Lula domina debate nas redes sociais. Mas, é uma estratégia disseminada por Bolsonaro. É preciso revelar o sentido do engajamento.
Dominar as discussões
nas redes sociais nem sempre é sinônimo de privilégio ou algo de bom. Aliás,
existe a fama de ser ruim. Indo direto ao ponto, a nova estratégia da oposição
é colocar Lula no topo da agenda de pauta, mas como o grande desastre da hora.
Com as redes sociais,
impactou ainda mais a baixa adesão dos eventos presenciais. Todavia, isso deixa
de ser um fator limitante para que a mensagem consiga reverberar.
É claro que continua
fazendo a diferença o tamanho do público presente. Logo, os esforços e
estratégias de convocação são sempre válidos. Todavia, o tamanho do público
presente influencia mais na demonstração de força e capacidade de mobilização
do que na repercussão das falas – o que gera as discussões nas redes sociais.
O papel da imprensa não
é causar o fato, mas fazer a sua cobertura. Logo, ela só fica na espreita, como
a morte com a foice, esperando o desastre acontecer. Uma vez à tona, o processo
está deflagrado e a imprensa entra em cena, com o dever de ouvir as diferentes
partes envolvidas, que também irão se posicionar, alimentando a discussão.
A questão é que, quando
o tema vira pauta, além da imprensa tradicional também há os blogs e redes
sociais, que se aproveitam do destaque para surfar na onda de popularidade do
assunto e despontam as posições apelativas. Está formado o olho do furacão: ao
serem excessivamente expostas ao tema, as pessoas se sentem na obrigação de
emitir opinião e, para isso, vão assistir aos vídeos originais, pesquisar sobre
o assunto nas redes sociais ou consumir os conteúdos compartilhados no Zap e no
telegrama que estejam relacionados à discussão (Nota: essa estratégia foi
bastante utilizada por Bolsonaro e seu grupo político).
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