Direita + Centro.

 Aliança com os Gatos.

A galera está correndo dos extremos, e migrando para a Direita e o Centro (direita ou esquerda? Eis a questão).

Subida à Direita: o ódio amigo dói mais.

·       Esqueça a imagem de um grupo dominado por mulheres, negros e jovens com os punhos erguidos no ar.

·       A cena agora é uma roda majoritariamente de homens brancos, de cabelos grisalhos, de mãos dadas e rezando.

·       Candidaturas coletivas de Direita + Centro, dobraram nas eleições municipais deste ano: saltou de 13% para 26%.

·       Seguiu uma tendência vista no pleito geral de 2022.

·       A guerra ideológica e cultural no campo político de hoje tem esse propósito: incendiário e bombástico no terreno de esquerda e de direita, visando saltar de lados.

·       Em números absolutos, os grupos de direita subiram de 25 para 48, e os de centro, de 17 para 25.

·       Já as legendas de esquerda continuam dominando o modelo, mas caíram de 83% para 74% das candidaturas coletivas (siglas desse campo político popularizaram o formato em 2020, como estratégia para aumentar a força eleitoral de grupos como mulheres, negros e a comunidade LGBTQIA+).

·       Isso explica as bombas explodidas nesses campos de identidade: Jojô Todinho lapidando o corpão para se adequar aos padrões, Silvio Almeida respondendo assédio sexual, comunidade LGBT emparedada, liberdade de expressão em polêmica com o bloqueio do X, pornografia fácil nos celulares em mãos de crianças e adolescentes, uns poucos trocados para comprar o mé e o resto é só fé, mulheres assediadas e lembradas de que não é só sua pepeca que tem mel, cadeirada e ordens de prisão, batendo num ponta e também no capitão, enfim, incêndios pelo Brasil inteiro, com fogo de verdade e labaredas morais. Há uma pane no sistema, um curto-circuito identitário para afugentar pelos extremos e correr para o Centro.

·       Candidaturas coletivas se consolidaram a partir de 2020 no Brasil. Caíram neste ano (280), mas ainda é um número elevado. Centro e direita cresceram, mas esquerda ainda é maioria. "Se deu certo para alguns, é normal que outros grupos tentem se aproveitar da estratégia [para somar votos]". Ainda há muita dificuldade na execução do mandato coletivo. "É muito comum que acabem se desfazendo." Apenas uma pessoa concorre oficialmente e, se eleita, nomeia as outras como assessoras, que na prática exercem o mandato como "covereadores".

·       A maior parte dos grupos é formada por três integrantes, mas há candidaturas de até 50 pessoas. E o PT e o PSOL ainda concentram quase metade das apostas coletivas.

Indagações:

·       Como os candidatos da extrema direita sobem na pesquisa, se nada fazem pela população ou pelo país?

·       Servidor ativista não existe. O servidor sequer tem uma ideia original, a não ser a de fiscalizar o caneco alheio.

·       Não sou um bolsominio, mas que político de esquerda tem ser visto com muita reserva e ressalvas, tem! Infelizmente!

Enfim, suportar o ódio da extrema-direita já não é fácil, mas é possível. Agora, suportar o ódio amigo é pesado... Essa é a grande vaidade da extrema-esquerda – são frágeis fisicamente, mas intransponíveis ideologicamente. É um ego ideológico fora do comum. O ponto fraco da extrema-esquerda é o amor intransponível a sua ideologia que, em vez de acolher, afasta. Isso a isola e a torna muito pequena. Só o amor é capaz ferir de verdade.

Apoiados por Bolsonaro avançam mais do que nomes de Lula: