Brasil. Estamos sendo invadidos pela extrema direita... Estão brincando de falso moralismo e hipocrisia, até descobrirem que a brincadeira é séria – enfim, o escândalo.  Isso explica porque as pessoas, quando arriscam falar, são vazias e prolixas. O sentido político da palavra está interditado. Isso é sinal dos tempos apolíticos e apocalípticos que estamos vivendo. Onde falta ação, sobram ouvintes e tagarelas vazios.

Veja só:

1)     O Trump está aí, brigando com a Kamala;

2)     Portugal é um outdoor de políticos de extrema direita;

3)     Adoradores do nazismo estão sendo encontrados no Brasil;

4)     A Globo está lançando uma novela com 80% do elenco de atores pretos. Está trabalhando com a misteriosa psicologia inversa do “quem tem uma visão positiva diante de uma falência e de uma tragédia tem humor”. Isso se chama cancelamento, interdição... “Estamos proibidos de acreditar”. É o olhar da comédia, trágico, mas muito engraçado. É o prisma da Globo fascista: “A Vida é cheia de dramas e comédias, a Morte também!”.  

·       Denúncias de assédio provocaram uma espécie de bug em setores da esquerda, do movimento negro, LGBT e do governo. Há uma campanha para afetar a imagem de autoridades públicas do governo, um “tribunal de exceção”, sobretudo as que impactam pautas importantes de agenda. Um linchamento identitário, espécie de autofagia entre os movimentos pró-minorias. Que os episódios não prejudiquem as lutas antirracista e identitária.

·       Algumas conclusões: não haverá igualdade plena enquanto a busca por equidade for subordinada a qualquer outra causa (mesmo sendo ela coletiva, pois ainda assim, a injustiça contra um acabará sendo uma ameaça contra todos); ao longo da História, abusos cometidos sempre foram repelidos por escudos retóricos e políticos convenientes; encarar o fato de que seres humanos cometem erros independentemente da cor da pele e do gênero é desafiador. 

·       Poderes independentes, mas harmônicos. O avanço da Coordenação sobre espaços abertos pela inércia da Gestão e da Docência acaba acarretando uma frequência de atropelos institucionais. Desse modo, incomoda a regra institucional que estabelece Poderes independentes, mas harmônicos entre si. Perde a Democracia. Não basta a ação dar certo, é preciso dar certo dentro das prerrogativas institucionais. Do contrário, o certo é tomado por errado. 

“Novo normal”: choque de agendas de eventos (anti)climáticos extremos.

- Fazer um Plano 2025, para evitar que se repita no ano que vem o que está acontecendo agora.

- Congresso está discutindo uma Anistia para quem tentou o golpe do 08/01, quando deveria estar fazendo esse Plano; quem está marchando errado nesse batalhão é o Congresso Nacional. Está na hora dele pensar sua responsabilidade.

- Agenda permanente de propostas anticlimáticas – no sentido contrário de aumentar a crise e o risco dos eventos climáticos. 

·       Se uma minoria (20 a 25% do eleitorado) nas democracias avançadas tem preferências políticas associadas à direita radical, por que apenas nos EUA (e Brasil) ela já chegou ao poder? R = as instituições. O espectro da maioria branca tornar-se minoria teria produzido a radicalização antidemocrática da qual Trump seria expressão.

- a combinação de regra eleitoral distrital;

- baixo comparecimento às urnas (pouco mais de 50%) e;

- partidarismo forte (mais de 90% dos eleitores registrados dos partidos votam no escolhido em suas primárias);

- as redes sociais, a manipulação da informação, a complacência da mídia (as distorções são conhecidas);

- permitiu que uma minoria partidária hipermilitante chegasse à Presidência. 

·       Um livro que oferece pistas sobre como melhor se aventurar na preocupante tarefa de criar filhos em tempos difíceis, como são os dias de hoje: implica discutir sexualidade, aceitar questionamentos a respeito da família, lidar com o sofrimento, posicionar-se diante do mundo digital, estabelecer limites, ajudar nas escolhas.

