Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Causas da pobreza e riqueza.

“A função do Estado é reduzir a desigualdade de oportunidades, o que se consegue mais rápido por meio de uma política fiscal equilibrada: taxar mais o mais ricos e menos os mais pobres. Só assim é possível realocar recursos de forma eficiente para reduzir os desníveis sociais. Existem exemplos particulares que devem ser aplaudidos, mas quantos tentam e não conseguem? Quantos sofrem todos os dias para tentar conseguir o básico – alimentação, moradia, saúde, educação? Não é uma questão de meritocracia. Primeiro eu preciso corrigir a desigualdade de oportunidades, que leva à desigualdade de renda. Só depois eu posso avaliar a desigualdade de desempenho, de um indivíduo para o outro” (Carla Beni, economista).

Na década de 1990, os chineses aceitavam a crescente desigualdade do país, na esperança de que teriam oportunidades de ascensão social no futuro próximo. Mas, essa expectativa não se concretizou. Agora, eles mudaram a percepção sobre os motivos que levam as pessoas a serem ricas ou não.

Em 2004, eles acreditavam que a principal razão pela qual as pessoas eram pobres estava ligada à falta de capacidade e esforço. Já os principais fatores de riqueza (o sucesso econômico) seriam habilidades e talento, seguidos pela educação e trabalho duro.

Agora os chineses culpam o sistema e perdem a fé na Meritocracia. A desigualdade é de responsabilidade do sistema econômico, e não a falta de esforço. Os maiores determinantes da riqueza são: 1) nascer em uma família rica; 2) Conexões.

Brasileiro pobre (que está entre os 10% mais pobres da população) precisaria viver 9 gerações ou 180 anos para chegar à classe média do país, considerando as atuais condições de renda, educação, trabalho e saúde. Mobilidade social no Brasil é uma das mais restritas do mundo! O país só perde para a Colômbia (11 gerações). A mobilidade social é desejável e necessária, senão viveremos um sociedade de castas (Fonte: OCDE).

Hoje, temos o “Critério Brasil de Classificação Econômica”, que dividiu a população nas classes A, B, C, D e E. A versão mais recente considera classe A quem tem renda média familiar de R$ 21, mil. Já a renda média mensal das classes D/E está em R$ 900.

Quando o Estado não enfrenta a questão, ele próprio promove a desigualdade. Como eu posso falar em igualdade de oportunidades, por exemplo, se 48% da população não conta com saneamento básico?

Porém, em se tratando de política pública, a principal delas para favorecer a mobilidade social é a educação, a capacitação do indivíduo, que muitas vezes migra do trabalho braçal para o intelectual.

Outro aspecto para se pensar é o de que muita gente pensa que o principal entrave para se lançar em um negócio é o crédito. Mas na verdade é a autoestima. Essas pessoas se sentem completamente despreparadas. É preciso fazê-las enxergar que elas podem ir além do assistencialismo. Junto a com a visão, as condições. A população pobre convive com uma série de desvantagens diariamente que só perpetuam a sua condição e tornam a competição no mercado de trabalho muito desigual. Elas moram longe e mal, ganham pouco, a distância da casa ao trabalho não só prejudica a sua qualidade de vida, como as impede de estudar, porque não têm tempo. Elas não se alimentam corretamente, o que acaba prejudicando a sua saúde, e os serviços de assistência médica são precários. Daí a importância das políticas de ação afirmativa, na tentativa de minimizar, em parte, tamanha desigualdade. É uma saída para impedir que a pobreza se repita, geração após geração. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário