“Um limiar muito complexo, uma
encruzilhada perversa onde temos que decidir a quem somos leais. Quase sempre decidimos
desistir de ser leais a nós mesmos em favor da lealdade à coletividade. Mas
quanto nos custa essa lealdade? Quanto ela está sendo benéfica à comunidade
negra ou LGBT de conjunto?” (Winnie Bueno, escritora).
Você
sabe o que me manteve de pé?
A fé.
Não em
algum deus,
não em
mitos e lendas.
Em mim mesmo!
·
Sou
encantado pelo presente, mas também muito apavorado por ele. Estamos vivendo
uma censura louca, também uma censura das palavras. É como se estivéssemos
proibidos de falar sobre política, no Brasil e no Mundo. Você não pode falar
nada que “apanha”. Atualmente, vivemos a ditadura da hipocrisia e das palavras.
Não posso dar minha opinião. Que loucura! Mas, esse mundo aí está tombando para
a extrema direita, nazi-fascista, que não gosta de preto, não gosta de velho,
não gosta de gay, não gosta de judeu... A maioria das pessoas ainda não
percebeu, mas o Mundo está em guerra, o que inclui o Brasil. Estamos sendo
invadidos pela extrema direita... Estão brincando de falso moralismo e
hipocrisia, até descobrirem que a brincadeira é séria – enfim, o escândalo. Isso explica porque as
pessoas, quando arriscam falar, são vazias e prolixas. O sentido político da
palavra está interditado. Isso é sinal dos tempos apolíticos e apocalípticos
que estamos vivendo. Onde falta ação, sobram ouvintes e tagarelas vazios.
Veja só:
1) O Trump está aí, brigando com a Kamala;
2) Portugal é um
outdoor de políticos de extrema direita;
3) Adoradores do
nazismo estão sendo encontrados no Brasil;
4) A Globo está
lançando uma novela com 80% do elenco de atores pretos. Está trabalhando com a misteriosa psicologia inversa do “quem tem uma visão positiva diante de uma
falência e de uma tragédia tem humor”. Isso se chama cancelamento,
interdição... “Estamos proibidos de acreditar”. É o olhar da comédia, trágico, mas muito engraçado.
É o prisma da Globo fascista: “A Vida é cheia de dramas e comédias, a Morte
também!”.
·
Denúncias
de assédio provocaram uma espécie de bug em setores da esquerda, do movimento
negro, LGBT e do governo. Há uma campanha para afetar a imagem de autoridades
públicas do governo, um “tribunal de exceção”, sobretudo as que impactam pautas
importantes de agenda. Um linchamento identitário, espécie de autofagia entre
os movimentos pró-minorias. Que os episódios não prejudiquem as lutas
antirracista e identitária.
·
Algumas
conclusões: não haverá igualdade plena enquanto a busca por equidade for
subordinada a qualquer outra causa (mesmo sendo ela coletiva, pois ainda assim,
a injustiça contra um acabará sendo uma ameaça contra todos); ao longo da
História, abusos cometidos sempre foram repelidos por escudos retóricos e
políticos convenientes; encarar o fato de que seres humanos cometem erros
independentemente da cor da pele e do gênero é desafiador.
·
Poderes independentes, mas harmônicos. O
avanço da Coordenação sobre espaços abertos pela inércia da Gestão e da
Docência acaba acarretando uma frequência de atropelos institucionais. Desse
modo, incomoda a regra institucional que estabelece Poderes independentes, mas
harmônicos entre si. Perde a Democracia. Não basta a ação dar certo, é preciso
dar certo dentro das prerrogativas institucionais. Do contrário, o certo é
tomado por errado.
“Novo normal”: choque de agendas de eventos (anti)climáticos extremos.
- Fazer
um Plano 2025, para evitar que se repita no ano que vem o que está
acontecendo agora.
- Congresso está
discutindo uma Anistia para quem tentou o golpe do 08/01, quando deveria estar
fazendo esse Plano; quem está marchando
errado nesse batalhão é o Congresso Nacional. Está na hora dele pensar sua
responsabilidade.
- Agenda
permanente de propostas anticlimáticas – no sentido contrário de
aumentar a crise e o risco dos eventos climáticos.
·
Se uma minoria (20 a 25% do eleitorado) nas democracias avançadas
tem preferências políticas associadas à direita radical, por que apenas nos EUA
(e Brasil) ela já chegou ao poder? R = as instituições. O
espectro da maioria branca tornar-se minoria teria produzido a radicalização
antidemocrática da qual Trump seria expressão.
- a combinação de
regra eleitoral distrital;
- baixo
comparecimento às urnas (pouco mais de 50%) e;
- partidarismo forte
(mais de 90% dos eleitores registrados dos partidos votam no escolhido em suas
primárias);
- as redes sociais, a
manipulação da informação, a complacência da mídia (as distorções são
conhecidas);
- permitiu que uma minoria partidária hipermilitante chegasse à Presidência.
·
Um
livro que oferece pistas sobre como melhor se aventurar na preocupante tarefa
de criar filhos em tempos difíceis, como são os dias de hoje: implica discutir sexualidade, aceitar questionamentos a
respeito da família, lidar com o sofrimento, posicionar-se diante do mundo
digital, estabelecer limites, ajudar nas escolhas.
·
Lula abraçou a responsabilidade de receber uma conferência mundial
do clima no Brasil, a COP-30, em Belém do Pará, no ano que vem. A
extrema direita não está disposta a ajudar nessa missão, pelo contrário, fará
de tudo para o Governo passar muita vergonha. Os ataques já começaram com os
incêndios criminosos pelo país, sobretudo os que afetam a própria Amazônia e o
Pantanal. O mundo inteiro verá a Amazônia em chamas, os índios sendo
massacrados, os maiores rios do planeta sendo envenenados pelo lixo da
mineração e pelo esgoto doméstico que corre a céu aberto pela cidade. É preciso
atuar seriamente na fiscalização e no combate ao desmatamento. Marina Silva
fala em criar um marco regulatório com figura da Emergência Climática, para
fugir do teto de gastos diante de uma situação catástrofe.
·
Saneamento básico também deve ser pensado da porta para dentro. 90 milhões ainda não têm esgoto coletado e tratado, e 32
milhões não recebem água potável. De nada adiantará estender a cobertura
sanitária se elas não tiverem condição financeira de conectar-se à rede com
vasos, pias, ciaxas-d’água e tubulações. No ritmo atual de expansão do
saneamento básico só seria alcançadas as metas de levar água potável a 99% da
população e coleta de esgoto a 90% em 2070, com 37 anos de atraso (o previsto é
até 2030). E para isso, são necessários mais R$ 24,3 bilhões anuais para
conectar lares carentes e redes de água e esgoto. Enfim, além das redes de
distribuição e de estações de tratamento, é necessário tratar de problemas como
a falta de infraestrutura nas residências, isto é, pensar também da porta para
dentro.
·
O Senado mexicano aprovou uma polêmica reforma do Judiciário, que prevê: a
eleição direta de Juízes, Desembargadores e dos Ministros da Suprema Corte. E a
redução do número de Ministros da Corte de 11 para 09. A direita alega que as
mudanças tornarão os juízes mais responsáveis, mas a oposição revoltada alega
que o sistema de freios e contrapesos do país saiu prejudicado. O sistema
judiciário ficará a mercê do Crime Organizado, que pode financiar a eleição dos
juízes. A reforma representa um grande risco para a Democracia do país, por
causa do perigo da influência criminosa.
· Num regime democrático, como funciona? A quem considera uma decisão judicial injusta, resta recorrer. Não havendo mais recurso, tem de cumprir a decisão. Em último caso, após cumpri-la, lutar pela mudança da Lei. Enfim, é difícil julgar qualquer decisão sem conhecer exatamente o que consta do processo. Qual dispositivo legal se baseou? Qual a defesa apresentada? Num regime democrático, todo exercício do poder (o dos juízes incluído), deve ser submetido ao escrutínio público. A possibilidade de recurso (pelas partes) não afasta a legitimidade da crítica (pela sociedade). A maior força da democracia é também a sua maior fraqueza, paradoxo pelo qual a extrema direita tenta se legitimar: quando uma juíza é contrária ao bom senso, como por exemplo, uma decisão que vai contra a saúde pública, não é questão de insultar a juíza, mas sim discordar da decisão dela, e buscar os recursos cabíveis, se houver. É por isso que é frágil acreditar que a saída para vencer a extrema direita é pura e simplesmente uma boa educação (técnica, acadêmica, disciplinada). Veja os “intelectuais” da direita, gente bem formada, mas que opta pela Astrologia, Homeopatia, psicanálise, geocentrismo, terraplanismo, charlatanismo, raciocínio torto, pastores da televisão receitando água benta para os rins... É por isso que meu Blog (Fala Especialista, hoje Pensamento Crítico: em defesa da Democracia) burlava as ditas “regras” da academicismo para jogar no campo da direita, porém, transcrevendo-o para angariar no terreno da esquerda, infelizmente censurado pelos ditos “mestres” e “doutores” treinados na disciplina e no rigor do academicismo. Daí como disse o Pedro Aleixo ao general Costa e Silva na reunião do AI 5: "não é do senhor que tenho medo, mas do guarda da esquina". A moda atual de multar, censurar, cassar e prender pessoas que "burlam as regras" para salvar as próprias regras, empodera a direita (que também burla as regras para destruir as próprias regras, eis a diferença). Hoje, temos um 5º poder (além do Executivo, Legislativo, Judiciário, Midiático), temos o Poder das Redes (anti)sociais. O Poder X. Vivemos uma de nossas piores crises, onde os canalhas são heróis, um detalhe técnico desqualifica todo o texto, o bom senso é jogado pela janela... Enfim, um momento em que não conseguimos enxergar a floresta por causa de uma árvore.
