O avanço da ultradireita tem sido descrito como mais
um revés para o governo na Câmara. É verdade, mas isso não conta toda a
história. Como eles estão agindo?
· Investe
na radicalização ideológica, no armamentismo e na tática da guerra cultural;
· Fora
do governo, a extrema direita se organizou para ocupar novos palcos – CCJ
(presidente Caroline de Toni), Comissão de Educação (presidente Nikolas
Ferreira) e colegiados que debatem educação, segurança, temas da família,
legalização sobre a liberação de armas de fogo, etc.
· Bancadas
dos detratores. Do Supremo, por exemplo, acusado de “ditadura judicial”,
ameaças à Corte, atos antidemocráticos, clubes de tiro, olavistas, fabricação
de polêmicas, espalhar notícias falsas e insultar rivais, ideologias de gênero,
banheiros unissex, o sonho de proibir o casamento homoafetivo, etc.
· Fustigar
minorias e movimentos sociais: acusar sem-terra tipificando suas ocupações como
crime de terrorismo, assustar indígenas prometendo um “banho de sangue”,
revogação de cota mínima de 30% de candidaturas femininas, topa de tudo para
fazer barulho nas redes, legalização de partidos nazistas, deboche de
transexuais, etc.
Enfim, a vitória do
extremismo é uma derrota do Parlamento. Ganha a política do ódio, perdem a
civilidade e a democracia.
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