·       Lula abraçou a responsabilidade de receber uma conferência mundial do clima no Brasil, a COP-30, em Belém do Pará, no ano que vem. A extrema direita não está disposta a ajudar nessa missão, pelo contrário, fará de tudo para o Governo passar muita vergonha. Os ataques já começaram com os incêndios criminosos pelo país, sobretudo os que afetam a própria Amazônia e o Pantanal. O mundo inteiro verá a Amazônia em chamas, os índios sendo massacrados, os maiores rios do planeta sendo envenenados pelo lixo da mineração e pelo esgoto doméstico que corre a céu aberto pela cidade. É preciso atuar seriamente na fiscalização e no combate ao desmatamento. Marina Silva fala em criar um marco regulatório com figura da Emergência Climática, para fugir do teto de gastos diante de uma situação catástrofe.

·       Saneamento básico também deve ser pensado da porta para dentro. 90 milhões ainda não têm esgoto coletado e tratado, e 32 milhões não recebem água potável. De nada adiantará estender a cobertura sanitária se elas não tiverem condição financeira de conectar-se à rede com vasos, pias, ciaxas-d’água e tubulações. No ritmo atual de expansão do saneamento básico só seria alcançadas as metas de levar água potável a 99% da população e coleta de esgoto a 90% em 2070, com 37 anos de atraso (o previsto é até 2030). E para isso, são necessários mais R$ 24,3 bilhões anuais para conectar lares carentes e redes de água e esgoto. Enfim, além das redes de distribuição e de estações de tratamento, é necessário tratar de problemas como a falta de infraestrutura nas residências, isto é, pensar também da porta para dentro. 

·       O Senado mexicano aprovou uma polêmica reforma do Judiciário, que prevê: a eleição direta de Juízes, Desembargadores e dos Ministros da Suprema Corte. E a redução do número de Ministros da Corte de 11 para 09. A direita alega que as mudanças tornarão os juízes mais responsáveis, mas a oposição revoltada alega que o sistema de freios e contrapesos do país saiu prejudicado. O sistema judiciário ficará a mercê do Crime Organizado, que pode financiar a eleição dos juízes. A reforma representa um grande risco para a Democracia do país, por causa do perigo da influência criminosa. 

·       Num regime democrático, como funciona? A quem considera uma decisão judicial injusta, resta recorrer. Não havendo mais recurso, tem de cumprir a decisão. Em último caso, após cumpri-la, lutar pela mudança da Lei. Enfim, é difícil julgar qualquer decisão sem conhecer exatamente o que consta do processo. Qual dispositivo legal se baseou? Qual a defesa apresentada? Num regime democrático, todo exercício do poder (o dos juízes incluído), deve ser submetido ao escrutínio público. A possibilidade de recurso (pelas partes) não afasta a legitimidade da crítica (pela sociedade). A maior força da democracia é também a sua maior fraqueza, paradoxo pelo qual a extrema direita tenta se legitimar: quando uma juíza é contrária ao bom senso, como por exemplo, uma decisão que vai contra a saúde pública, não é questão de insultar a juíza, mas sim discordar da decisão dela, e buscar os recursos cabíveis, se houver. É por isso que é frágil acreditar que a saída para vencer a extrema direita é pura e simplesmente uma boa educação (técnica, acadêmica, disciplinada). Veja os “intelectuais” da direita, gente bem formada, mas que opta pela Astrologia, Homeopatia, psicanálise, geocentrismo, terraplanismo, charlatanismo, raciocínio torto, pastores da televisão receitando água benta para os rins... É por isso que meu Blog (Fala Especialista, hoje Pensamento Crítico: em defesa da Democracia) burlava as ditas “regras” da academicismo para jogar no campo da direita, porém, transcrevendo-o para angariar no terreno da esquerda, infelizmente censurado pelos ditos “mestres” e “doutores” treinados na disciplina e no rigor do academicismo. Daí como disse o Pedro Aleixo ao general Costa e Silva na reunião do AI 5: "não é do senhor que tenho medo, mas do guarda da esquina". A moda atual de multar, censurar, cassar e prender pessoas que "burlam as regras" para salvar as próprias regras, empodera a direita (que também burla as regras para destruir as próprias regras, eis a diferença). Hoje, temos um 5º poder (além do Executivo, Legislativo, Judiciário, Midiático), temos o Poder das Redes (anti)sociais. O Poder X. Vivemos uma de nossas piores crises, onde os canalhas são heróis, um detalhe técnico desqualifica todo o texto, o bom senso é jogado pela janela... Enfim, um momento em que não conseguimos enxergar a floresta por causa de uma árvore. 

·       Quadrilha de Fake News. Propaganda política Fake começa 7 meses antes da propaganda oficial. RJ: operação da PF. Quadrilha espalhava notícias falsas em Eleições Municipais. Lugares como ponto de ônibus eram os preferidos para espalhar informações falsas. Influenciaram pontos em pelo menos 13 cidades no Estado do RJ durante quase 10 anos. As mentiras precisavam ser bem contadas, tanto que atores amadores passavam por treinamento, faziam provas, para ver se estavam preparados para divulgar o conteúdo criminoso. Cada um recebia R$ 2 mil por mês para fazer o serviço, e os coordenadores ganhavam um pouco mais: R$ 5 mil. Difusão de informações falsas via internet deixam marcas, é rastreável. Já a difusão em campo, gera mais credibilidade e não deixam marcas. Os atores amadores tinham que entregar relatórios sobre o número de eleitores abordados, e mais, precisavam indicar quantos prometiam mudar o voto. Partido do União Brasil estava no bolo. Atenta contra o Estado e a Democracia, ferindo as urnas e a vontade popular. 

·       Alta na expectativa de vida no Brasil. No país, a esperança de vida ao nascer subiu de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023. Entre os homens, esse indicador foi de 67,3 anos para 73,1 anos, no período, e entre as mulheres, de 75,1 anos para 79,7 anos. Há ganhos de anos de vida em todas as idades, principalmente devido aos avanços da medicina. As Projeções de População do IBGE mostram que, de 2000 para 2023, a proporção de idosos (pessoas com 60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em números absolutos, o total de idosos passou de 15,2 milhões para 33,0 milhões, no período. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos, o que corresponderá a 75,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. 

·       Nos 100 dias de gestão de Magda Chambriard, ao menos 35 indicações foram feitas/efetivadas de nomes ligados ao PTR e a autoridades do governo federal para cargos estratégicos na Petrobras (vai de assessores de ministérios a sindicalistas e delegados. É com precisão cirúrgica que estão sendo trocados integrantes de cargos-chave nos comitês que assessoram a diretoria executiva e o Conselho de Administração e nas gerências executivas, responsáveis pela gestão operacional. Lula monta uma rede para facilitar o encaminhamento de questões que lhe são caras dentro da empresa. 

·       Preconceito contra bolsistas vem à tona! Suicídio de um bolsista que contou sofrer discriminação numa escola paulistana expõe o problema do acesso e permanência do pobre no meio elitizado. A concessão de bolsas em colégios de elite para alunos de baixa renda é importante ferramenta para a diminuição de desigualdades. Entretanto, a conquista da matrícula é só o primeiro passo. O mais difícil vem adiante, o da permanência, ou seja, conviver e superar um conjunto de reações decorrentes das diferenças sociais, que vão de manifestações indiretas de preconceito até as mais explícitas. Alunos que não pagam mensalidade apontam limitações na socialização, como não serem convidados para festas ou terem sua vestimenta criticada. O problema se agrava com piadas e apelidos discriminatórios sobre a situação econômica dos bolsistas, e até sobre raça e sexualidade.  Também tem bullying presencial e online (crime desde janeiro deste ano), a própria estrutura de ensino, aulas apenas à noite para os bolsistas ou em prédios separados, não podem entrar na escola antes do horário das aulas, competições esportivas separadas, disputas, formações de “tribos”, comportamentos agressivos (escolas que oferecem bolsas recebem abatimento de impostos por terem o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, do MEC, que é regulado por uma lei que veda “discriminação ou diferença de tratamento entre alunos bolsistas e pagantes”).  Enfim, os relatos de discriminação de estudantes de baixa renda em colégios de elite é um problema que deve ser enfrentado por leis rigorosas e ações da comunidade escolar: ações pedagógicas contínuas de esclarecimento, para pais e alunos, sobre a importância do pluralismo na educação, os males causados pelo bullying, formas de se proteger no ambiente online por meio da educação midiática, capacitação de professores e funcionários para reconhecer práticas abusivas e a criação de uma rede de apoio para as vítimas, entre outras medidas. Afinal, já está provada que a diversidade social no ambiente escolar é benéfica para todos, sobretudo não bolsistas, que têm notas melhores quando estudam com não pagantes. 

·       A bola do financiamento climático. Sem um acordo firme sobre a nova meta global de financiamento climático na COP29, em novembro, a confiança no processo da ONU pode evaporar. Questões difíceis e interligadas precisarão ser resolvidas pelos negociadores, como qual deve ser o tamanho da conta, quem será cobrado a colocar recursos na mesa e até quando, além de como envolver atores privados. O processo é multilateral e não brasileiro. A realidade é a de que paraísos estão durando pouco em função da mudança do clima. Quem ainda está na delícia ou já na dor, não importa! A diplomacia climática precisa confirmar de que a história das COPs não morrerá em Belém. Enfim, nesses tempos de fogo, enchente e seca... Boa Sorte para nós! 

·       O isentão? Antes das redes sociais só sabíamos das coisas no dia seguinte, dava uma opinião e pronto. Agora, depois das redes, nos sentimos na obrigação de se posicionar, como se estivesse numa entrevista coletiva, e carregar para sempre no currículo o que dizemos. Uma ânsia ou obrigação de numa hora para outra resolver todas as contradições do mundo, como se soubéssemos ou pudéssemos. O problema é que ‘a geral’ não parece muito interessada em escutar acusado e vítimas. A impressão que dá é que não importa mais a história: abre-se um leilão no mercado das opiniões. Quem tem a posição mais descolada? Não se busca a justiça, mas likes, ao custo do sofrimento alheio. A realidade é muito complexa. Às vezes o que parece o óbvio ululante se prova o contrário. Às vezes o que parece complexo é o simples. Às vezes o que parece o óbvio ululante é só o óbvio ululante, mesmo. Às vezes é melhor ficar quieto e prestar atenção. Coisa que pouca gente consegue. Tática das redes! Choquei! Quando a gente fica estarrecido queremos sempre dar algum pitaco: como, onde, porque, e se... Pode isso de denúncias secretas a uma entidade não governamental serem usadas sem trazer os fatos à tona? Precisamos dos detalhes. Não me diga apenas que fulano não presta, mostre-me “como, onde e quando”. Redes sociais, hoje em dia, são palcos de guerra, no famoso nós contra eles, principalmente depois que a extrema direita passou a ter mais espaço na política e na vida, banalizando a grosseria, estupidez e falta de respeito e empatia. Pior que contagiou de tal forma as relações, que você é obrigado a concordar ou discordar, mas de forma enfática, no fígado, senão você é fraco ou medroso. Saudades dos tempos em que só brigávamos pelo time do coração e suportávamos os semelhantes contrários as nossas convicções. Devemos aguardar os desenlaces a emitir opiniões. Precisamos requerer o direito do ser humano de não se pronunciar sobre a treta da semana sem ser chamado de isentão. Essa suposta obrigatoriedade de escolhermos um dos lados da contenda, como se isso fosse de uma importância fulgurante para a salvação do planeta em crise, crise aliás principalmente de origem cognitiva. Ora, gente chata reunida, nos dá o direito de preferir nossa privada. Qual o problema? Enfim, a era das redes que prefere julgar o embrulho do presente, e não o conteúdo

·       O que fazer com os loucos? A pessoa está ciente de ter cometido um equívoco, em vez de consertar o que fez, passa a vociferar acusações de ter sido você que o cometeu. O que fazer? Respirar fundo, adotar um semblante sereno, mimetizado com o cenário, sem se defender nem cair na tentação de vociferar também tentando denunciar o absurdo da situação, e talvez de vez em quando fazer alguns gestos discretos de compreensão da loucura alheia, aguardando que o fel raivoso dessa pessoa se esgote. Aos loucos, não importa quão desvairada seja a argumentação, a gente deve sempre dar a razão, e dar bastante corda, porque é inevitável que se enrolem sem nossa ajuda, porque qualquer oposição que lhes apresentemos eles e elas utilizarão contra nós. 

