Criminoso condenado. Donald John Trump (77 anos) é condenado por um crime, mas a acusação de fraude contábil não o impede de concorrer à Casa Branca em novembro (é improvável que seja preso). Ao contrário do Brasil, os EUA não têm uma legislação equiparável à Lei da Ficha Limpa, que veda a participação de candidatos condenados na Justiça. Pena ainda é incerta (o juiz do caso a definirá em 11 de julho). Republicano é 1º ex-presidente dos EUA julgado culpado (condenado) por crimes na História dos EUA desde a independência do país, 248 anos atrás. O caso tratou de falsificação de registros de negócios para encobrir um escândalo sexual que ameaçava prejudicar sua campanha presidencial em 2016.
A condenação criminal prevê uma pena de ao menos 4 anos de prisão, mas Trump poderá nunca ver o interior de uma cela de prisão. O juiz (Juan Merchan) pode só multá-lo e impor uma pena de liberdade condicional, citando a sua idade e estatuto de réu primário. Como é certo que Trump apelará do veredicto, deve levar anos até que o caso seja resolvido. Ainda assim, a decisão do júri é um momento marcante na História americana, concluindo o único dos 4 processos criminais – incluindo 2 que acusaram Trump de tentar anular as eleições de 2020 – que provavelmente vai a julgamento antes do dia das eleições.
Outros destaques:
- O “Tribunal
Criminal de Manhattan”, em Nova York, condenou o ex-presidente dos EUA Donald
Trump por fraude contábil ao ocultar o pagamento para comprar o silêncio de uma
atriz pornô durante a eleição de 2016, quando saiu vencedor. Os 12 membros do
júri o consideraram culpado pelas 34 alegações relativas ao episódio.
- Hoje, Trump e
Biden estão numa disputa equilibrada segundo as pesquisas.
- O julgamento
testou a resiliência do sistema de justiça americano.
- Ele perpetrou
uma fraude contra o povo americano ao privá-lo de informação vital antes das
eleições de 2016. O caso, cheio de intrigas de tabloides, recompensas secretas
e um pacto no Salão Oval, ecoou o escândalo político de Watergate, de 1972, que
levou à renúncia de Richard Nixon dois anos depois.
- O júri
concordou que Trump cometeu fraudes contábeis para esconder o real propósito de
um dinheiro dado a seu então advogado Michael D. Cohen. Apesar de disfarçados
de gastos legais comuns, os pagamentos na verdade eram o reembolso por US$ 130
mil dados por Cohen como suborno à atriz pornô Stormy Daniels para que não
revelasse ter mantido uma relação sexual com Trump quando ele era casado.
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