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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

A vitimização da direita.

 

A extrema direita se faz de vítima, e alega/reivindica sua suposta legitimidade criminosa pela via da liberdade de expressão. Não permitir seus abusos e excessos seria censura, cerceamento, autoritarismo, perplexidade.

Para isso, ataca o poder de polícia estatal que alega sempre a busca pela ampliação de seu controle sobre a sociedade. Essa falácia não se sustenta porque a Constituição veda os abusos e os excessos, ou seja, perante a Carta Maior a liberdade de expressão não é um direito absoluto.

Para corromper as democracias, a extrema direita os tem adjetivado como sendo “democracias liberais” em detrimento da “democracia social”. Qual é a jogada? A estratégia do excesso, isto é, saturar e transbordar o debate público. Você exagera na liberdade de expressão, você exagera na piada, e daí você implode o sistema – o mundo será governado por tolos não pela capacidade (que não têm), mas pela quantidade – eles são muitos.

É verdade que as democracias genuínas não são tribunais de ideias, mas laboratório. Entretanto, desde que aplicaram a alcunha da adjetivação liberal, as democracias foram perdendo pelo excesso – paradoxal. Os excessos de retórica (de piadas de mau-gosto a atitudes esdrúxulas), a desinformação e a manipulação algorítmica de dados, a teatralização macabra do debate aberto, a banalização da loucura, o deboche à Justiça e o desdém às leis, tudo vem corrompendo e minguando a esfera do debate público sob o pretexto de democracias “liberais”.

Enfim, é preciso resgatar e fazer operar bem o sistema de freios e contrapesos e devolver o equilíbrio e a racionalidade às democracias sociais. O caminho é o resgate da justa-medida ao debate público.  

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