·
Quadrilha de Fake News. Propaganda política Fake começa 7 meses
antes da propaganda oficial. RJ: operação da PF. Quadrilha espalhava notícias
falsas em Eleições Municipais. Lugares como ponto de ônibus eram os preferidos
para espalhar informações falsas. Influenciaram pontos em pelo menos 13 cidades
no Estado do RJ durante quase 10 anos. As mentiras precisavam ser bem contadas,
tanto que atores amadores passavam por treinamento, faziam provas, para ver se
estavam preparados para divulgar o conteúdo criminoso. Cada um recebia R$ 2 mil
por mês para fazer o serviço, e os coordenadores ganhavam um pouco mais: R$ 5
mil. Difusão de informações falsas via internet deixam marcas, é rastreável. Já
a difusão em campo, gera mais credibilidade e não deixam marcas. Os atores
amadores tinham que entregar relatórios sobre o número de eleitores abordados,
e mais, precisavam indicar quantos prometiam mudar o voto. Partido do União
Brasil estava no bolo. Atenta contra o Estado e a Democracia, ferindo as urnas
e a vontade popular.
·
Alta na expectativa de vida no Brasil. No país, a
esperança de vida ao nascer subiu de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023.
Entre os homens, esse indicador foi de 67,3 anos para 73,1 anos, no período, e
entre as mulheres, de 75,1 anos para 79,7 anos. Há ganhos de anos de vida em todas as idades, principalmente devido aos avanços da medicina. As Projeções de População do IBGE mostram que, de 2000 para 2023, a proporção de idosos (pessoas com 60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em números absolutos, o total de idosos passou de 15,2 milhões para 33,0 milhões, no período. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos, o que corresponderá a 75,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
·
Nos 100 dias de gestão de Magda Chambriard, ao menos 35 indicações
foram feitas/efetivadas de nomes ligados ao PTR e a autoridades do governo
federal para cargos estratégicos na Petrobras (vai de assessores de ministérios
a sindicalistas e delegados. É com precisão cirúrgica que estão sendo trocados
integrantes de cargos-chave nos comitês que assessoram a diretoria executiva e
o Conselho de Administração e nas gerências executivas, responsáveis pela
gestão operacional. Lula monta uma rede para facilitar o encaminhamento de
questões que lhe são caras dentro da empresa.
·
Preconceito contra bolsistas vem à tona! Suicídio de um
bolsista que contou sofrer discriminação numa escola paulistana expõe o
problema do acesso e permanência do pobre no meio elitizado. A concessão de
bolsas em colégios de elite para alunos de baixa renda é importante ferramenta
para a diminuição de desigualdades. Entretanto, a conquista da matrícula é só o
primeiro passo. O mais difícil vem adiante, o da permanência, ou seja, conviver
e superar um conjunto de reações decorrentes das diferenças sociais, que vão de
manifestações indiretas de preconceito até as
mais explícitas. Alunos que não pagam mensalidade
apontam limitações
na socialização, como não serem convidados para festas ou
terem sua vestimenta criticada. O problema se
agrava com piadas e apelidos
discriminatórios sobre a situação econômica dos bolsistas, e até sobre raça e sexualidade. Também tem bullying presencial e online (crime
desde janeiro deste ano), a própria estrutura de ensino, aulas apenas à noite
para os bolsistas ou em prédios separados, não podem entrar na escola antes do
horário das aulas, competições esportivas separadas, disputas, formações de “tribos”,
comportamentos agressivos (escolas que oferecem bolsas recebem abatimento de
impostos por terem o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social,
do MEC, que é regulado por uma lei que veda “discriminação
ou diferença de tratamento entre alunos bolsistas e pagantes”). Enfim, os relatos de discriminação de
estudantes de baixa renda em colégios de elite é um problema que deve ser
enfrentado por leis rigorosas e ações da comunidade escolar: ações pedagógicas contínuas de
esclarecimento, para pais e alunos, sobre a importância do pluralismo na
educação, os males causados pelo bullying,
formas de se proteger no ambiente online
por meio da educação midiática, capacitação de professores e funcionários para
reconhecer práticas abusivas e a criação de uma rede de apoio para as vítimas,
entre outras medidas. Afinal, já está provada que a diversidade social
no ambiente escolar é benéfica para todos, sobretudo não bolsistas, que têm
notas melhores quando estudam com não pagantes.
·
A bola do financiamento climático. Sem um acordo firme sobre a nova
meta global de financiamento climático na COP29, em novembro, a confiança no
processo da ONU pode evaporar. Questões difíceis e interligadas precisarão ser
resolvidas pelos negociadores, como qual deve ser o
tamanho da conta, quem será cobrado a colocar recursos na mesa e até quando,
além de como envolver atores privados. O processo é multilateral e não
brasileiro. A realidade é a de que paraísos estão durando pouco em função da
mudança do clima. Quem ainda está na delícia ou já na dor, não importa! A
diplomacia climática precisa confirmar de que a história das COPs não morrerá
em Belém. Enfim, nesses tempos de fogo, enchente e seca... Boa Sorte para nós!
·
O isentão? Antes
das redes sociais só sabíamos das coisas no dia seguinte, dava uma opinião e
pronto. Agora, depois das redes, nos sentimos na obrigação de se posicionar,
como se estivesse numa entrevista coletiva, e carregar para sempre no currículo
o que dizemos. Uma ânsia ou obrigação de numa hora para outra resolver todas as
contradições do mundo, como se soubéssemos ou pudéssemos. O problema é que ‘a
geral’ não parece muito interessada em escutar acusado e vítimas. A impressão
que dá é que não importa mais a história: abre-se um leilão no mercado das
opiniões. Quem tem a posição mais descolada? Não se busca a justiça, mas likes, ao custo do sofrimento alheio. A
realidade é muito complexa. Às vezes o que parece o óbvio ululante se prova o
contrário. Às vezes o que parece complexo é o simples. Às vezes o que parece o
óbvio ululante é só o óbvio ululante, mesmo. Às vezes é melhor ficar quieto e
prestar atenção. Coisa que pouca gente consegue. Tática das redes! Choquei!
Quando a gente fica estarrecido queremos sempre dar algum pitaco: como, onde,
porque, e se... Pode isso de denúncias secretas a uma entidade não
governamental serem usadas sem trazer os fatos à tona? Precisamos dos detalhes.
Não me diga apenas que fulano não presta, mostre-me “como, onde e quando”. Redes
sociais, hoje em dia, são palcos de guerra, no famoso nós contra eles,
principalmente depois que a extrema direita passou a ter mais espaço na
política e na vida, banalizando a grosseria, estupidez e falta de respeito e
empatia. Pior que contagiou de tal forma as relações, que você é obrigado a
concordar ou discordar, mas de forma enfática, no fígado, senão você é fraco ou
medroso. Saudades dos tempos em que só brigávamos pelo time do coração e
suportávamos os semelhantes contrários as nossas convicções. Devemos aguardar
os desenlaces a emitir opiniões. Precisamos requerer o direito do ser humano de
não se pronunciar sobre a treta da semana sem ser chamado de isentão. Essa
suposta obrigatoriedade de escolhermos um dos lados da contenda, como se isso
fosse de uma importância fulgurante para a salvação do planeta em crise, crise
aliás principalmente de origem cognitiva. Ora, gente chata reunida, nos dá o
direito de preferir nossa privada. Qual o problema? Enfim, a era das redes que prefere julgar o embrulho do presente, e não o conteúdo.