·       Abusos e violências disfarçadas de romances. Agressões verbais, críticas à aparência e os prejuízos financeiros. Novas violências da era digital: “Stalking” = perseguição virtual ou real (+34%); violência psicológica; importunação sexual.

·       Os transplantes de órgãos no RS. 12 hospitais gaúchos fazem transplantes de órgãos. Só neste ano já foram 473 transplantes. No Brasil, 40.890 pessoas esperam por um rim (3.903 já receberam o órgão este ano). 

·       Há uma preocupação real com o potencial de influência que as redes têm sobre os cidadãos, sem que haja regulamentação que limite suas atividades. Há 4 "vês" que marcam a atuação das redes sociais: velocidade, verosimilhança, volume e viralização. Isso causa impactos no cérebro dos usuários e provocam doenças, interferindo na capacidade de decisão. Essa bagagem toda de informação acaba gerando o seu contrário. Enfim, “a desinformação vem da profusão da informação, de seu encantamento, de sua repetição em círculos” (Jean Baudrillard).

·       É preciso está alerta à Starlink, empresa de satélites de Musk que atua no país, além e econômica está politizada pela extrema direita. A escalada de Musk no X, com atuação claramente voltada para apoiar Donald Trump nos EUA e o bolsonarismo aqui no Brasil, deixa a cada dia mais explícito o caráter político de sua ação. Isso faz com que se desconfie da oferta da Starlink de seu serviço de transmissão de dados gratuitamente aos TREs do país durante as próximas eleições. 

·       A importância dos protocolos de atendimento a emergências nos estádios de futebol. É preciso ter condições de dar a primeira assistência aos atletas de modo eficaz. Arritmia ou outros problemas de saúde dos jogadores (pacientes de alto risco), ambulância trancada na hora, desfibriladores não portáteis, acesso rápido de equipes de socorro ao gramado, presença de vários profissionais capazes de prestar socorro em situações de emergência, etc. Enfim, a morte trágica mostra que, apesar dos avanços dos últimos anos, ainda é preciso melhorar os protocolos adotados nos esportes de alto rendimento. E prevenção. Quanto mais cedo doenças cardíacas são descobertas, melhor. Já são obrigatórios exames cardiológicos na documentação para o registro dos atletas. O departamento médico dos clubes tem de atestar que o jogador está em condições de praticar o esporte e anexar os exames realizados. Os clubes precisam alimentar a rotina de fazer exames periódicos. Mas nem sempre ela é cumprida ou as conclusões negativas – que podem levar ao fim da carreira do atleta – são respeitadas. A omissão pode ser fatal. 


Cardápio de irregularidades.

·       Há uma disputa em torno do controle;

·       É sempre preferível impugnar um postulante a cassar um candidato eleito;

·       Uma segunda decisão da Justiça Eleitoral contra um candidato da extrema direita (a primeira foi a inelegibilidade de Bolsonaro) aprofundaria ainda mais a polarização afetiva que já divide os brasileiros. Mas, deve-se deixar de punir um candidato que descumpre a lei porque vai magoar os bozistas? Essa gente que tentou um golpe militar e depredou Brasília? Está mais do que na hora de desmoralizar a extrema direita! Indivíduos assim existem e proliferam no Brasil por falta da aplicação da Lei. A Lei eleitoral vai esperar o cara ser eleito, ganhar imunidade, governar 4 anos e só assim manifestar alguma coisa? Esse caminho da Justiça só fortalece o fascismo, que baterá na porta deles, e será tarde demais. Alemanha foi assim: acharam engraçadinho no começo, e deu no que deu! O mais correto com todos, é aplicar a Lei igualmente para todos. O contrário é ser seletivo, o que não é justo. A Lei não existe para A ou B, mas também para proteger a sociedade.

·       A estratégia da mídia do “Lança Factoides”. Os jornais começam a explorá-los, o que serve para agitar os extremistas e desacreditar a justiça eleitoral. Eleitores não podem levar na brincadeira a escolha de representantes políticos. Virá uma tragicomédia. 

