Quem mudou de país por causa do clima...
“É horrível ter que abandonar tudo que
você construiu. Nunca me imaginei nessa situação de total desespero. A gente vê
refugiados fugindo da guerra, parece distante, nunca imaginamos que vai
acontecer com a gente. De um dia para o outro você perde a sua casa, o
trabalho, a condição de se manter, a dignidade, os sonhos e até a esperança.
Quem supera ou resiste, bota esperança no novo destino incerto...”
Quem são eles? Sem casa, em outro estado, e na incerteza. São desalojados e desabrigados, fugindo de alagamentos, incêndios, secas, terremotos... Procurando refúgio em outros estados ou dentro do próprio estado.
O termo “refugiado climático” foi criado em 1985 pelo professor Essam El-Hinnawi, do Programa da ONU para o Meio Ambiente para classificar pessoas forçadas a deixar seu habitat tradicional, temporária ou permanentemente, por causa de uma perturbação ambiental acentuada, natural ou desencadeada por pessoas, que comprometeu sua existência ou afetou seriamente a qualidade de vida.
Já são 340 mil gaúchos fora de suas casas. Todos carregam em comum a tristeza por se afastar da terra natal, assim como a lembrança do medo e incerteza vividos antes. Alguns já falam em começar uma nova vida em outro lugar.
Enfim, o sentimento coletivo mais causado pela elite no momento é o de disrupção. Trata-se de uma sensação de que a vida como conhecíamos acabou.
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