·
O que fazer com os loucos? A pessoa está ciente de ter cometido um
equívoco, em vez de consertar o que fez, passa a vociferar acusações de ter
sido você que o cometeu. O que fazer? Respirar fundo, adotar um semblante
sereno, mimetizado com o cenário, sem se defender nem cair na tentação de
vociferar também tentando denunciar o absurdo da situação, e talvez de vez em
quando fazer alguns gestos discretos de compreensão da loucura alheia,
aguardando que o fel raivoso dessa pessoa se esgote. Aos loucos, não importa
quão desvairada seja a argumentação, a gente deve sempre dar a razão, e dar
bastante corda, porque é inevitável que se enrolem sem nossa ajuda, porque
qualquer oposição que lhes apresentemos eles e elas utilizarão contra nós.
· Abusos e violências disfarçadas de romances. Agressões verbais, críticas à aparência e os prejuízos financeiros. Novas violências da era digital: “Stalking” = perseguição virtual ou real (+34%); violência psicológica; importunação sexual.
· Os transplantes de órgãos no RS. 12 hospitais gaúchos fazem transplantes de órgãos. Só neste ano já foram 473 transplantes. No Brasil, 40.890 pessoas esperam por um rim (3.903 já receberam o órgão este ano).
·
Há uma preocupação real com o potencial de influência que as redes
têm sobre os cidadãos, sem que haja regulamentação que limite suas atividades. Há 4 "vês" que marcam a atuação das redes
sociais: velocidade, verosimilhança, volume e viralização.
Isso causa impactos no cérebro dos usuários e provocam doenças, interferindo na
capacidade de decisão. Essa bagagem toda de informação acaba gerando o seu
contrário. Enfim, “a desinformação vem da
profusão da informação, de seu encantamento, de sua repetição em círculos”
(Jean Baudrillard).
·
É preciso está alerta à Starlink, empresa de satélites de Musk que
atua no país, além e econômica está politizada pela extrema direita. A escalada
de Musk no X, com atuação claramente voltada para apoiar Donald Trump nos EUA e
o bolsonarismo aqui no Brasil, deixa a cada dia mais explícito o caráter
político de sua ação. Isso faz com que se desconfie da oferta da Starlink de
seu serviço de transmissão de dados gratuitamente aos TREs do país durante as
próximas eleições.
· A importância dos protocolos de atendimento a emergências nos estádios de futebol. É preciso ter condições de dar a primeira assistência aos atletas de modo eficaz. Arritmia ou outros problemas de saúde dos jogadores (pacientes de alto risco), ambulância trancada na hora, desfibriladores não portáteis, acesso rápido de equipes de socorro ao gramado, presença de vários profissionais capazes de prestar socorro em situações de emergência, etc. Enfim, a morte trágica mostra que, apesar dos avanços dos últimos anos, ainda é preciso melhorar os protocolos adotados nos esportes de alto rendimento. E prevenção. Quanto mais cedo doenças cardíacas são descobertas, melhor. Já são obrigatórios exames cardiológicos na documentação para o registro dos atletas. O departamento médico dos clubes tem de atestar que o jogador está em condições de praticar o esporte e anexar os exames realizados. Os clubes precisam alimentar a rotina de fazer exames periódicos. Mas nem sempre ela é cumprida ou as conclusões negativas – que podem levar ao fim da carreira do atleta – são respeitadas. A omissão pode ser fatal.
Cardápio de irregularidades.
·
Há
uma disputa em torno do controle;
·
É
sempre preferível impugnar um postulante a cassar um candidato eleito;
·
Uma
segunda decisão da Justiça Eleitoral contra um candidato da extrema direita (a
primeira foi a inelegibilidade de Bolsonaro) aprofundaria ainda mais a
polarização afetiva que já divide os brasileiros. Mas, deve-se
deixar de punir um candidato que descumpre a lei porque vai magoar os bozistas?
Essa gente que tentou um golpe militar e depredou Brasília? Está mais do que na
hora de desmoralizar a extrema direita! Indivíduos assim existem e proliferam
no Brasil por falta da aplicação da Lei. A Lei eleitoral vai esperar o cara ser
eleito, ganhar imunidade, governar 4 anos e só assim manifestar alguma coisa?
Esse caminho da Justiça só fortalece o fascismo, que baterá na porta deles, e
será tarde demais. Alemanha foi assim: acharam engraçadinho no começo, e deu no
que deu! O mais correto com todos, é aplicar a Lei igualmente para todos. O
contrário é ser seletivo, o que não é justo. A Lei não existe para A ou B, mas
também para proteger a sociedade.
·
A
estratégia da mídia do “Lança Factoides”. Os jornais começam a
explorá-los, o que serve para agitar os extremistas e desacreditar a justiça
eleitoral. Eleitores não podem levar na brincadeira a escolha de representantes
políticos. Virá uma tragicomédia.
·
A
bebida me fazia triste. E eu achava o contrário, que ficava parecendo alegre.
Viver não é fácil, existem desafios, e como! Mas, é muito mais fácil viver
enfrentando a vida de cara limpa. Viver é simples, mas pode ficar complicado
para as pessoas que, como eu, demoram a encontrar a causa do sofrimento. Vale
muito a pena trocar aquela vida de entorpecimento por outra, de enfrentamentos.
Há esperança. Basta abrir a mente e olhar o horizonte e as possibilidades.
· O que de certa forma sustenta toda essa desgraceira caótica das redes sociais é a nossa incontrolável curiosidade pela intimidade alheia. Ela que nos corrompe. O que só prova nossa falta de ética, amor-próprio e bom-senso.
·
Robôs ou humanos, quem ganha? Vitória dos robôs depende da nossa
derrota para nós mesmos. É sensato ficar apreensivo ou preocupado com o avanço
da inteligência artificial. Um robô, hoje, é capaz de fazer uma cirurgia num
cérebro humano a 1000 Km do hospital. Pode também desligar todo o sistema de
energia de um país com um clique. E tem memória para abrigar o conteúdo de 10
bibliotecas do Congresso dos EUA. Mas, há uma coisa que ele ainda não faz:
descer uma escada. E há outras façanhas que só os humanos de habilidades e
inteligência superiores conseguem desempenhar: achar a ponta de uma fita durex
que grudou no rolo, colar qualquer coisa com superbonder sem colar também o
dedo, abrir um carrinho de bebê sem ser mãe, abrir a embalagem da maioria dos
produtos brasileiros, desencravar uma unha, matar uma pulga na camisola, diagnosticar
uma dor, beijar bem, ter um orgasmo, inventar ou captar uma piada, atuar na
gênese do Universo e ser “deuses” ou “deusas”, malabarismos de um pizzaiolo, piruetas
de uma Rebeca Andrade... Será possível haver robôs homo, bi, tri, trans, queer,
agênero, pangênero, intergênero e outras variações do espectro humano? Enfim, fica
a dica: robôs operam pelo primário sistema binário – 0 e 1, sim e não, homem e
mulher. Só isso, por enquanto! A inteligência artificial somente será possível
em potencial se o sistema se auto programar. Por enquanto, somos nós que o
programamos. Se os robôs um dia nos vencerem, será porque conseguimos perder
para nós mesmos! O que me assusta não é o poder externo nem a força do inimigo,
mas a fragilidade de nosso próprio espírito, a sutil e insidiosa maneira pela
qual nos permitimos perder aquilo que nos define. E, quando olho em volta, acho
que já perdemos.
· Etarismo e ódio. Parece que as pessoas esqueceram que sofremos com uma pandemia que matou mais de 700 mil brasileiros, além das inúmeras sequelas físicas e psicológicas que provocou. Pensamos que depois da pandemia, as pessoas iriam ser mais respeitosas, generosas e cuidadosas com as pessoas mais velhas, mas, infelizmente, o desrespeito e a violência física, verbal e psicológica pioraram muito. Grande parte dessa intolerância e desprezo pode ser justamente uma das sequelas da pandemia, onde havia perda da liberdade de ir e vir, desemprego e distúrbios psiquiátricos, com um quadro muito semelhante à esquizofrenia. A pandemia do vírus foi ampliada para uma pandemia de sentimentos. Nos últimos anos, os etaristas, os negacionistas e os odiadores de plantão saíram do armário onde estavam escondidos. O ódio se tornou a doença contagiosa deles – uma espécie de prazer sádico em adoecer os outros. Por exemplo, não consigo entender como tanta gente que está com gripe, resfriado e até mesmo com Covid não usa máscara nem cobre a boca e o nariz quanto tosse e espirra. E se ainda peço para terem cuidado, eles ficam ofendidos, dizem que estou exagerando e que a pandemia já acabou há muito tempo. Qualquer pivô vira um gatilho político para ataques, xingamentos e deboches sob rótulos – esquerdista, feminista, comunista, imoral, perturbado... Enfim, é muito descaso, desrespeito e maldade, inclusive dentro das próprias famílias! E o campo fértil do ódio tem sido as redes sociais, com o mal que podem fazer, pois ali, pessoas ignorantes ou mal intencionadas podem prejudicar psicologicamente outras. É vida real também falar daquilo que o ser humano tem de pior. Enfim, para manter a saúde física e mental, Nietzsche: "Aquilo que não me mata me fortalece". Tente rir de muita coisa, afinal, cabe a nós sermos fortes e conscientes de nossos valores e termos uma boa auto-estima, pois não está fácil.
· Governo Lula anuncia as áreas atingidas pelo corte de quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias no ano que vem. Os cortes são para cumprir regras do Arcabouço Fiscal. A maior parte virá dos Benefícios da Previdência e dos Benefícios do BPC. Mas, que o corte não vai tirar benefícios. O contingenciamento força o Governo a passar um pente fino. A revisão de gastos pode chegar a quase R$ 20 bilhões. Passarão pelo pente fino: BPC, auxílio doença, auxílio incapacidade, seguro defeso, Revisão de cadastros, combate a fraudes no pagamento de benefícios, como do Bolsa Família. Porém, Lula deixou bem claro que não houve nem haverá cortes de benefícios para quem tem direito a receber. Enfim, a oposição está pressionando com força a Revisão de Gastos para o cumprimento das Metas Fiscais, dificultando investimentos sociais.
·
Cerimônia Paradoxo: igualdade para as mais de 1,3 bilhão de pessoas com
deficiência ao redor do mundo.
·
Formas de frear as emissões de carbono: evitar o
desmatamento. A crise climática pede um corte de -92% das emissões brasileira de
CO2 até 2035 em relação ao que o país emitia em 2005. Reflorestar.
· O Brasil tem hoje 45.670 pessoas desaparecidas. Em média, são 25 que desaparecem por dia.
·
Cada novo adolescente dependente da nicotina traz décadas de
problemas para a saúde do país. Atualmente, o uso de derivados do tabaco é
responsável por 174 mil mortes anuais. E um custo direto e indireto de R$ 153,5
bilhões.
·
Fumaça dos incêndios florestais atinge 60% do Brasil (também
Bolívia, Paraguai, Uruguai, Peru, Argentina). A causa da maior parte desses
incêndios é a ação humana, seja ela involuntária ou intencional. Identificação,
responsabilização e punição para desencorajar. A baixa umidade do ar dificulta
a dispersão dos poluentes!
·
Conselho Nacional do MP lança Ouvidoria de Combate à Violência
Policial, para receber denúncias de práticas de abuso de integrantes das Forças
Armadas e também das forças auxiliares, como policiais militares, civis e
bombeiros. O objetivo é dar transparência no controle da criminalidade e
garantir direitos fundamentais do cidadão.
·
Brasil ocupa 2º lugar no ranking de ambientalistas assassinados (em
2023).
- Colômbia: 79
mortos;
- Brasil: 25
mortos.
- Mundo: 196
mortos (mais de 1 ativista morto a cada 2 dias).
- A América
Latina foi a região com mais ambientalistas mortos no ano passado – 85% do
total.
- Fatores que
mais contribuem para essas estatísticas:
1. os conflitos fundiários, que envolvem
violações a direitos dos povos indígenas, comunidades tradicionais e
quilombolas, a exploração econômica da terra, por vezes ilegal e contestada, e;
2. a fiscalização deficitária por parte do
Estado.
- não é só a
letalidade que preocupa, mas também expulsões, despejos, ameaças e destruição
de bens.
- no mundo, as
mortes são, sobretudo, de indígenas e afrodescendentes;
- É preciso
celeridade da Justiça em conflitos fundiários e na punição de criminosos;
- Garantia dos
direitos dos povos indígenas;
- Um cenário
violento contra aqueles que defendem o ambiente no país;
- Ambientalistas
e jornalistas também são ameaçados (por seu papel fundamental na busca dos
fatos em contextos de conflito).
- Um país que
pretende ser exemplo internacional no tema ambiental tem o dever óbvio de
conter a violência nesse setor. É preciso celeridade e eficiência no sistema de
Justiça para resolver contendas fundiárias, respeitar os direitos dos povos
indígenas e punir no rigor da lei os ataques contra ambientalistas.
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