·       A bebida me fazia triste. E eu achava o contrário, que ficava parecendo alegre. Viver não é fácil, existem desafios, e como! Mas, é muito mais fácil viver enfrentando a vida de cara limpa. Viver é simples, mas pode ficar complicado para as pessoas que, como eu, demoram a encontrar a causa do sofrimento. Vale muito a pena trocar aquela vida de entorpecimento por outra, de enfrentamentos. Há esperança. Basta abrir a mente e olhar o horizonte e as possibilidades. 

·       O que de certa forma sustenta toda essa desgraceira caótica das redes sociais é a nossa incontrolável curiosidade pela intimidade alheia. Ela que nos corrompe. O que só prova nossa falta de ética, amor-próprio e bom-senso.

·       Robôs ou humanos, quem ganha? Vitória dos robôs depende da nossa derrota para nós mesmos. É sensato ficar apreensivo ou preocupado com o avanço da inteligência artificial. Um robô, hoje, é capaz de fazer uma cirurgia num cérebro humano a 1000 Km do hospital. Pode também desligar todo o sistema de energia de um país com um clique. E tem memória para abrigar o conteúdo de 10 bibliotecas do Congresso dos EUA. Mas, há uma coisa que ele ainda não faz: descer uma escada. E há outras façanhas que só os humanos de habilidades e inteligência superiores conseguem desempenhar: achar a ponta de uma fita durex que grudou no rolo, colar qualquer coisa com superbonder sem colar também o dedo, abrir um carrinho de bebê sem ser mãe, abrir a embalagem da maioria dos produtos brasileiros, desencravar uma unha, matar uma pulga na camisola, diagnosticar uma dor, beijar bem, ter um orgasmo, inventar ou captar uma piada, atuar na gênese do Universo e ser “deuses” ou “deusas”, malabarismos de um pizzaiolo, piruetas de uma Rebeca Andrade... Será possível haver robôs homo, bi, tri, trans, queer, agênero, pangênero, intergênero e outras variações do espectro humano? Enfim, fica a dica: robôs operam pelo primário sistema binário – 0 e 1, sim e não, homem e mulher. Só isso, por enquanto! A inteligência artificial somente será possível em potencial se o sistema se auto programar. Por enquanto, somos nós que o programamos. Se os robôs um dia nos vencerem, será porque conseguimos perder para nós mesmos! O que me assusta não é o poder externo nem a força do inimigo, mas a fragilidade de nosso próprio espírito, a sutil e insidiosa maneira pela qual nos permitimos perder aquilo que nos define. E, quando olho em volta, acho que já perdemos. 

·       Etarismo e ódio. Parece que as pessoas esqueceram que sofremos com uma pandemia que matou mais de 700 mil brasileiros, além das inúmeras sequelas físicas e psicológicas que provocou. Pensamos que depois da pandemia, as pessoas iriam ser mais respeitosas, generosas e cuidadosas com as pessoas mais velhas, mas, infelizmente, o desrespeito e a violência física, verbal e psicológica pioraram muito. Grande parte dessa intolerância e desprezo pode ser justamente uma das sequelas da pandemia, onde havia perda da liberdade de ir e vir, desemprego e distúrbios psiquiátricos, com um quadro muito semelhante à esquizofrenia. A pandemia do vírus foi ampliada para uma pandemia de sentimentos. Nos últimos anos, os etaristas, os negacionistas e os odiadores de plantão saíram do armário onde estavam escondidos. O ódio se tornou a doença contagiosa deles – uma espécie de prazer sádico em adoecer os outros. Por exemplo, não consigo entender como tanta gente que está com gripe, resfriado e até mesmo com Covid não usa máscara nem cobre a boca e o nariz quanto tosse e espirra. E se ainda peço para terem cuidado, eles ficam ofendidos, dizem que estou exagerando e que a pandemia já acabou há muito tempo. Qualquer pivô vira um gatilho político para ataques, xingamentos e deboches sob rótulos – esquerdista, feminista, comunista, imoral, perturbado... Enfim, é muito descaso, desrespeito e maldade, inclusive dentro das próprias famílias! E o campo fértil do ódio tem sido as redes sociais, com o mal que podem fazer, pois ali, pessoas ignorantes ou mal intencionadas podem prejudicar psicologicamente outras. É vida real também falar daquilo que o ser humano tem de pior. Enfim, para manter a saúde física e mental, Nietzsche: "Aquilo que não me mata me fortalece". Tente rir de muita coisa, afinal, cabe a nós sermos fortes e conscientes de nossos valores e termos uma boa auto-estima, pois não está fácil. 

