A fabricação de crises.

 “X volta a provocar STF, e Câmara adia projeto sobre redes. Elon Musk retomou ataques a Moraes e ameaças de descumprir decisões. Na Câmara, PL das Redes Sociais volta à estaca zero. Já o STF pode votar ação que discute responsabilidades das plataformas”.

“O Brasil não é a selva da impunidade e nossa soberania não será tutelada pelo poder das plataformas de internet e do modelo de negócio das Big Techs. Não vamos permitir que ninguém, independente do dinheiro e do poder que tenha afronte nossa Pátria” (Paulo Pimenta, Ministro de Comunicação).

“As respostas de Musk insuflam a extrema direita ao insinuar que há censura no Brasil, ao mesmo tempo que sua rede permite discursos de ódio e propagação em larga escala de notícias falsas. Enquanto tentarem enfraquecer democracias nós vamos resistir” (Gleisi Hoffman).

Lula já é esperto, precisa ficar ainda mais. Há em curso a fabricação deliberada de uma crise em nosso Governo. A estratégia da oposição, que inclui a mídia/imprensa é semear discórdia na equipe.

Vazamentos, disputas, divergências, frituras, azedumes, relações tóxicas, excesso de reuniões, tentativas de centralizar decisões, intrigas e futricas, clima de desânimo, etc... A polarização rasga o tecido social. A polarização é plural, mas não aceita a Diversidade. Ela é uma espécie de “Ichneumon eumerus” uma vespa que provoca uma guerra num formigueiro.

Uma boa crise começa com uma boa dúvida, seguida com muitas provocações e fofocas. Ora, “pactos intergrupais funcionam em país como o Brasil?”, pronto! Daí em diante o BBB 24 está montado na política.

Dirão que guerra entre ministros e falta de coordenação agravam turbulências no governo Lula.3. Vão armar crise na Petrobras, luta para reverter queda na popularidade/aprovação, acirramento de intrigas e atritos na Esplanada, desconfiança entre os principais ministros do governo, buscar soluções para ajustar uma comunicação criticada e pressionar ministros pela entrega de resultados, fissuras entre os integrantes do governo. 

Também tem o caso Moraes x Elon Musk (dono da rede social X, antigo Twitter, da Tesla e da Space X, é o homem mais rico do mundo com fortuna de US$ 219 bilhões) no inquérito das milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento. O empresário assumiu a briga pela libertinagem das fake news no Brasil (com atuação de diretores do Google e do Telegram). Está em marcha uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE, instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas (o bloqueio de perfis criminosos e que espalham notícias fraudulentas). “Moraes deve renunciar ou sofrer impeachment” (Musk). O episódio serviu para inflamar a base bolsonarista nas redes sociais. “Musk é o mito da nossa liberdade. Ele vai divulgar tudo que ele recebeu do TSE sobre como eles eram pressionados a interferir no destino da política brasileira, dando força enorme para a esquerda. Isso vindo de fora, de forma documentada, é um alívio para nós” (Jair Bolsonaro).

Além de toda essa pressão sobre o presidente, ainda há no horizonte a necessidade de conter a escalada do movimento grevista do funcionalismo federal. Algumas categorias já estão em greve, como os funcionários dos Institutos Federais, e há indicativos de novas adesões. Professores do ensino superior aprovaram indicativo de greve a partir de 15 de abril. Técnicos das universidades já estão em greve desde 11 de março. Estão em jogo benefícios como: auxílio-alimentação, auxílio-creche, auxílio-saúde, bônus de eficiência e produtividade, etc.

Enfim, crise é mais do que fogo no parquinho ou sanha atiçada de reacionários. Crise é oportunidade de crescimento! A quem princípios importam mais que o lucro?