·       Governo Lula anuncia as áreas atingidas pelo corte de quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias no ano que vem. Os cortes são para cumprir regras do Arcabouço Fiscal. A maior parte virá dos Benefícios da Previdência e dos Benefícios do BPC. Mas, que o corte não vai tirar benefícios. O contingenciamento força o Governo a passar um pente fino. A revisão de gastos pode chegar a quase R$ 20 bilhões. Passarão pelo pente fino: BPC, auxílio doença, auxílio incapacidade, seguro defeso, Revisão de cadastros, combate a fraudes no pagamento de benefícios, como do Bolsa Família. Porém, Lula deixou bem claro que não houve nem haverá cortes de benefícios para quem tem direito a receber. Enfim, a oposição está pressionando com força a Revisão de Gastos para o cumprimento das Metas Fiscais, dificultando investimentos sociais.




·       Cerimônia Paradoxo: igualdade para as mais de 1,3 bilhão de pessoas com deficiência ao redor do mundo. 

·       Formas de frear as emissões de carbono: evitar o desmatamento. A crise climática pede um corte de -92% das emissões brasileira de CO2 até 2035 em relação ao que o país emitia em 2005. Reflorestar. 



·       O Brasil tem hoje 45.670 pessoas desaparecidas. Em média, são 25 que desaparecem por dia. 

·       Cada novo adolescente dependente da nicotina traz décadas de problemas para a saúde do país. Atualmente, o uso de derivados do tabaco é responsável por 174 mil mortes anuais. E um custo direto e indireto de R$ 153,5 bilhões. 

·       Fumaça dos incêndios florestais atinge 60% do Brasil (também Bolívia, Paraguai, Uruguai, Peru, Argentina). A causa da maior parte desses incêndios é a ação humana, seja ela involuntária ou intencional. Identificação, responsabilização e punição para desencorajar. A baixa umidade do ar dificulta a dispersão dos poluentes!



·       Conselho Nacional do MP lança Ouvidoria de Combate à Violência Policial, para receber denúncias de práticas de abuso de integrantes das Forças Armadas e também das forças auxiliares, como policiais militares, civis e bombeiros. O objetivo é dar transparência no controle da criminalidade e garantir direitos fundamentais do cidadão. 



·       Brasil ocupa 2º lugar no ranking de ambientalistas assassinados (em 2023).

- Colômbia: 79 mortos;

- Brasil: 25 mortos.

- Mundo: 196 mortos (mais de 1 ativista morto a cada 2 dias).

- A América Latina foi a região com mais ambientalistas mortos no ano passado – 85% do total.

- Fatores que mais contribuem para essas estatísticas:

1. os conflitos fundiários, que envolvem violações a direitos dos povos indígenas, comunidades tradicionais e quilombolas, a exploração econômica da terra, por vezes ilegal e contestada, e;

2. a fiscalização deficitária por parte do Estado.

- não é só a letalidade que preocupa, mas também expulsões, despejos, ameaças e destruição de bens.

- no mundo, as mortes são, sobretudo, de indígenas e afrodescendentes;

- É preciso celeridade da Justiça em conflitos fundiários e na punição de criminosos;

- Garantia dos direitos dos povos indígenas;

- Um cenário violento contra aqueles que defendem o ambiente no país;

- Ambientalistas e jornalistas também são ameaçados (por seu papel fundamental na busca dos fatos em contextos de conflito).

- Um país que pretende ser exemplo internacional no tema ambiental tem o dever óbvio de conter a violência nesse setor. É preciso celeridade e eficiência no sistema de Justiça para resolver contendas fundiárias, respeitar os direitos dos povos indígenas e punir no rigor da lei os ataques contra ambientalistas. 

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